08/08/2008 - 23h28m
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*Da Redação, com informações do BATV
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Quatro pessoas foram presas, em Salvador, acusadas de formar uma quadrilha que agia dentro do Poder Judiciário Estadual.
Outros cinco suspeitos estão foragidos. Segundo a polícia, o grupo negociava causas milionárias sem o conhecimento de juízes.
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A operação começou cedo no bairro da Graça. Os moradores do prédio se assustaram com a presença dos policiais, acreditando que estava ocorrendo um assalto.
Os agentes cumpriram nove mandados de busca e prisão contra quatro advogados e cinco servidores públicos.
A ação foi deflagrada pelo Ministério Público, que denunciou os envolvidos na formação da quadrilha que agia no judiciário baiano em ações de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e corrupção.
Durante a operação, foram presos um estagiário de Direito, um advogado, uma ex-assessora de um desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, que também é advogada, e uma funcionária da Secretaria de Planejamento do Estado.
A polícia ainda procura outros cinco acusados. Os nomes não foram divulgados oficialmente porque o processo corre em segredo de Justiça.
Os policiais também apreenderam documentos e computadores. Os presos foram levados para o Comando de Operações Especiais da Polícia Civil e, durante a tarde, fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
A polícia acredita que houve vazamento de informações porque os dois advogados, acusados de chefiar o grupo, estão foragidos.
Para o procurador de Justiça, Paulo Gomes, os advogados poderiam estar fazendo tráfico de influência com a ajuda de funcionários da Justiça, sem o conhecimento de juízes e desembargadores. Algumas das causas envolvidas chegam a R$20 milhões.
'Tinha um verdadeiro clube de lobistas dentro do Tribunal, dentro do Fórum', declarou Paulo Gomes.
Fonte: iBahia