sexta-feira, agosto 29, 2008

Imbassahy eleva voz e devolve críticas a João

Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O prefeiturável tucano Antonio Imbassahy, decidiu, ontem, partir para o contra-ataque e respondeu, em tom duro às críticas lhe dirigidas por adversários. No entanto, vale ressaltar que os ex-aliados, o presidente regional do DEM, Paulo Souto, e o presidente estadual do PR, César Borges, foram poupados. A metralhadora se voltou apenas para o prefeito João Henrique (PMDB) e para o democrata ACM Neto. De acordo com Imbassahy, “mediocrizaram a administração de Salvador e as críticas que estão sendo feitas por um candidato a reeleição não me atingem porque são “irreais”, enfatizou, referindo-se ao prefeito João Henrique. Ainda, segundo afirmou o tucano, durante o período que esteve à frente da administração do município teve dinheiro suficiente em caixa e as dívidas se mantiveram equalizadas. Porém, a atual gestão acabou descontrolando tudo. ‘‘Salvador necessita de um gestor que tenha equilíbrio e seja capaz de administrar a cidade com respeito à sua população”, retrucou. Voltando a metralhadora para o adversário democrata, ACM Neto, tratou de alertar que o problema na segurança em Salvador não comporta soluções mirabolantes e sim uma união de esforços dos governos federal, estadual, municipal e também do Judiciário. “A marginalidade perdeu o medo da polícia e essa união de esforços é fundamental para se encontrar uma solução”, disparou. Contudo, os recentes bombardeios oriundos de Souto e Borges, ficaram por isso mesmo, pelo menos até então. Em recente programa eleitoral, Souto e Borges se uniram e dispararam declarações, que nas entrelinhas, desautorizaram o representante tucano a atribuir como suas, realizações de obras como a recuperação e revitalização do Dique do Tororó, da Lagoa do Abaeté, do Costa Azul, Parque de Pituaçu, dentre outras. Imbassahy limitou-se a negar que tivesse exercendo tal prática. O PMDB, por sua vez, não tem deixado barato. Tem procurado mostrar supostas irregularidades ocorridas durante os dois mandatos de Imbassahy, sobretudo a crise na Saúde, a exemplo do escândalo do leite, assim como a deficiência na rede de ensino público, demissões em massa na Limpurb e a dívida deixada para o seu antecessor.(Por Fernanda Chagas)
Prefeituráveis dão trégua
Ontem, os prefeituráveis ao contrário do que vem ocorrendo normalmente, resolveram dar uma trégua aos intensos compromissos de campanha, tudo em prol da preparação para o segundo debate da TV Band, que foi transmitido ao vivo às 22h, em cadeia local. Entretanto, para hoje a promessa é de mais um dia corrido. O candidato Walter Pinheiro, da Coligação Salvador - Bahia - Brasil (PT, PSB, PCdoB, PV), por exemplo, participa de duas grandes caminhadas nesta sexta-feira. A primeira será no Comércio e tem saída prevista para as 11 horas, do Mercado Modelo. Pela tarde, Pinheiro caminha pelas ruas da Boca do Rio, com concentração na Praça do Imbuí, às 16 horas. Antes, expõe suas principais propostas de governo em um café da manhã com dirigentes da Federação do Comércio do Estado da Bahia, às 8h30, na sede da FeComércio, na Avenida Tancredo Neves. À noite, Pinheiro e sua candidata à vice, Lídice da Mata participam da solenidade em comemoração aos cem anos da imigração japonesa, no Festival de Cultura Japonesa que acontece às 19 horas na Tribuna de Honra do Parque de Exposições. O democrata ACM Neto, que abriu exceção na sua agenda de ontem para participar de sabatina às 9h, no Salão Íris do Hotel Fiesta por jornalistas de um grupo de comunicação, hoje retoma o corpo-a-corpo com duas caminhadas pela cidade. A primeira está marcada para acontecer às 10h, no bairro de Brotas, enquanto, a segunda está agendada para as 16h na Avenida Sete. Esta última, será contra o preconceito e contará com a presença do candidato a vereador Leokrete. À noite, por volta das 19h, Neto tem encontro com lideranças do candidato a vereador Fábio Rosa, em Periperi. O tucano Antonio Imbassahy, que também passou o dia em reunião com assessores e na preparação para o debate, hoje grava programa eleitoral às 10h, às 15h visita o Shopping Liberdade e à noite se desdobra para participar de palestra para os Associados da Associação de Pequenas e Micro Empresas (Apemisa), na Faculdade da Bahia e ainda de encontro com lideranças marcado para as 20h. Já o prefeito João Henrique, que comemorou anteontem o fato de Salvador deixar o ranking da capital do desemprego no País, manteve reunião ontem pela manhã com a coordenação da campanha e concedeu entrevista à Rádio CBN. Meio dia ele gravou programa eleitoral e cumpriu agenda a partir das 18 horas, momentos antes de se preparar para o debate da Rede Bandeirantes.(Por Fernanda Chagas)
