BRASÍLIA - Pressionado por senadores de seis partidos, o presidente do Conselho de Ética,
Leomar Quintanilha (PMDB-TO), indicou ontem o relator para a terceira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador Jefferson Péres (PDT-AM) é quem se encarregará da tarefa de relatar a mais documentada denúncia contra Renan, apresentada há mais de 50 dias pelo DEM e pelo PSDB: a de que ele teria comprado empresas de comunicação em nome de laranjas, em sociedade com o usineiro João Lyra.
A escolha surpreendeu, não apenas por mostrar uma guinada de Quintanilha nos procedimentos adotados até agora - sempre manobrando em favor de Renan -, mas por recair em um nome diversas vezes rejeitado pelo presidente do Conselho.
A decisão de Quintanilha ocorreu um dia após a reunião em que 19 senadores de seis partidos fixaram o prazo de 2 de novembro para votação das quatro denúncias existentes contra Renan. Se isso não ocorrer, eles ameaçam obstruir as votações nas comissões e no plenário.
Quintanilha nega que tenha sido pressionado. Diz que em nenhum minuto foi procurado pelos colegas interessados em acabar com a obstrução branca do conselho. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) tiveram papel importante na escolha do relator.
Eles entraram em cena, após a ameaça dos líderes da oposição, para obrigar o Conselho de Ética a retomar o julgamento das denúncias contra Renan. Temem que a decisão atrapalhe a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O nome de Péeres foi bem recebido. Para Eduardo Suplicy (PT-SP), é certo que ele fará "um trabalho justo". "Se fosse um caso contra mim, gostaria que fosse ele o relator, pois saberia que o parecer seria justo", alegou. Para o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), colocar Péres na relatoria "é um sinal que o Senado está entrando nos eixos e assumindo a postura que a sociedade exige e merece".
A escolha surpreendeu, não apenas por mostrar uma guinada de Quintanilha nos procedimentos adotados até agora - sempre manobrando em favor de Renan -, mas por recair em um nome diversas vezes rejeitado pelo presidente do Conselho.
A decisão de Quintanilha ocorreu um dia após a reunião em que 19 senadores de seis partidos fixaram o prazo de 2 de novembro para votação das quatro denúncias existentes contra Renan. Se isso não ocorrer, eles ameaçam obstruir as votações nas comissões e no plenário.
Quintanilha nega que tenha sido pressionado. Diz que em nenhum minuto foi procurado pelos colegas interessados em acabar com a obstrução branca do conselho. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) tiveram papel importante na escolha do relator.
Eles entraram em cena, após a ameaça dos líderes da oposição, para obrigar o Conselho de Ética a retomar o julgamento das denúncias contra Renan. Temem que a decisão atrapalhe a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
O nome de Péeres foi bem recebido. Para Eduardo Suplicy (PT-SP), é certo que ele fará "um trabalho justo". "Se fosse um caso contra mim, gostaria que fosse ele o relator, pois saberia que o parecer seria justo", alegou. Para o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), colocar Péres na relatoria "é um sinal que o Senado está entrando nos eixos e assumindo a postura que a sociedade exige e merece".
Fonte: Tribuna da Imprensa