Por Tânia Monteiro, n’O Estado de S. Paulo deste domingo: “O Comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, o mesmo que atrasou o vôo de um avião comercial no dia 1º de março, disse ao Estado que houve "deturpação" da Ordem do Dia distribuída às unidades militares, alusiva ao 42º aniversário do movimento militar de 31 de março. Ele disse que o texto da nota foi aprovado pelo vice-presidente e então ministro da Defesa, José Alencar, há 15 dias. O comandante do Exército ressaltou que o seu objetivo com a nota "foi falar da participação do Exército na história do Brasil desde Guararapes e enaltecer a conciliação e a democracia". Segundo Albuquerque, o vice-presidente Alencar não só viu a nota como "não viu nada demais nela". (...) "Não estão querendo entender a nota. Não falamos só de 31 de março. Falamos da História. A nota é clara. É de integração, de união, de busca de conciliação da sociedade. Enaltecendo a democracia", comentou ele. "Se estou falando e exaltando a democracia, não poderia haver incoerência", disse ele, ao ser lembrado que foi dada tal interpretação porque, neste período em que vigorou o governo militar, o País viveu sob um regime fechado - e a nota falava em orgulho do passado. "Como pode caminhar nesta direção se estou falando em democracia? A nota está sendo deturpada. Qual a conotação que estão querendo dar? Que estou tentando enaltecer atitudes diferentes? Não é isso". (...) “Falo da história como um todo, daí a dizer que estou enaltecendo o lado que houve algum problema é deturpar", declarou. O comandante do Exército fez questão de ressaltar ainda que, quando a nota foi elaborada, há mais de 15 dias, sequer se sabia quem seria o novo ministro da Defesa e, portanto, não se pode fazer nenhuma relação disso com a designação de Waldir Pires. para o cargo.”
Fonte: Primeira Leitura
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