MACEIÓ - O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, entrou ontem à noite com agravo regimental para que os desembargadores da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas mantenham os deputados estaduais indiciados pela Polícia Federal (PF) na Operação Taturana afastados da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Alagoas. Além do agravo, o chefe do MP alagoano também deu entrada no pedido de exceção de suspeição do desembargador Juarez Marques Luz.
Os dois pedidos foram subscritos pelos promotores de Justiça do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da Fazenda Pública Estadual. O procurador-geral de Justiça informou que até amanhã encaminha à PF de Alagoas pedido de suspensão do porte de arma dos deputados estaduais indiciados.
Coaracy pretende ainda solicitar uma reunião extraordinária do Conselho Estadual de Segurança Pública para que seja revista a proteção policial mantida pelo estado a alguns dos deputados indiciados.
Intervenção federal
Segundo o procurador-geral de Justiça, há elementos suficientes para que o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) ou o próprio desembargador presidente do Tribunal de Justiça encaminhe um pedido de intervenção federal na Assembléia Legislativa de Alagoas, onde 12 dos 27 deputados já foram indiciados pelo desvio dos R$ 280 milhões dos cofres do legislativo alagoano.
"Os poderes estão impedidos de realizar suas funções. Estão reféns de deputados estaduais indiciados, que estão com o Orçamento do estado. Além disso, é visível que o clima de horror instaurado na Assembléia impede que outros deputados se apresentem para assumir o comando da Casa", afirmou o procurador-geral de Justiça de Alagoas.
Fonte: Tribuna da Imprensa