O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), afirmou nesta quinta-feira que quer absolver Renan Calheiros (PMDB-AL) no caso que corre no Senado envolvendo o presidente da Casa. "Eu não quero condená-lo, quero absolvê-lo, mas quero ter certeza de que ele não vai ser pego na primeira esquina", disse Tuma, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
Reportagem de VEJA desta semana mostra que Renan tinha contas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Junior. Nesta quinta, reportagens da Folha de S. Paulo mostraram que, no mesmo período, o atual presidente do Senado apresentou emendas ao Orçamento, acrescentando gastos a obras tocadas pela empreiteira.
Com o objetivo de absolver Renan, Tuma disse que pretende se certificar da autenticidade dos documentos apresentados em defesa do senador, além de ouvir o lobista da Mendes Júnior. O advogado Eduardo Ferrão entregou nesta quarta a movimentação bancária de Renan a Tuma, na tentativa de provar que o dinheiro entregue por Gontijo à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha, era do senador.
Na próxima quarta, o Conselho de Ética do Senado deve decidir se abre processo contra Renan. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse que não investiga o senador por nenhuma das duas suspeitas que pairam contra ele: de pagamento de despesas pessoais pelo lobista da Mendes Júnior e de envolvimento na Operação Navalha. Ele afirmou que prepara a denúncia criminal da operação e descartou a existência "até o momento" de indícios contra senadores, deputados e ministros de estado.
'Suicídio' - Também nesta quinta, mais um parlamentar passou a defender o afastamento de Renan até a conclusão das investigações: o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Assim, ele se uniu aos senadores Jefferson Péres (PDT-AM) e Pedro Simon (PMDB-RS). "Se eu fosse japonês talvez propusesse suicídio", disse, em referência ao ministro do Japão encontrado enforcado horas antes de responder a acusações de corrupção. "Mas como nesse ponto sou um europeu, acredito que ele deve se afastar até as investigações serem concluídas", disse Gabeira.
Fonte; Veja.online
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