Por:redacao@amazoniahoje.com.br
Apesar do lastimável estado das rodovias, parece que ainda não é dessa vez que o motorista brasileiro vai ver a luz no fim do túnel. Estudo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) estima que pelo menos 18 a 20 mil quilômetros de estradas precisariam ser reconstruídos, já que, com a base totalmente comprometida, não seguram mais o material usado em reparos de emergência. Ou seja, se chover o remendo vai para o fundo.
Segundo a CNT, 56,1% da malha - 41,9 mil quilômetros de estradas - está em estado lastimável. Sem contar a falta de sinalização, acostamento e delimitação de faixas, além do número de pistas e mãos de tráfego insuficientes.
E mesmo quando o governo resolve tapar buracos, liberando R$ 500 milhões para o serviço, a coisa não anda, pelo velho problema de sempre: corrupção. O Tribunal de Contas da União encontrou irregularidades em 47,5% das 103 obras fiscalizadas no programa de recuperação de estradas do governo federal. Por isto, a maioria das obras será paralisada, pois a maior parte teve licitação dispensada sob alegação de que os trabalhos tinham urgência - o que não era verdade, já que muitas rodovias estavam em boas condições de tráfego.
E há outras dezenas de casos nos quais foram usados créditos extraordinários do governo, também sem a menor necessidade, já que tais créditos foram criados apenas para casos de urgência e imprevisibilidade. Este uso indevido foi detectado em 37,7% das obras investigadas. Por estas e outras que o brasileiro vai continuar caindo em buraco.
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