Liberação de verbas põe em xeque republicanismo oficial
“O discurso republicano do governador Jaques Wagner cai por terra quando se examina a lista de convênios para obras de infra-estrutura e pavimentação no interior baiano, cujos recursos são liberados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Dos 22 municípios beneficiados, 16 são do PT, que ficaram com 78% do dinheiro”. A denúncia é do líder da oposição na Assembléia Legislativa, Gildásio Penedo (DEM), estranhando que os aliados do governador insistam em dizer que na Bahia foi inaugurado um novo tempo, “sem perseguição nem apadrinhamento político”. Os convênios, assinados no final do ano passado, totalizam R$ 41,6 milhões, sendo que R$ 32,8 milhões se destinaram às prefeituras petistas. Os dois municípios mais bem agraciados foram Vitória da Conquista e Alagoinhas, “não por acaso”, segundo o deputado Gildásio, “controlados há muito tempo pelo PT e onde, naturalmente, o governo estadual quer usar de sua força para manter-se no poder”. Alagoinhas teve liberados R$ 10 milhões e Conquista, R$ 5,1 milhões. Somente três outros partidos, dois dos quais da bancada da maioria na Assembléia Legislativa, entraram na distribuição de verbas da Sedur. O PMDB, com três municípios - Irecê, Mundo Novo e Presidente Tancredo -, compreendendo R$ 5,8 milhões, o PP, que levou R$ 2,5 milhões para Ipirá e Camamu, e o PSDB, que administra Itiruçu e ficou com R$ 490 mil. Destes, o único rigorosamente governista é o PSDB. O PMDB, apesar de ser da base de Wagner, é o grande adversário do PT nas eleições municipais, enquanto o PP, independente desde o início da legislatura, ultimamente tem causado problemas ao governo nas votações em comissões. As declarações de Gildásio desagradaram muito o líder do governo, Waldenor Pereira (PT), que acusou o opositor de “usar dados de forma parcial, batendo irresponsavelmente com base em fontes que não são fidedignas”. Segundo Waldenor, na maioria dos casos citados, se trata de recursos de contrapartida a investimentos do PAC pelo governo federal, a exemplo de Vitória da Conquista, “onde se realiza um programa de saneamento de quase R$ 100 milhões”. Waldenor lamentou que o líder da minoria seja “contumaz” na apresentação de valores “sem detalhamento”, o que o obriga ao “constrangimento de desmenti-lo, como tem acontecido em outras vezes”. Para ele, “a única intenção da oposição com essa manobra é incitar a discórdia dentro da base do governo”. Adiantou, entretanto, que a liderança “está fazendo um amplo levantamento e levará a verdade à opinião pública”. Acrescentou o líder do governo que o discurso de Gildásio traz uma contradição: “Ele vive fazendo discursos de que o governo não está investindo nada, que está parado, e agora aparece com esse volume de recursos que estão sendo empregados”. As prefeituras petistas apontadas como maiores detentoras dos recursos são: Alagoinhas, Amargosa, Baixa Grande, Banzaê, Carinhanha, Central, Cruz das Almas, Ibiassucê, Itagi, Itiúba, Maragojipe, Mutuípe, Nova Redenção, Pintadas, Senhor do Bonfim e Vitória da Conquista.(Por Luis Augusto Gomes)
Na posse de Juca, Lula elogia o ex-ministro Gil
O novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, foi empossado no cargo ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia no Palácio do Planalto. Sociólogo, Juca Ferreira foi secretário-executivo da pasta na gestão de Gilberto Gil, que deixou o cargo em julho. Bem humorado, o presidente abusou da informalidade e já iniciou a solenidade quebrando o protocolo do Palácio do Planalto, que não permite discursos de ministros —antecessores ou sucessores— nas cerimônias de posse. Lula, no entanto, cedeu a palavra ao ex-ministro Gilberto Gil. No discurso improvisado, o presidente afirmou que considera “gratificante” a parceria com Gilberto Gil no governo e reconheceu que fez o convite em uma tentativa de atrair o PV para a base aliada. “Qual não foi minha surpresa quando descobri que o Gil não era militante do PV coisa nenhuma. É um grande artista e um grande ambientalista. Mas o Gil não precisa representar partido nenhum”, afirmou Lula. Em seguida, acrescentou: “Imagina se eu exigisse que o Chico Buarque entrasse no meu partido? Certamente, ficaria mais chato. Imagina se o Caetano entrasse para o PSDB? Certamente, ficaria mais chato”, brincou o presidente, arrancando risos dos convidados. Lula disse ainda que o ex-ministro conseguiu implementar uma política cultural de Estado, “rompendo privilégios” no acesso aos recursos. E ao novo ministro, aconselhou que aprenda rapidamente o caminho para engordar a verba destinada ao Ministério da Cultura, não restringindo a “briga” por recursos do Orçamento ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Fonte: Tribuna da Bahia