MACEIÓ - O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, disse ontem que "as provas apresentadas pela Polícia Federal (PF) contra os deputados estaduais envolvidos no desvio de R$ 200 milhões da Assembléia Legislativa do estado são cabais".
A afirmação foi feita durante entrevista coletiva à imprensa. Coaracy explicou os motivos que levaram o MP de Alagoas a pedir o afastamento de dez deputados estaduais acusados de envolvimento no golpe e já indiciados pela PF no inquérito que investiga os envolvidos na Operação Taturana.
Segundo Coaracy, o Ministério Público vem atuando no caso desde o início - por meio dos promotores do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) - e em nenhum momento esteve inerte diante das denúncias e das provas já coletadas sobre o caso.
"Primeiro, instalamos procedimento investigatório, colhemos as provas e demos entrada na Justiça", afirmou. "O MP de Alagoas jamais iria se omitir diante de um escândalo desse". Questionado sobre a possibilidade de pedir intervenção na Assembléia, Coaracy disse que não está descartada, mas irá aguardar uma posição do Judiciário.
"Estamos no aguardo do parecer do Tribunal de Justiça quanto ao pedido de afastamento dos dez deputados. Só então poderemos nos posicionar e verificar quais as novas providências a serem adotadas", afirmou. Durante a Operação Taturana, a PF indiciou como integrantes do esquema fraudulento os deputados Antônio Albuquerque, Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho (Nelito), Edval Gaia, Maurício Tavares, Dudu Albuquerque, Arthur Lira, Antônio Hollanda Júnior, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior.
Fonte: Tribuna da Imprensa