O município de Paulo Afonso é conhecido por causa das belezas e encantos naturais que são proporcionados aos visitantes, sem contar com o pioneirismo da cidade em relação à geração de energia no Nordeste. Paulo Afonso desponta no cenário turístico como um dos principais portões de entrada para a Região dos Lagos, onde a exploração do turismo de aventura e o ecoturismo vêm ganhando espaço.
Os roteiros são diversificados e incluem a prática de esportes radicais, trilhas na caatinga, passeios no cânion do rio São Francisco e visitas aos pólos de piscicultura.
A história do Município de Paulo Afonso está intimamente ligada ao Rio São Francisco. Pode-se dizer que há um grande rio que passa pela cidade, e que há séculos vem trazendo vida para toda essa região.
Em 3 de outubro de 1725 o sertanista Paulo de Viveiros Afonso recebe uma sesmaria nas terras da província de Pernambuco cujo limite é exatamente as quedas d´água. Estendendo seus limites para além da cachoeira, Paulo Viveiros Afonso teria criado, já em terras baianas, o arraial que ficou conhecido como Tapera de Paulo Afonso.
Somente a partir desta data encontram-se registros com o nome de Cachoeira de Paulo Afonso as quedas que estão no limite dos Estados da Bahia e de Alagoas.
Este ano, no mês de julho, Paulo Afonso comemora 50 anos de emancipação quando Forquilha, como era chamada, desmembrou-se do município de Gloria em 1958. Ao ser emancipada, a cidade tomou o nome do sertanista Paulo Viveiros Afonso que, em 1725, ganhou as terras onde ficavam as quedas d´água como sesmaria e criou o arraial. A famosa queda d´água deu nome e fama a localidade. Já no século XIX encantou o imperador Dom Pedro II. Anos mais tarde foi a vez de Delmiro Gouveia. Hoje é visitada por milhares de turistas, todos os meses.
O bonde do Angiquinho, usado antigamente para transportar os trabalhadores da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), hoje tem outra função: base dos praticantes de rapel, tirolesa e base jump. Com capacidade para oito pessoas, o bonde liga Paulo Afonso, que fica na margem direita do rio São Francisco, a Delmiro Gouveia, em Alagoas. A 100 m de altura, percorre 360 metros entre as duas localidades. O Angiquinho também recebe os adeptos da tirolesa. O praticante desliza por uma corda, esticada de uma extremidade do cânion à outra, sustentado por uma roldana.
Tendo disposição para “escalar” as rochas da região, o turista pode descer por uma corda e nadar nas águas refrescantes do São Francisco. Pára-que-dismo, trike, rally, motocross, mountain bike e trekking são outras aventuras praticadas na cidade. Depois de tanta aventura, a recompensa final pode ser um gostoso banho em uma das piscinas naturais formadas pelas águas do São Francisco. Vale lembrar que antes de sair praticando qualquer um desses esportes é sempre bom treinar antes em um ambiente simulado e com a supervisão de profissionais. Depois de ter tomado esses cuidados, é só ir a Paulo Afonso e aproveitar a sensação de prazer e liberdade que os esportes radicais propiciam.
Turistas se encantam com tirolesa e rapel
Desde a década de 1960 uma nova tendência esportiva tem crescido vertiginosamente, são os esportes não-formais, popularmente conhecidos como “radicais”, cuja principal característica é fugir da mesmice, escapar dos convencionais esportes como o futebol e a natação.
Esportes radicais como a canoagem, a tirolesa, o rapel, o rafting, o rally, o montanhismo, o bungee jumpin e o pára-quedismo, além do contato direto com a natureza, carregam na aventura e emoção. E se o assunto é adrenalina esportiva, Paulo Afonso é o melhor nome no Estado e até mesmo no país.
Famosa por suas usinas hidrelétricas (depois da construção das usinas, a cidade se transformou numa ilha artificial) e por ter sido refúgio do cangaceiro Lampião e de seu bando, a 480 km de Salvador, o município é o point para todas as tribos de esportes radicais do mundo, onde é possível praticar diversas modalidades de ação, podendo contar com a comodidade de uma excelente infra-estrutura.
O cenário é perfeito: paredões rochosos cercam as águas verdes do rio São Francisco formando um vale, cuja profundidade varia de 30 a 170 m (aí já está um dos maiores cânions navegáveis do mundo) e o céu inqüestionavelmente azul que só Paulo Afonso parece ter.
Uma das melhores vistas do cânion de Paulo Afonso é sem dúvida a que se tem sobre a ponte metálica D. Pedro II, que liga Bahia e Alagoas. Com mais de 80 m de altura sobre o “Velho Chico”, o local é o preferido dos praticantes de bungee jump, o esporte radical mais praticado no município. Mas, engana-se quem pensa que a única aventura proporcionada por esse esporte é somente pular, abrir os braços e sentir a pressão do vento contra o corpo. O ápice do esporte é quando os saltadores mergulham de cabeça no rio São Francisco.
Fonte: Tribuna da Bahia