segunda-feira, outubro 01, 2007

O Viagra brasileiro está chegando

O desaquecimento da demanda por medicamentos para tratar a impotência sexual não inibirá os planos da Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos de lançar o Eleva, o primeiro produto da categoria de remédios mais modernos para tratar a disfunção erétil desenvolvido por uma companhia brasileira. O remédio espera apenas a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que ainda não tem prazo para ocorrer, disse Philippe Boutaud, diretor-geral do Cristália. Boutaud afirmou que o registro foi solicitado à Anvisa no início do ano.
- Mesmo com a queda, esse é um segmento excelente e as vendas da nossa molécula não se restringirão somente ao Brasil.
O Eleva deverá também ser exportado. O produto, por exemplo, já tem autorizado o pedido de patente no maior mercado consumidor do mundo, os Estados Unidos, e aguarda aprovação de propriedade intelectual em outros países, inclusive no Brasil, onde esse tipo de processo é mais demorado.
Alguns executivos que atuam no segmento acreditam que, para ganhar participação, o Eleva terá de ter um bom diferencial, além de preço competitivo, pois observam que os números em queda indicam saturação do mercado.
- Estamos percebendo estagnação e só preço mais baixo não resolve. Tem de brigar mais. Viagra tem preço 20% inferior ao seu concorrente mais próximo (Cialis) e ninguém sabe - disse Mariano Garcia-Valiño, diretor de marketing da Pfizer, que produz o Viagra.
- O que vai acontecer é que as fatias do bolo podem ficar menores e a disputa será mais acirrada - disse Luciano Finardi, diretor-adjunto da Eli Lilly, fabricante de Cialis.
Para Walker Lahmann, gerente de grupo de produtos da Medley Indústria Farmacêutica, que tem a marca Vivanza, o mercado pode comportar mais um competidor, já que os especialistas calculam que uma boa parcela dos homens que apresentam o problema não estão em tratamento.
A Cristália mantém em sigilo as características do seu produto, mas promete preço menor. (I.N.)
Fonte: JB Online