Idealizador da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os Jogos Parapan-Americanos, o vereador Márcio Pacheco (PSDB) disse ontem ter provas concretas, encaminhadas pelo Ministério Público, de que o contrato de uma empresa particular de saúde com o Comitê Organizador do evento (Co-Rio) previa atendimento no Pan e no Parapan. No entanto, os atletas paraolímpicos tiveram à disposição apenas a rede pública de saúde.
Pacheco disse que fará essa denúncia hoje na segunda audiência pública da CPI na Câmara Municipal do Rio. "Houve discriminação", declarou Pacheco. A CPI foi instalada em setembro para investigar a morte do mesa-tenista argentino Carlos Maslup, no dia 22 de agosto. Ele sofreu um acidente vascular cerebral aos 48 anos e morreu no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte.
Pacheco contou que, na primeira audiência da CPI, o Co-Rio responsabilizou a prefeitura por essa falha no atendimento ao mesa-tenista. Por nota, o Co-Rio informou que isso não corresponde à verdade.
"Em momento algum o Co-Rio transferiu responsabilidades e muito menos criticou a Prefeitura do Rio por suposta falha", relata a nota. O texto diz ainda que "no depoimento prestado na Câmara Municipal na segunda-feira, o secretário geral do Co-Rio, Carlos Roberto Osório, afirmou que o Co-Rio, a prefeitura, o governo estadual e o governo federal trabalharam em conjunto e ofereceram aos participantes dos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007 serviços médicos de acordo com os parâmetros e pré-requisitos internacionais, estabelecidos pelas entidades responsáveis pelo evento.
O depoimento foi gravado pela Câmara e poderá ser obtido por qualquer interessado".
Fonte: Tribuna da Imprensa