BRASÍLIA - Cinco dias depois de ter sido batizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a "mãe do PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, chorou ao participar da homenagem ao Dia Internacional da Mulher realizada no Congresso Nacional. O momento de maior emoção da ministra foi quando ela cumprimentou Terezinha Zerbini, que atuou no movimento feminino pela anistia.
Dilma disse que conheceu "Terezinha" na década de 70, no presídio Tiradentes, quando as duas foram presas, no governo militar. "Ela mostrou imensa solidariedade em alguns momentos, quando recebíamos algumas visitas não muito agradáveis", disse Dilma.
Segundo a ministra, Terezinha passou dois anos presa e foi absolvida da maior parte das acusações que sofreu na época. Fora do presídio, lembrou a ministra, Teresinha atuou no movimento feminino contra a ditadura e participou da luta pela anistia. "Lembro do compromisso de Teresinha com o Brasil e da imensa dedicação com o nosso País", disse Dilma. "Me sinto honrada em participar desta homenagem", completou a ministra, visivelmente emocionada.
Ainda em seu discurso, a ministra citou entre as homenageadas a geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo (USP), coordenadora do projeto Genoma. Dilma citou as pesquisas que a geneticista coordena com células-tronco e disse que essas pesquisas podem salvar vidas de homens, mulheres, crianças e adolescentes.
"Espero que tenha um desenrolar adequado no STF (Supremo Tribunal Federal)", disse a ministra, numa referência ao julgamento de ação sobre o uso de células-tronco. Ao chegar à sessão, Dilma recebeu de Mayana uma gérbera, flor símbolo da campanha pelo uso de células-tronco.
Fonte: Tribuna da Imprensa