O Brasil caiu sete posições em um ranking que mede a igualdade entre homens e mulheres, preparado pelo Fórum Econômico Mundial e divulgado nesta quinta-feira.
Segundo o próprio Fórum, a queda do país, da 67ª para a 74ª posição, se deve mais à entrada de novos países no ranking deste ano do que devido a uma piora em seu desempenho.
O Brasil detém a liderança na América Latina na categoria saúde e mostrou melhoras nos índices de participação econômica da mulher – como no que mede a participação da mulher na força de trabalho e na remuneração dada a mulheres em comparação com a dada a homens desempenhando a mesma atividade.
Por outro lado, o Brasil mostrou "resultados fracos" no tocante à capacitação educacional da mulher e à participação dela na política.
Relatório
O índice faz parte do Relatório Global de Desigualdade entre Gêneros, que analisa as diferenças em quatro áreas de desigualdade entre homens e mulheres: participação econômica e oportunidade (que inclui, por exemplo, diferenças entre salários); realização educacional (acesso à educação); poder político e saúde e sobrevivência (que analisa e compara a expectativa de vida relativa entre os gêneros).
De forma geral, o Fórum Econômico Mundial detectou um progresso em todo mundo na diminuição das diferenças entre mulheres e homens nas áreas econômica, política e educacional, mas uma piora na área da saúde.
Em 2007, o relatório abrange 128 países, 13 a mais do que em 2006, e é novamente é liderado por países da Escandinávia. Como no ano passado, a primeira posição ficou com a Suécia, seguida por Noruega, Finlândia e Islândia.
Todos os primeiros colocados do ranking tiveram avanços em relação ao ano passado, mas dois deles, a Letônia (13º lugar) e a Lituânia (14º) mostraram o melhor desempenho entre os 20 primeiros da lista, galgando, respectivamente, seis e sete posições.
"O Índice avalia os países na divisão de seus recursos e nas oportunidades dadas às populações masculina e feminina, independentemente do nível geral destes (países)", explicou Ricardo Haussman, diretor do Centro para Desenvolvimento Internacional da Universidade de Harvard e um dos colaboradores do ranking.
"Dessa forma, não há desvantagens para países com níveis educacionais que são baixos em termos gerais, mas (o índice) penaliza aqueles onde a distribuição educacional entre homens e mulheres é desigual."
Fonte: BBC Brasil