terça-feira, setembro 30, 2008

De onde veio o dinheiro?


Semana passada, soube que em Jeremoabo um candidato a prefeito ímprobo, divulgou o salário dos advogados que trabalham para o Município de Jeremoabo. Nada de salários aviltantes, embora o valor divulgado corresponda ao salário bruto, que sofre desconto, no nosso caso, de 27,5% de IRRF. O salário dos advogados do Município de Jeremoabo são pagos exclusivamente em moeda nacional. Ou seja, não há pagamento de salário "in natura", do tipo "terraplanagem de propriedade particular", "carradas de carro-pipa", "trabalhadores da chamada 'emergência'" ou coisas do gênero.Não é curioso tampouco o número de causídicos, porque o passivo deixado pelo mesmo candidato ímprobo resulta em cerca de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) somente em salários atrasados de servidores, muitos dos quais contratados sem submissão a certame público. Havia também inúmeras condenações oriundas da Justiça do Trabalho que resultaram numa conciliação de precatórios superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Ou seja, foram mais de 500 (quinhentas) contendas respondidas somente por este subscritor, o que resulta numa soma exponencial de peças, quando se leva em consideração os memoriais, recursos e demais requrimentos. Também não é inexpressiva a dívida deixada pelo tal candidato sentenciadamente ímprobo com coisas básicas, a exemplo de água, luz e telefone. São números alarmantes que somente são superados pelas dívidas com a Autarquia Previdenciária, que inviabilizou, por muito tempo, a administração atual e certamente se prolongará por algumas gerações em Jeremoabo, consumindo os Cofres Municipais.Mas uma coisa hoje nos saltou aos olhos! Observando a movimentação processual em que o candidato ímprobo teve a sua candidatura indeferida mercê de contas anuais rejeitadas com alta nota de insanabilidade, vemos que o eminente causídico José Eduardo Alkmin é também seu advogado, juntamente com tantos outros igualmente ilustrados. Aqui não se discute o conhecimento jurídico de Dr. Alkmin: ele é advogado de escol e ex-ministro do TSE. Tanto é competente, que cobra honorários compatíveis com o grau de complexidade das ações que lhe confiam, como é o caso do ímprobo a que nos referimos. Basta dizer que Dr. Alkmin é advogado de vários denunciados da Operação Navalha da Polícia Federal.Ocorre que o ímprobo divulgou na rede mundial de computadores, no sítio do TSE, que o seu patrimônio é de cerca de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) e aí surge uma indagação: quem está pagando ao merecidamente caro advogado?
Fonte: (O portador pediu para não ser identificado)