Quadrilha paraense pode ter fraudado 17 mil benefícios do INSS concedidos desde 2003
BELÉM - A Polícia Federal prendeu ontem, em Belém, 31 pessoas acusadas de fraudar a Previdência Social. Investigações feitas ao longo dos últimos 18 meses mostram que a quadrilha pode ter fraudado 17 mil benefícios do INSS, concedidos desde 2003. O prejuízo para os cofres da Previdência Social pode chegar a R$10 milhões. As fraudes eram cometidas no Pará e no Maranhão. Entre os fraudadores presos na Operação Flagelo, que contou com a participação de procuradores do Ministério Público Federal e de fiscais da própria Previdência, estão sete servidores administrativos e dois médicos peritos. As outras 22 pessoas presas atuavam como intermediárias, dos quais dois são falsos médicos.
Um dos detidos é o chefe da Agência da Previdência Social da localidade de Mosqueiro, a 65km da capital, que estava atuando em Belém. Segundo a Polícia Federal, foram expedidos 37 mandados de busca e apreensão e 31 de prisão. Todos foram executados e cumpridos. A força-tarefa concluiu as investigações iniciadas pelo INSS em outubro de 2006. O Ministério da Previdência informou que a quadrilha reunia pessoas interessadas em conseguir benefícios fraudulentos, como auxílio-doença, aposentadoria por tempo de contribuição, por idade ou invalidez, pensão por morte ao idoso e portador de deficiência.
Isso era feito por meio de documentos falsos e da ajuda de servidores e médicos peritos integrantes do grupo. Após confeccionarem a documentação falsa necessária para pedir o benefício, os interessados entravam com requerimento em uma das agências da Previdência Social onde trabalhava um integrante da quadrilha. Lá, o servidor habilitava e concedia o benefício, ou o médico perito atestava a existência de doença ou invalidez. É a terceira operação da PF contra fraudes da Previdência só este ano. As anteriores foram em Santa Catarina e Minas Gerais. (AG)
Fonte: Correio da Bahia