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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

CPI vai investigar gastos do PT e do PSDB

BRASÍLIA - Autor de requerimento para criar uma CPI mista sobre o uso de cartões corporativos pelo governo, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) passou o Carnaval debruçado sobre 2 mil páginas de documentos e perícias produzidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que, segundo ele, comprovam uma farra no uso dos cartões. "Há fraudes e irregularidades", afirma.
Sampaio diz que não é objetivo da CPI investigar gastos do presidente Lula e sua família e avisa que ela atingirá tanto o governo do PT como o do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique. Ele começa a recolher hoje assinaturas na expectativa de atingir o número exigido - 171 na Câmara e 27 no Senado - até meados da próxima semana.
PERGUNTA - O sr. tenta a criação de uma CPI mista, mas já se fala numa CPI do Senado, onde a oposição é mais forte. As pessoas estão compreendendo que a CPI é uma investigação mais ampla?
CARLOS SAMPAIO - Não é por causa de três ministros, de cujos gastos com o cartão ficamos sabendo agora. Tenho 2 mil páginas de perícias feitas pelo Tribunal de Contas da União, que não contemplam dados sigilosos. Só a CPI pode acessar informações sigilosas. Se não conseguirmos a CPI mista, entregarei todos os dados que tenho para que ela seja feita no Senado.
Aonde a CPI pode chegar?
A CPI poderá investigar com poderes que a Controladoria Geral da União (CGU) não tem. A CGU é um órgão ligado ao governo e não tem a capacidade judicial que a CPI tem. A CPI pode requisitar documentos, convocar depoimentos e dispõe de instrumentos que a CGU não tem. O desfecho da CPI deverá ser o de apresentar os responsáveis pelo uso indevido do cartão para serem punidos pela Justiça e o de criar um novo mecanismo que dê eficiência à fiscalização. Por isso, é que uma há chance efetiva na coleta das assinaturas. O receio do governo é a maior evidência de que a CPI tem de acontecer.
Depois que falei em CPI, a ministra Dilma pediu uma investigação e, dois dias depois, o ministro Paulo Bernardo soltou uma nova norma sobre o uso dos cartões. Estão fazendo tudo para evitar a CPI. O ministro Paulo Bernardo disse que seria a "CPI da tapioca", em referência ao fato de o ministro dos Esportes, Orlando Silva, ter usado o cartão para pagar despesas em uma tapiocaria, em Brasília. Não é a CPI da tapioca, como disse Paulo Bernardo. São R$ 140 milhões de gastos, de 2004 para cá. A CPI vai investigar de 2001 até agora, desde o nascedouro do cartão corporativo. Ou seja, pega PT e PSDB. São dois anos nos quais o PSDB, meu partido, era governo. Não estou partidarizando. A CPI vai cuidar de fatos mais graves que os episódios dos ministros.
O ministro Paulo Bernardo, e acho que não foi por má-fé, demonstrou um desconhecimento completo do uso do dinheiro público. Poderia ser uma tapioca, R$ 1 ou R$ 1 milhão. Ele tem de ter cuidado em não ridicularizar, porque se trata de dinheiro público, não do dinheiro dele. A CPI não é para fazer auê. É para pegar o mau uso.
O que a CPI deve investigar?
A CPI vai investigar três coisas. Duas são o uso indiscriminado do cartão corporativo e o desvirtuamento do uso. Nesses pontos, a perícia feita pelo TCU constatou que 60% do uso tem sido para saques na boca do caixa. O terceiro ponto é a verificação de fraudes no uso. Há um caso, por exemplo, de pagamento de dez diárias, sendo que a perícia constatou que a hospedagem durou cinco dias. Todas essas irregularidades estarão no foco da CPI. Por tabela, está a questão dos ministros.
As investigações vão atingir gastos do presidente e de seus familiares?
Sou contra, em princípio, à quebra de sigilo dos gastos do presidente. Por trás desses gastos há uma questão de segurança nacional. O presidente e sua esposa não estarão no foco da CPI. Isso poderia sugerir um interesse de bisbilhotar. A intenção também não é de acabar com o cartão corporativo, um instrumento ágil e moderno e que permite ter o extrato de todos os gastos. O problema é o desvirtuamento do uso do cartão.
E o caso de um segurança de Lurian, filha de Lula, que usou o cartão para fazer compras em lojas de materiais de construção, autopeças e ferragens, entre outras?
Tudo que entra no foco familiar é ruim para a CPI. Mas como a imprensa noticiou, talvez fosse o caso de requisitar os documentos, mas manter o sigilo.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Mais cargos ao PMDB para evitar CPI dos Cartões

