O ministro da Justiça, Tarso Genro, garantiu ontem que em 2008 a Polícia Federal vai intensificar o combate à corrupção em órgãos públicos e às quadrilhas organizadas. - Vamos elevar o grau de saneamento do Estado brasileiro - disse Genro, ao mostrar o aumento do número de operações policiais deflagradas em 2007, - um total de 188, com 2876 presos. Para o ministro, a PF está mais aparelhada para depurar a máquina pública tanto na corrupção sistêmica quanto às quadrilhas que tentam se infiltrar no setor público.
Genro deu entrevista ao lado do diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, e do secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. Na comparação com o último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, a PF de Lula tem mais musculatura: aumentou o orçamento em 100% (hoje são mais de R$ 3,4 bilhões), em 70% o efetivo (hoje com 13 mil policiais) e ganhou 40% em estrutura organizacional.
- Atingimos a maturidade. O novo foco agora é a gestão - afirmou Corrêa, que anunciou a descentralização das operações policiais e o fortalecimento das superintendências regionais no combate ao crime e a corrupção.
Genro garantiu ontem que a perda da CPM não provocará qualquer corte de recursos no orçamento da Polícia Federal e nem diminuirá o esforço no combate à corrupção. Segundo ele, as operações de impacto têm produzido efeito inibidor à prática de corrupção e seus reflexos podem ser sentidos até na diminuição do preço da energia vendida ao consumidor com a repressão aos cartéis. O ministro garantiu também que vai brigar junto ao governo para evitar corte de recursos.
Fonte: JB Online