Era só uma advertência para o governo federal, mas para os passageiros que enfrentaram imensas filas no aeroporto era novamente a retomada do caos. Desta vez, não foram os controladores de vôo, mas sim os policiais federais os responsáveis por transtornos que se tornaram comuns no país. A paralisação de 24h foi uma forma de pressionar o governo federal a pagar a segunda parcela do reajuste de 30% acertado para janeiro. Os trabalhadores fizeram também operação padrão nas revistas para vôos domésticos e internacionais. Contudo, até às 19h, não foram registrados atrasos nos vôos, mesmo com a fila de embarque atingindo os guichês das empresas aéreas.
O protesto teve início às 8h, na porta do prédio da Superintendência da Polícia Federal na Bahia, em Água de Meninos. Atividades como expedição de passaporte, atendimento a estrangeiros, investigações de crimes ambientais e eleitorais, contrabando e tráfico de drogas ficaram prejudicadas com a redução do efetivo para 30% na Bahia, onde atuam 420 policiais federais. Ontem à tarde, os servidores administrativos decidiram aderir à paralisação em todo o país. Esta foi a segunda paralisação da PF no estado este ano. No último dia 28, os policiais federais também cruzaram os braços, em razão da falta de acordo na primeira rodada de negociação. Hoje acontece uma nova rodada de negociações no Ministério do Planejamento, em Brasília, e caso não haja acordo, estão previstas para a próxima quarta-feira passeata na Esplanada dos Ministérios e paralisação por 24 horas dos policiais federais em todo o país.
Fonte: Correio da Bahia
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