Mauro Braga e Redação
A inconseqüência permanece. E a possível exposição parece não mais intimidar os irresponsáveis, que insistem em cometer cotidianamente seus atentados contra a população. Três playboys cariocas, residentes na Barra da Tijuca, Zona Oeste, sem ter nada o que fazer, resolveram, por "molecagem", agredir duas prostitutas na madrugada de ontem. Saíram de carro, e acionaram um extintor de incêndio contra suas vítimas. Só não contavam terem sido observados e denunciados. Pararam na delegacia.
O interessante é que mesmo após todo o País ter se revoltado com o espancamento covarde da doméstica Sirlei de Carvalho, em junho, por cinco jovens, além da prisão de outros seis, semana passada, por arruaça em Copacabana, os playboys continuam aprontando. Mas não é muito difícil entender o porquê disso. Na maioria dos casos, são liberados com o pagamento de fiança.
A situação dos jovens, no caso de Sirlei, só complicou porque a mídia deu destaque. Caso não, certamente já estariam por aí brincando de futebol com a cabeça de outra empregada. Eles têm de tudo. O que falta? Vergonha na cara e responsabilidade. Mas isso não se compra. Aí fica difícil.
Consumidor
O projeto de lei de autoria do deputado Paulo Melo (PMDB), que prevê a cobrança de multas para as cinco empresas mais citadas em denúncias e queixas feitas ao Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor do Rio de Janeiro (Procon-RJ), será votado, em segunda discussão, amanhã, pela Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). Segundo o texto, as multas poderão variar entre R$ 17 mil a R$ 170 mil.
Respeito
Para o autor, o projeto reduzirá a incidência de casos não-solucionados pelo órgão. "É muito fácil para estas grandes empresas irem 'empurrando com a barriga' as questões administrativas e judiciais, pois, através de recursos protelatórios, conseguem fazer com que os consumidores desistam de tentar obter indenizações pelos prejuízos a eles causados. Com a instituição das multas, estamos tentando fazer com que as empresas respeitem seus consumidores", defendeu.
Saúde
Para o Hospital Estadual Tavares de Macedo, em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, hoje será um dia especial. Logo cedo, às 7h, começarão as atividades do projeto "Saúde em Comunidade". Durante cinco dias, será avaliada a saúde dos internos para implementar um centro de referência nacional em reabilitação para portadores de hanseníase. Às 10h, a unidade será o ponto de partida do "Caminhão Saúde", que levará assistência médica a vários estados brasileiros além do Rio de Janeiro, como o Maranhão, Tocantins e Pará
Parceria
O projeto é resultado da parceria entre a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). O veículo terá laboratório, banheiro com torneiras automáticas, elevador para deficientes físicos, gerador e cinco consultórios, sendo um próprio para o diagnóstico de hanseníase. Sobrou espaço também para um palco, onde serão apresentados peça teatral e vídeos sobre sintomas e cuidados com a doença.
Exposição
Para abrir as comemorações do Dia da Consciência Negra, no próximo dia 20, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) recebe, hoje, a exposição "Mulheres Negras do Brasil", com inauguração às 19h.
Pesquisa
A mostra, que ficará em exibição até a próxima sexta-feira, é fruto de uma pesquisa de três anos, que deu origem a um livro, de mesmo nome da exposição. Por meio de textos e imagens, a exposição aborda o papel fundamental que negros e negras tiveram na construção do país. O Cedim fica na Rua Camerino, 51, Centro do Rio. A entrada é franca.
Mais cultura
O bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio, inaugurou, ontem o " Espaço Cultural Jorge Ben Jor", na Rua Marechal Joaquim Inácio 153, junto à estação de trem. O evento contou com show do cantor Marcelo D2. Ainda neste mês, feras como Pitty, Zeca Baleiro, Jorge Vercilo e Pedro Mariano vão se apresentar no espaço. A população ainda poderá se profissionalizar em cursos como Corte e Costura, Informática e Gastronomia. Uma boa!
Frase do dia
"Se não houver melhoria nos controles, não há nenhuma garantia de que esse dinheiro vá gerar benefícios à população", diz Furtado. "O governo mostra grande disposição para prorrogar a CPMF, mas não vejo essa mesma ênfase para reforçar os controles". (Do procurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, ao falar sobre as fraudes no sistema de saúde)
Fonte: Tribuna da Imprensa