BRASÍLIA - Surpreendido com a continuidade da agenda negativa em torno dos gastos da Presidência da República, mesmo após a demissão da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, o governo tentará barrar a abertura de uma CPI para investigar compras irregulares com cartões corporativos adoçando a boca da base aliada.
Depois de um duelo interminável por diretorias da Eletrobrás, da Eletronorte e da Eletrosul, o Palácio do Planalto vai acelerar as discussões sobre a partilha de cargos no setor elétrico para terminar a semana sem nenhuma pendência com o PMDB.
A estratégia foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma conversa por telefone com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que se reunirá hoje com os colegas Edison Lobão (Minas e Energia) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais).
Até mesmo Dilma, que defendeu a nomeação de técnicos para as estatais de energia, comprando briga com Lobão e a cúpula do PMDB, foi convencida de que é preciso ceder. A tática consiste agora em evitar que deputados e senadores aliados dêem o troco no governo, na volta das férias parlamentares, por não terem suas reivindicações atendidas.
Hoje, o Congresso volta do recesso parlamentar. Antes de viajar para o Guarujá na última sexta-feira, Lula avaliava que a demissão de Matilde poria um ponto final na crise envolvendo a farra dos cartões corporativos. Não foi o que aconteceu.
Durante o Carnaval, surgiram informações de que dois militares destacados para fazer a segurança da filha do presidente, Lurian Cordeiro Lula da Silva, usaram o cartão, em Florianópolis, para pagar despesas em lojas de materiais de construção, autopeças, ferragens, supermercados e postos de gasolina.
Além disso, entre 2004 e 2007, quatro funcionários da equipe que protege a família do presidente em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista, gastaram com cartão pelo menos R$ 224 mil. As faturas incluem despesas com churrascaria, lavagem de roupas, manutenção de veículos e materiais de construção.
"Margem para o azar"
"Ninguém se indignou mais com o mau uso do cartão corporativo do que o governo, tanto que providências foram tomadas", afirmou o ministro Múcio, numa referência às medidas anunciadas pelo Planalto na última quinta-feira, como as restrições aos saques em dinheiro.
"É bom que tudo seja esclarecido, mas não vejo motivo para uma CPI sobre isso". Em conversas reservadas com integrantes do governo, porém, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), avisou que "não é bom dar margem para o azar".
Na tradução política, significa que a paciência dos aliados está se esgotando e, se a montagem dos cargos no setor elétrico não for concluída logo, a base pode virar as costas para o Planalto e não segurar a CPI. A ameaça inclui, ainda, o corpo mole em votações importantes, como a do Orçamento para este ano.
"A CPI é um radicalismo da oposição para tirar proveito neste ano de eleições, mas o cartão é um assunto que está incomodando e o governo precisa dar respostas rápidas, para evitar mais desgaste", disse Alves. "Essas coisas o governo tem de resolver logo: apurar com rapidez e esclarecer os fatos, até porque não sabemos se há mesmo distorções ou desvios".
Dificuldades
O nó que ainda impede o acerto com o PMDB está na presidência da Eletrobrás. O senador José Sarney (AP) indicou o engenheiro Evandro Coura, executivo do Grupo Rede, um dos maiores na área de distribuição de energia. Mas o nome descontentou tanto Dilma, que teme a interferência privada na empresa, como alas do PMDB.
Agora, há dois cotados: Flávio Decat, que comandou a Eletronuclear, e José Antônio Muniz Lopes, ex-presidente da Eletronorte. Após muita briga, o PMDB venceu a queda-de-braço com o PT e conseguirá emplacar Jorge Zelada na Diretoria Internacional da Petrobras.
Em compensação, o petista Jorge Boeira vai presidir a Eletrosul. Para a direção da Eletronorte irá Lívio Rodrigues de Assis, atual diretor-geral do Detran do Pará e afilhado político do deputado Jader Barbalho (PMDB). Indicado pelo presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o ex-prefeito Miguel Colasuonno será acomodado na Diretoria Administrativa da Eletrobrás.
Fonte: Tribuna da Imprensa

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Jeremoabo entrou em 2008 retrocedendo









Por: J. Montalvão


Diz a lógica que “ antes de começar a correr, tem que aprender a andar”.

Estamos diante de um problema causado pelo senhor João Ferreira, que está atingindo toda população jeremoabense, que é o lixo, não fosse o senso de responsabilidade do Dr. Spencer prefeito eleito pela vontade da maioria do povo de Jeremoabo, hoje estaríamos iguais a uma ilha, cercado e mergulhados no lixo por todos os lados.

Eu nunca tive conhecimento que o João gostasse tanto de lixo, só penso que o mesmo ouviu o galo cantar e não soube onde, senão vejamos;

Cientistas britânicos afirmam ter criado ratos geneticamente modificados que podem ser infectados com o vírus da gripe, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos para gripe e doenças respiratórias mais severas. (Fonte BBC Brasil).

Talvez, quem sabe escutando ou lendo esta notícia, queira a área do lixão para tornar Jeremoabo uma grande exportadora de ratos, só senhor João, que os ratos ali citados são ratos de laboratório.


