terça-feira, maio 16, 2006

Banqueiro desautoriza informações

Por: Tribuna da Imprensa

SÃO PAULO - O banqueiro Daniel Dantas divulgou nota de esclarecimento ontem em que classifica como "inverossímil" os documentos parcialmente publicados pela revista "Veja" sobre contas no exterior de altas personalidades do governo petista, incluindo o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dantas nega que tenha encomendado qualquer tipo de investigação de pessoas do governo ou de outra autoridades. No fim de semana, a revista "Veja" publicou reportagem dizendo que Dantas teria passado à publicação a lista de contas no exterior, que incluem o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e os ex-ministros José Dirceu, Antonio Palocci e Luiz Gushiken, além do senador Romeu Tuma e do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda.
O investidor diz na nota que teve "conhecimento do teor" dos documentos citados pela revista, mas a eles não teve acesso. Ele afirma ainda que manifestou descrédito em relação às supostas contas no exterior, que considera inverossímeis.
Segundo Dantas, ele não entregou qualquer documento impresso ou eletrônico, nem fez qualquer declaração, sobre as informações contidas na reportagem. De acordo com a nota, Dantas nunca preparou ou encomendou dossiês. Ele declara, entretanto, que "se dados foram produzidos no curso de algum procedimento já de conhecimento público, tal sucedeu sem minha autorização".
Dantas confirma que foi entrevistado pelo colunista Diogo Mainardi em 11 de maio, mas desautoriza todas as informações sobre ele contidas na reportagem principal, separada da coluna, publicada pela revista. Dantas considera-se perseguido pelo governo e declarou a Mainardi que o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, em nome do governo petista, teria pedido ao Opportunity, o seu grupo financeiro, de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, em troca de reduzir os obstáculos aos seus interesses empresariais. Ele também disse que o publicitário Marcos Valério intermediou o encontro entre Delúbio e Carlos Rodenburgo, seu sócio à época. (Fernando Dantas)

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