A ausência de uma resposta clara, dura e célere das instituições judiciárias contra os políticos envolvidos em esquemas criminais - da compra de votos ao recebimento de propinas em troca de emendas ao Orçamento da União - poderá "empurrar" o eleitor para a venda de votos nestas eleições. O risco foi aventado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, ao participar do painel "Eleições Limpas: Responsabilidade de Todos".
Segundo Faiad, a descrença poderá ser um fator a mais para levar o eleitor para os braços dos políticos corruptos, que se elegem a base de votos comprados. Ele disse a uma platéia formada por desembargadores, juízes e assessores de tribunais temer pela sorte dos eleitores que votarão em outubro. "A impunidade facilita a compra de votos", disse Faiad, ao ressaltar para o grave momento pela qual passam as instituições democráticas brasileiras, corroídas pela corrupção.
"O eleitor vê todos os dias denúncias de corrupção. Ele não vai entender nada e será presa fácil". No encontro de presidentes de Tribunais Regionais, Faiad tratou da experiência da Ordem dos Advogados em Mato Grosso no combate a corrupção eleitoral.
Francisco expôs que a OAB vai continuará atuando diretamente na luta pelas eleições limpas. Especialmente em Mato Grosso. Ele lembrou que desde o ano de 2000 a entidade participa dos movimentos contra a corrupção eleitoral.
O presidente da OAB acredita que as mudanças na legislação eleitoral para a eleição deste ano "facilitará a fiscalização". Ele considera, no entanto, que as instituições e entidades reunidas devem estar atentas. "Vai ter ainda compra de votos", previu, citando como exemplo as famosas "contratações" de cabos eleitorais. "Não estamos livres da corrupção eleitoral", disse aos desembargadores, juízes e assessores da Justiça Eleitoral.
OAB Comente no fórum Ler outras notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário