Por: Estadao
O tetrahidrocanabinol, ou THC, ajuda a controlar o vômito e a náusea que acompanham a quimioterapia
AP
WASHINGTON - Dezessete anos depois de ter sido retirada do mercado americano, uma versão sintética do ingrediente ativo da maconha está voltando às prateleiras como tratamento, sob receita, para o vômito e a náusea que acompanham com freqüência a quimioterapia, divulgou seu fabricante nesta terça-feira.
A Valeant Pharmaceuticals International espera começar a vender o Cesamet nas próximas duas ou três semanas, disse o presidente da empresa, Wes Wheeler.
A empresa recebeu a aprovação da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) na segunda-feira para recomeçar as vendas do produto, que ela comprou da Eli Lilly and Co. em 2004. A Valeant vende atualmente o medicamento, também chamado de nabilona, no Canadá.
A Lilly recebeu originalmente a aprovação da FDA para a nabilona em 1985, mas a retirou do mercado em 1989, disse Wheeler. A Valeant, já que comprou o medicamento, revisou seu rótulo e atualizou o processo de fabricação, adicionou ele.
O medicamento vai competir com o Marinol, produzido pela empresa belga Solvay SA. O Marinol, outra versão sintética do tetrahidrocanabinol, o ingrediente ativo na maconha, que é mais conhecido como THC. Ele também recebeu a aprovação da FDA em 1985.
O THC sintético age no cérebro como o THC fumado na maconha, mas elimina a parte de ter que inalar a fumaça nociva contida na droga ilegal, divulgou a Valeant.
A FDA disse no mês passado que não apóia o uso da maconha com propósitos medicinais.
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