Da Agência Estado
-Ao serem presos nesta sexta-feira pelo assassinato de um garçom, cinco acusados do homicídio riram e fizeram piadas sobre a vítima. "Ele foi tarde. É um peso a menos na Terra", disse, rindo a acusada Daniela Cristina Floriano, de 21 anos. Ela ainda completou, irônica. "Ele vai abraçar o capeta." Daniela não conhecia a vítima, o garçom Sebastião Vieira de Camargo, de 40 anos, morto com um tiro durante assalto a uma lanchonete, no centro de Sorocaba, em São Paulo, há um mês. Ela se passou por cliente e tentou comprar um lanche quando o bar estava fechando. O namorado da jovem, André Luis Cabral Horvath, anunciou o assalto e o garçom teria tentado fechar a porta. Baleado no rosto, Camargo ficou 11 dias internado, mas não resistiu. O criminoso desdenhou da possibilidade de pegar uma pena alta. "Vai ser chocolate", disse. Ao ser preso, confessou friamente o crime e arrematou: "Antes ele do que eu”. Outros dois presos, Sabrina Oliveira Santos e Wagner Francisco de Paula, eram funcionários da lanchonete e passaram informações para o assalto. Cléber Cardoso Muniz fazia parte do bando. Nenhum deles tinha antecedentes criminais. A forma banal como trataram o crime e a frieza demonstrada na confissão deixaram indignado o delegado José Ordele. Ele decidiu se inscrever como testemunha da conduta dos criminosos. "Falam do crime como se fosse algo corriqueiro, não demonstrando nenhum arrependimento ou vergonha. É o cúmulo do desprezo pela vida de outra pessoa", desabafou.