Por: Ana Clara Jabur, do CorreioWebLuiz Carlos Azedo, do Correio Braziliense
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, cancelou o encontro que teria nesta segunda-feira com o ex-presidente Itamar Franco, ainda pré-candidato do PMDB à presidência da República. O objetivo era retomar as negociações para uma futura aliança do PT com os peemedebistas. Em um comunicado oficial, o ministro afirma ter conversado com o pré-candidato por telefone e que ambos resolveram adiar o encontro em função das ações violentas contra a polícia de São Paulo ocorridas desde o fim de semana. “Entendemos que é correto aguardar a superação da crise na segurança pública que abala alguns estados do país. Toda nossa atenção e nossos esforços políticos devem estar voltados para esta situação de emergência", afirmou. A reunião com Itamar teria ainda a participação do presidente do PT, Ricardo Berzoini. Uma nova data para o encontro ainda deve ser definida. O governo tenta uma reaproximação com o político mineiro após a vitória dos governistas – mesmo que apertada – dentro do PMDB na convenção extraordinária do último dia 6. O resultado, que reprova a candidatura própria à presidência, registrou diferença de apenas 50 votos e está sub judice. Além disso, tem que ser homologado na convenção eleitoral marcada para 11 de junho. Caso a decisão seja confirmada, o PT e o governo continuarão trabalhando para atrair o PMDB ao palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. Uma aliança formal entre os dois partidos é difícil. Porém, o PT demonstra disposição de firmar um acordo para formar um governo de coalizão. O partido chegou a acenar a possibilidade de o PMDB indicar o vice-presidente para a chapa de Lula à reeleição. Itamar Franco, porém, não aceita a condição de vice na chapa. Ele trabalha ainda com as chances de derrotar ou obter o apoio de Anthony Garotinho na convenção de junho. Situação e oposição O PMDB ainda está claramente dividido no que se refere à possibilidade de lançar candidatura própria. Entre aqueles que defendem alianças, há membros simpáticos e contra o governo. Dirigentes do Sudeste e do Sul, principalmente, defendem a candidatura própria. Uma parte dos caciques do Norte e Nordeste defende o apoio ao presidente Lula. Outra, ao candidato da aliança PSDB-PFL, Geraldo Alckmin. A maioria da bancada mineira prefere ver Itamar como candidato ao Senado, liderando a legenda na disputa eleitoral em Minas.
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