Por Silvana Blesa
A delegada Marilda Marcela da Luz foi exonerada da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. Ela conduzia o caso da quadrilha dos grã-finos, que está envolvida com carros roubados e na morte do policial Yan Milton Oliveira. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Carlos Alberto do Nascimento, “a delegada colocou na prisão várias pessoas e pediu a prisão de mais 12 indivíduos suspeitos de entregarem o bando, inclusive um elemento que tem parentesco com um diretor da Polícia Civil”. Na sua opinião, “trata-se de um caso grave. Colocaram a delegada para servir no Departamento de Polícia Metropolitana, Depom, num cargo meramente burocrático, de coordenação, justo num momento em que ela estava desmontando a quadrilha dos grã-finos. Só falta agora o delegado-chefe, João Laranjeira, dizer que ela foi promovida. O fato é que a segurança pública da Bahia está largada, com sucessivos casos de chacina e quando um policial, como da Luz, conduz uma investigação que dá resultado é afastado”. Ainda de acordo com Nascimento, há quase 50 delegados de último nível nos corredores da SSP sem nada fazer, enquanto Salvador se torna uma capital violenta”.
Estudante de direito é ouvido
; O estudante de direito Pedro Pedreira Mercês, de 19 anos, integrante da quadrilha dos grã-finos, prestou depoimento ontem pela manhã, na 2ª Vara da Infância e Juventude, logo após uma semana depois de ter sido solto pelo crime de receptação de veículo, ele e mais dois amigos estavam circulando com um carro modelo Stilo pertencente ao policial, Yan Milton depois de outros jovens terem matado e roubado o dono do carro. Ontem pela manhã, ele prestou esclarecimento de um crime cometido aos 15 anos de idade. Segundo o coordenador do Grupo de Diligências Especiais (GDE) , Edmilson Ramalho, Pedro e mais quatro amigos clonavam cartões de créditos e realizavam compras na Internet. Dos cinco, apenas dois estão cumprindo pena, medidas socioeducativas. No dia 17 de julho deste ano após uma denúncia feita contra Pedro,foi expedido um mandado de busca e apreensão, mas nada pôde ser feito, porque ele se encontrava detido na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), antes de ser transferido para o Presídio Salvador em Mata Escura. Os agentes da GDE ficaram monitorando o estudante enquanto ele estava preso, para pegá-lo assim que saísse. O cumprimento do mandado de busca e apreensão iria acontecer na última quinta-feira, Pedro foi solto, porém, segundo Ramalho, a informação vazou e o pai de Pedro, o delegado Federal, Ubiratã Mercês, entrou em contato com o juiz e pediu que ele não fosse levado no final de semana, que na segunda-feira ele apareceria na 2ª Vara da Infância e Juventude acompanhado de seu advogado. Mas segundo informações, Pedro não se encontrava em casa e teria se mudado, daí foi expedido um mandado de busca e apreensão do mesmo. Mas o seu pai o apresentou ontem cedo, para esclarecer sobre as fraudes cometidas por ele e os colegas. Segundo o diretor administrativo, Hélio Aguiar, o processo está nas mãos da defensora Drª Carmem, que está de férias. De acordo com informações, Pedro teria que ficar detido na Case, uma espécie de presídio para menores infratores, até que saísse o julgamento, mas isso não aconteceu. O porquê? ninguém soube informar. (Por Silvana Blesa)
Fonte: Tribuna da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário