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domingo, agosto 07, 2022

Estratégia de Bolsonaro é provocar o segundo turno para ganhar tempo e conquistar mais apoio


DOIS PRODÍGIOS – Contra o Vento

Charge do Ivan Cabral (Sorriso Pensante)

Bruno Boghossian
Folha

A principal missão da campanha de Jair Bolsonaro agora é ganhar tempo. A aposta final do presidente é empurrar a corrida para o segundo turno e conseguir mais quatro semanas para um enfrentamento com Lula. Nesse período, a turma da reeleição espera ver os efeitos de mais uma parcela do Auxílio Brasil e fazer uma ofensiva pesada para tentar aumentar a rejeição ao petista.

Hoje, Bolsonaro corre o risco de perder a disputa no primeiro turno porque, para boa parte do eleitorado, a corrida se consolidou como um plebiscito sobre sua gestão. Uma quantidade razoável de brasileiros vai às urnas no dia 2 de outubro para evitar que ele continue no poder.

SEGUNDO TURNO – Aliados do presidente querem levar a decisão final para o dia 30 porque acreditam ser possível mudar o foco da eleição para Lula. A ideia para o segundo turno é convencer gente suficiente a barrar a volta do PT, repetindo a onda da última eleição.

Não são poucos os indícios de que essa é uma aposta duvidosa num país que tomou alguma distância de 2018. Pesquisas para o segundo turno sugerem que o antipetismo ainda não foi suficiente para amenizar a impopularidade de Bolsonaro.

O presidente só vence Lula no segundo turno em dois grupos relevantes, segundo o Datafolha. Bolsonaro supera o petista por 51% a 39% entre brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos, que representam cerca de um décimo do eleitorado. Além disso, ele tem vantagem no segmento evangélico: 52% a 43%.

LULA MAIS FORTE – O impulso que Bolsonaro consegue do primeiro para o segundo turno está longe de ser suficiente. O presidente passa de 29% para 35% na hora do embate direto com Lula, enquanto o petista vai de 47% para 55%.

Nessa hora, é Lula quem se beneficia de um antibolsonarismo. Entre o primeiro e o segundo turno, o petista ganha 13 pontos entre eleitores que reprovam o governo Bolsonaro.

O presidente corre o risco de ver esses eleitores anteciparem o voto no petista. Se acharem que Bolsonaro representa um perigo, eles podem terminar o jogo já no primeiro turno.

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