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domingo, agosto 07, 2022

Secretário-geral da ONU condena ameaças de guerra nuclear




António Guterres participou de cerimônia em Hiroshima

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres,  disse neste sábado (6), durante um evento em Hiroshima para marcar os 77 anos do lançamento da bomba atômica sobre a cidade japonesa, considera inaceitável que os países com armas nucleares admitam a possibilidade de uma guerra com o uso deste tipo de armamento e avisa que a humanidade está brincando com uma arma carregada.

“Temos de manter os horrores de Hiroshima sempre presentes, reconhecendo que existe apenas uma solução para a ameça nuclear, não haver armas nucleares”, disse Guterres. “Quase 13 mil armas nucleares são mantidas em arsenais em todo o mundo e crises fortemente sublinhadas pelo nuclear disseminam-se depressa, do Oriente Média à península coreana e na invasão russa da Ucrânia.”

Durante o evento, Guterres pediu aos países que trabalhem para eliminar as armas nucleares. “Os países que têm armas nucleares têm que se empenhar na não utilização dessas armas e também têm que garantir aos estados que não possuem armas nucleares, que não usarão e nem ameaçarão usar essas armas contra eles.”

Mais de 140 mil pessoas morreram em Hiroshima em consequência do ataque norte-americano usando uma bomba nuclear no dia 6 de agosto de 1945. Foi a primeira vez que este tipo de armamento foi utilizado. Três dias depois, os EUA soltaram uma segunda bomba atômica na cidade japonesa de Nagasaki.

RTP / Agência Brasil

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ONU diz que há risco de desastre nuclear na Ucrânia com usina 'fora de controle'

Funcionários ucranianos na usina precisam realizar suas importantes funções "sem ameaças ou pressão", disse o chefe da agência nuclear da ONU

Por George Wright

A agência nuclear da ONU pediu o fim imediato de ações militares russas perto da usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, e fez o alerta de que há um "risco bastante real de um desastre nuclear".

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, disse estar "extremamente preocupado" com os relatos de bombardeios na maior usina nuclear da Europa.

A Ucrânia afirma que partes da instalação, ocupada pelos russos em março, foram "seriamente danificadas" por forças militares.

Os russos mantiveram os funcionários ucranianos nas operações, mas o governo ucraniano acusa Moscou de empregar "táticas de terror" com o disparo de foguetes contra áreas civis a partir do local.

O Ministério da Defesa do Reino Unido diz que a Rússia está usando a área para lançar ataques - aproveitando o "status protegido" da usina nuclear para reduzir o risco de ataques noturnos das forças ucranianas.

A usina fica nas proximidades da cidade de Energodar, no sudeste ucraniano, ao longo da margem esquerda do rio Dnieper.

Ataques realizados na última desta sexta-feira (05/08) mostram ameaças "à saúde pública e ao meio ambiente na Ucrânia e além de seu território", disse Grossi em comunicado.

"Qualquer poder de fogo militar direcionado para a instalação ou realizado a partir dela equivale a brincar com fogo, com consequências potencialmente catastróficas", acrescentou.

Os funcionários ucranianos na usina precisam realizar suas importantes funções "sem ameaças ou pressão", disse ele, ressaltando que a AIEA deve ser autorizada a fornecer suporte técnico.

"Para proteger as pessoas na Ucrânia e em outros lugares de um possível acidente nuclear, devemos todos deixar de lado nossas diferenças e agir agora. A AIEA está pronta", disse Grossi, dias depois de afirmar que a usina estava "completamente fora de controle".

A Enerhoatom, a agência nuclear ucraniana que é responsável pela operação da usina, disse que ataques com mísseis russos forçaram o fechamento de uma "unidade de energia" e acrescentou que havia risco de vazamentos radioativos.

'Incêndio em março na usina de Zaporizhzhia, quando as instalações foram ocupadas pelas forças militares russas'

As ações "causaram um sério risco para a segurança operacional da usina", escreveu a Enerhoatom no Telegram.

Moscou, por sua vez, acusa a Ucrânia de realizar o ataque.

A BBC não conseguiu verificar de forma independente os danos relatados na usina nuclear.

No entanto, a União Europeia condenou a Rússia pelo mais recente bombardeio. O chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell, afirmou que "é uma violação séria e irresponsável das regras de segurança nuclear e outro exemplo do desrespeito da Rússia pelas normas internacionais".

Borrell pede que a AIEA tenha acesso à usina.

As forças russas mantêm sob seu domínio as instalações nucleares, que consistem em seis reatores de água pressurizada e armazenam resíduos radioativos, e também exercem controle sobre áreas vizinhas.

Civis nas proximidades de Nikopol, cidade que fica do outro lado do rio Dnieper e ainda sob controle ucraniano, relataram à BBC que os russos estavam disparando foguetes a partir da área ao redor da usina e transportando equipamentos militares para o complexo.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse na sexta que "qualquer bombardeio deste local é um crime desavergonhado, um ato de terror".

BBC Brasil

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