COMITÊ DE EX-GESTORES MUNICIPAIS DE CULTURA E TURISMO DE JEQUIÉ EMITE NOTA PÚBLICA SOBRE A DEMOLIÇÃO DO CASARÃO DE LOMANTO JÚNIOR
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Lomanto Júnior é uma personalidade de expressão nacional. Ingressou na política como vereador (1947 a 1950), tendo ocupado os cargos de prefeito de Jequié (1951 a 1955 / 1959 a 1963 / e 1993 a 1996), deputado estadual (1955 a 1959), governador da Bahia (1963–1967), deputado federal (1971 a 1975 e 1975 a 1978) e senador da República (1979 a 1987)
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DE CULTURA E TURISMO DE JEQUIÉ
Lamentamos a demolição de mais um patrimônio histórico e arquitetônico em Jequié, em pleno fim de semana, precisamente neste sábado (15/02). Referimo-nos ao Casarão de Antônio Lomanto Júnior, de propriedade privada, constituindo-se como um dos mais importantes bens culturais do tipo material, situado no coração da cidade de Jequié, na Rua 2 de Julho, esquina com a Avenida Rio Branco.
Neste dia tão triste para a memória local, as estruturas do prédio foram ao chão bem diante dos olhos das autoridades às quais compete atuar para evitar a destruição do patrimônio histórico, nos termos da Lei Municipal nº 2.024/2017 e do Decreto-Lei federal nº 25/1937, culminando, portanto, no desaparecimento do casarão.
Lomanto Júnior é uma personalidade de expressão nacional. Ingressou na política como vereador em Jequié (1947 a 1950), tendo ocupado os cargos de prefeito de Jequié (1951 a 1955 / 1959 a 1963 / e 1993 a 1996), deputado estadual (1955 a 1959), governador da Bahia (1963–1967), deputado federal (1971 a 1975 e 1975 a 1978) e senador da República (1979 a 1987).
Em 2019, o ex-gestor da Secretaria de Cultura e Turismo de Jequié, Alysson Andrade (2017-2020), com esteio na lei local de tombamento do patrimônio histórico (de autoria do Poder Executivo), encaminhou o Ofício nº 365/2019 a um dos netos de Lomanto Júnior, ocasião em que foi proposta a patrimonialização do casarão visando a sua salvaguarda, assim como a criação do Instituto Memorial Casa de Antônio Lomanto Júnior, tendo em vista colaborar para a mais adequada organização e difusão do acervo histórico de um dos maiores municipalistas do Brasil.
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De fato, para aqueles que têm a sensibilidade de enxergar a inestimável representatividade do imóvel e do político em questão, à repentina destruição do casarão situado no centro comercial de Jequié gera profunda indignação. Já, para os que consideram somente a face capitalista, resta a visão míope de um trator capaz de desaparecer rapidamente com a memória e com as identidades dos jequieenses.
Por último, frisa-se que, ao ter tomado conhecimento prévio sobre a demolição, o Município de Jequié, no exercício do Poder de Polícia, deveria ter evitado a destruição do casarão, notificando o proprietário sobre o tombamento do bem cultural, ainda que compulsoriamente, de acordo com a lei.
Jequié, 16 de fevereiro de 2025.
Comitê de ex-gestores de Cultura e Turismo de Jequié:
Sergio Brito Mehlem
Benedito Freire Sena
Alysson Andrade de Oliveira
Wenceslau Brás Silveira Nogueira Júnior
Nota da redação deste Blog - Lamentavelmente, em Jeremoabo, o povo prefere permanecer omisso, sem iniciativa para exercer seu direito de cidadania, sem se manifestar em defesa da cultura e da sua história. A população tem adotado uma postura passiva diante da destruição de patrimônios históricos e culturais, permitindo que construções emblemáticas se percam com o tempo e o abandono.
Entre os exemplos mais marcantes, destaca-se a primeira casa construída em Jeremoabo, que foi destruída ao longo dos anos sem nenhuma ação efetiva para sua preservação. Além disso, imóveis de relevância histórica e arquitetônica, como o Casarão do Coronel João Sá e o Casarão do Barão de Jeremoabo na Fazenda Caritá, foram igualmente negligenciados e deixados à mercê do descaso.
Outro episódio lamentável foi o assassinato do juazeiro centenário, queimado por ação direta do ex-prefeito de Jeremoabo. Da mesma forma, árvores centenárias que compunham a paisagem das ruas da cidade foram eliminadas sem nenhuma justificativa plausível. A praça em frente à Câmara de Vereadores, um espaço de convivência e história, também foi alvo desse descaso, sem qualquer providência para impedir sua descaracterização.
Felizmente, para a alegria daqueles que valorizam a história e a cultura local, o atual prefeito Tista de Deda tem demonstrado compromisso com a preservação do patrimônio histórico. Ele se compromete a lutar com todo vigor para tentar recuperar, pelo menos, o Casarão do Coronel João Sá e o Casarão do Barão de Jeremoabo, reconhecendo a importância dessas construções para a identidade do município.
É essencial que a população desperte para a necessidade de preservar sua história e seu patrimônio, pois somente assim será possível garantir que as futuras gerações tenham acesso à riqueza cultural que moldou Jeremoabo ao longo dos séculos.