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domingo, agosto 07, 2022

Rússia muda foco e prepara combates no sul da Ucrânia



Destruição em Toretsk

Moscovo deverá intensificar conflito em Kherson e Zaporíjia para antecipar contra-ofensiva ucraniana. Líder da Amnistia Internacional na Ucrânia demite-se do cargo.

O alerta surge por parte do Ministério da Defesa do Reino Unido. O relatório publicado este sábado pelas autoridades britânicas indica que as tropas de Moscovo estão a deslocar-se do Donbass, no leste da Ucrânia, para o sul do país, onde deverão intensificar a ofensiva em cidades como Kherson e Zaporíjia, iniciando uma nova fase na guerra que dura há quase meio ano.

"As forças russas estão a acumular-se no sul em antecipação de uma contra-ofensiva. Caravanas de camiões militares, tanques, artilharia e outras armas russas continuam a sair da região de Donbass e a dirigir-se para sudoeste", pode ler-se no relatório diário, que prevê ainda que a ofensiva deverá estender-se ao longo de 350 quilómetros.

Embora o exército de Vladimir Putin ainda esteja em fase de reorganização, os ataques em Zaporíjia já se fazem sentir há alguns dias e, o mais recente, na madrugada de sexta-feira, que envolveu um bombardeamento à central nuclear de Zaporíjia, poderia ter tido um desfecho catastrófico.

Mykhailo Podolyak, assessor presidencial ucraniano, constatou que um milagre evitou o pior. "Esta manhã na Europa tornou-se possível apenas porque a central nuclear de Zaporíjia milagrosamente não explodiu. A Federação Russa apoderou-se dela e está a encenar provocações perigosas", escreveu este sábado no Twitter.

Já o líder da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse estar "muito preocupado" com os recentes acontecimentos e apelou a que as partes exerçam a "máxima contenção".

Líder da AI demite-se

Além da continuidade dos ataques violentos no terreno, este sábado ficou ainda marcado pelo facto de Oksana Pokalchuk, líder da Amnistia Internacional (AI) na Ucrânia, se ter demitido após um relatório da organização ter acusado os soldados ucranianos de colocar os civis em risco durante as manobras militares.

A ex-diretora da ONG explicou, numa publicação no Facebook, que tentou dissuadir a organização a não publicar o relatório nos moldes em que este ficou conhecido, já que este "também deveria conter informações sobre o país que iniciou a guerra".

Apesar do relatório ter sido alvo de críticas, sobretudo por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a AI assegura que as conclusões publicadas no documento foram baseadas em provas recolhidas por investigações no terreno.

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Drones iranianos

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Jornal de Notícias (PT)

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