PRAIA DA LUZ, Portugal - A polícia portuguesa declarou ontem Kate McCann, de 39 anos, suspeita pelo desaparecimento de sua filha Madeleine, de 4 anos, e informou ter encontrado amostras de sangue da menina em um carro alugado pelos pais 25 dias depois de ela ter desaparecido em Portugal, informaram amigos e parentes. “Eles sugeriram que Kate matou acidentalmente Madeleine, escondendo seu corpo para depois livrar-se dele”, contou Philomena McCann, tia da menina. “Nunca ouvi nada mais ridículo em minha vida”, disse. Philomena também afirmou que, por meio do advogado de Kate, a polícia ofereceu um acordo para que ela confessasse a morte acidental da filha. A polícia não confirmou a informação.
As autoridades policiais afirmaram ontem ter um novo suspeito no caso, mas não identificaram seu nome por uma proibição vigente nas leis do país. Clarence Mitchell, uma ex-porta-voz da família, afirmou à Associated Press que o pai, Gerry McCann, também seria declarado suspeito. Kate foi questionada pela polícia por mais de 15 horas ontem e anteontem, e deixou a delegacia de Portimao, no Algarve, quando seu marido entrou para também ser interrogado separadamente. Madeleine desapareceu em 3 de maio, quando dormia com seus irmãos mais novos em um quarto do resort Ocean Club da Praia da Luz, no Algarve, enquanto seus pais jantavam com amigos. Após os McCanns lançarem uma campanha maciça para encontrar sua filha, centenas de pessoas em toda a Europa contataram as autoridades oferecendo ajuda.
Fotos dela foram expostas em escolas, aeroportos e restaurantes, e Kate e Gerry encontraram-se com o papa Bento XVI, que abençoou uma foto da menina. A surpreendente reviravolta do caso ocorreu enquanto mais de 400 pessoas lotavam a rua da delegacia. Em meio a vaias, assobios e gritos, Kate deixou o local com aparência exausta. As cenas contrastaram com os aplausos de apoio que o casal recebeu há três meses, quando rezaram na igreja do resort em que ela desapareceu. (AP)
Fonte: Correio da Bahia