Cuiabá e brasília. O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso decidiu cassar o mandato do deputado federal Pedro Henry (PP) pela prática de compra de votos nas eleições de 2006. Henry é um dos 40 réus no processo do mensalão.
O resultado, por maioria de quatro votos a três, foi decidido pelo voto de minerva proferido pelo presidente do TRE-MT, desembargador José Silvério Gomes, que votou pela cassação do parlamentar. A deputada estadual Chica Nunes (PSDB) também teve o mandato cassado sob a mesma acusação.
O Ministério Público Eleitoral ajuizara representação para investigar denúncias contra os deputados pela prática de compra de votos. Eles teriam feito uma servidora do posto de saúde do bairro Pedra 90 trocar remédios e cobertores por votos.
Em Brasília, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra decisão do TRE que arquivou, sem julgamento do mérito, um mandado de segurança apresentado por ele para anular o julgamento que cassou o seu mandato.
Em julho, o TRE cassou o mandato de Cunha Lima, mas o governador se manteve no cargo porque entrou com um recurso no TSE, que ainda não foi julgado.
O governador é investigado por suposta compra de votos e abuso de poder econômico durante a campanha de 2006. O sigilo bancário de seus secretários já foi quebrado.
Cunha Lima foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de distribuir, em ano eleitoral e sem respaldo legal, cerca de 35 mil cheques por meio da FAC (Fundação de Ação Comunitária), vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano.
A cassação foi decidida por cinco votos contra um. O único juiz do TRE que votou contra a cassação de Cunha Lima doou R$ 500 à campanha pela reeleição do tucano. O juiz eleitoral Renan de Vasconcelos Neves alegou que fez a doação quando ainda não era juiz.
Fonte: JB Online