quarta-feira, outubro 11, 2006

Arnaldo Bozó

Por Júlio César Montenegro


O alckminista global, que caiu da Rede para as páginas de jornal agenciadas pelo Brasil, tenta tranformar o presunçoso e repetitivo "delegado de porta de cadeia" do debate da Band em Leonardo de Caprio na proa do Titanic. Ex-gigante dos mares, onde aliás afundou...


Arnaldo Jabô (quem deforma fatos pode ter o nome deformado) continua cada vez mais O MESMO. Copiando seus patrões, quando editaram pró Collor o debate com o Lula, Arnaldo achou pouca a mesmice de Alckmin no confronto com Lula e repetiu, em seu artigo de 10/09, agenciado para a imprensa de todo Brasil e repercutido por internautas que querem usá-lo pra convencer mesmo sem ler, o mote "Qual é a origem do dinheiro?"

A pergunta, tirada diretamente dos lábios finos e nervosos do Alckmin "delegado de porta de cadeia" do debate da Band, dá o tom de um artigo mentiroso, arrogante, pedante, longuíssimo (será que Jabô é pago por linha escrita?!) e chatissimo como sempre.

Duvidam? Com certeza vai ser empurrado pra quem tiver saco e tempo. A edição jabôsta do debate na TV concorrente é tão "honesta" quanto a que seus patrões fizeram do acontecido em 1989. As mal traçadas linhas querem construir um Alckmin que lembra mais o Leonardo di Caprio na proa do Titanic do que o mauricinho obsessivo com desonestidades ALHEIAS que eu e muita gente vimos na Band.
Já o Lula... como pode esperar ser considerado um nordestino sindicalista e barbudo por um fiel representante e comensal da "elite branca perversa" descrita por quem tão bem a conhece como o ex-vice de Alckmin e atual governador de São Paulo, Cláudio Lembo?

Quem se dispuser a enfrentar o cipoal de lorotas vai notar como, na edição jabôsta, o toque de Lula sobre o valerioduto ser o maior do mundo por vir desde Eduardo Azeredo do PSDB de Minas e das 69 CPIs esmagadas pelo rolo compressor do PSDB em São Paulo, virou meras "barragens de CPIs e caixa 2 sem provas". Como é que se pode provar o que nem foi investigado graças a ação entre amigos do Partido Só De Bicões e cumplicidade de uma mídia que vive de "edições"?

Vou pro final esclarecedor: "Tudo está óbvio. Neste momento perigosíssimo da nossa história, só resta esperar que o "povo" perceba o óbvio. Já que os intelectuais jamais o enxergarão". TUDO é demais. Mas muita coisa do sermão jabôsta fica óbvia nesta citação.

Primeiro Jabô quer passar toda a sua manipulação safada e interesseira como coisa indiscutível, "óbvia". Depois reconhece sem querer que uma história que vem sendo contruida sempre pelos mesmos há 500 anos (a qual Lula aludiu no debate da Band e Alckim fingiu(?!) não ter entendido) está passando por modificações "perigosíssimas"... para os ME$MO$. Tanto que não se refere a história do Brasil, confunde-a com a dos seus patrões e dos PATRÕES dos que o pagam para que edite uma história que querem que seja "nossa".

Em época de eleição é sempre mais oportuno "ser" povo que intelectual. Daí a besteira preconceituosa de considerar TODOS os intelectuais cegos. Mas como o uso do cachimbo faz a boca torta, "povo" só assim, ENTRE ASPAS. É que a maioria do povo votou no Lula e como já disse o guru FHC que quem vota no Lula é "atrasado" e o Jabô é "moderno", com as aspas ele quer se desvincular claramente dessa categoria.

Nem povo, nem patrão, nem intelectual... Pensando bem o escriba alugado pertence a uma categoria especial. A mesma a que pertencia um personagem do Chico Anisio que espertamente queria usar o prestígio dos tentáculos globais para bolinar incautas moçoilas. Mesmo fora da telinha, temos agora ARNALDO BOZÓ: "Eu sou da Globo!"


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