Enquanto isso, ainda se tratando em questão de saúde, no hospital de Jeremoabo/Bahia, após uma fase negra, até que vem conseguindo apagar aquela imagem de “pela vivo”, e corrupção.

O pouco que ando por lá, deu para notar outro semblante se não o ideal, porém o razoável, isso devido a admissão ou contratação de profissionais especializados de outras localidades mais adiantadas, e também com outro senso de responsabilidade.

Infelizmente a banda podre daquele nosocômio ainda não foi eliminada e continua em pleno vapor, estou me referindo a politicagem ultrapassada e irresponsável., que ainda vem sendo aplicada nele.

Não se admite que em pleno século vinte e um, ainda se use um hospital para se fazer politicagem, principalmente perseguindo servidores, desviando de função, além do acobertamento de falcatruas e trambicagem, que a resma de politicagem passada começa a reaparecer.

Os politiqueiros de plantão, aproveitadores da falta de cultura e ignorância de muitos deveriam batalhar para melhorar e aperfeiçoar ainda mais o atendimento, unindo forças para arranjar e reivindicar uma UTI MÓVEL para o bem estar de todos, e não apelar para coisas menores perseguindo funcionários com mais de vinte anos de serviço e que nunca tiveram uma repreensão sequer.

Ontem fui procurado por certo cidadão, onde recebi denúncias seriíssimas, mas que vou me abster de publicar enquanto não apurar com toda a responsabilidade o que realmente está acontecendo naquele nosocômio, e se realmente o que me falaram for verdade, irei publicar os fatos, e encaminhar uma copia para o Secretário de Saúde Estadual, bem como para o Exmo. Sr. Governador, além da divulgação em outros sites.

Eu já tive o desprazer de exercer por pouco tempo, (porque solicitei logo a minha demissão), a Secretaria Municipal de Saúde no (dês)governo do seu João Ferreira, conheço muito bem os seus métodos de perseguição , a exemplo de naquele tempo tentar, e não conseguir tirar o Dr. Fausto daqui de Jeremoabo como médico do Estado; onde naquele tempo, o Secretário Estadual de Saúde do Estado da Bahia, falou para ele que indicasse outros profissionais de saúde que ele nomearia, e se o Dr. Fausto fosse o que ele estava falando, o povo se encarregaria de isolar, ai foi onde entrou o Dr. Luiz Carlos, Dr. Ari e outros, no tempo em que eu era Secretário Municipal de Saúde.

Ao se apossar da Prefeitura foi logo perseguindo elementos da família Passos, onde até lutam na Justiça por seus direitos, rompeu com o Dr. Jorge que tanto te ajudou, sendo chamado até de "boi de piranhas", e por aí vai...

Portanto Sra. Ruth, acredito que esse ato mesquinho de perseguição não partiu do Dr. Luiz Carlos – Diretor do Hospital - , pois nos dois ou três dias da semana que ele aqui comparece, tem coisas mais importantes para resolver, talvez involuntariamente e devido o acumulo de serviço tenha se metido nessa fria Rasgando o Estatuto do Funcionalismo, a Constituição Estadual e Federal .

JUDEUS e a JUDIA no BR Juliana Kalichsztein,TENTOU, mas não DESTRUIU a VIRADOURO

domingo, fevereiro 03, 2008

O povo de Jeremoabo não pode se expor a caprichos banais




Por: J. Montalvão
Considerando que não é fácil em pleno feriado e em cima da hora encontrar um local para mesmo provisoriamente armazenar o lixo de uma cidade. E em relação à questão sobre: o que relacionam a palavra lixo, as mais citadas são: doenças, moscas, sujeira.

Considerando que o cidadão de Jeremoabo que paga seus impostos em dia, principalmente o IPTU, não pode nem deve ser penalizado por caprichos doentios e irresponsáveis de politiqueiros; sugiro ao Senhor Prefeito, que no uso de uma de suas atribuições e em benefício do povo, DECRETE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA.

E que a população em seu próprio benefício dê um basta nisso! Ajude a tornar essa cidade a cidade dos que amam Jeremoabo, e não dos que querem explorar e perturbar.
Pode ser?

Só depositando o Lixão na pousada construída por João Ferreira

Deposite seu Lixo Aqui!!!
( por Mário Sérgio - São Carlos (SP))


Por: J Montalvão
Depois da invasão e arrombamento da prefeitura por João Ferreira, aqui em Jeremoabo não é de se esperar nada de bom, principalmente agora que iremos entrar em período eleitoral.

Nós da Administração Municipal estamos enfrentando um problema grave, que é zelar a todo custo pelo bem estar do povo jeremoabense, e principalmente no que diz concernente a saúde pública de todos, pois se entrarmos no jogo politiqueiro do João Ferreira, só teremos dois caminhos, deixar o lixo se acumular na rua que seria uma catástrofe, ou então deixar toda a população exposta a epidemia devido a chegada de ratos e urubus.

Porém, o povo poderá ficar tranqüilo que enquanto o caso se arrastar na justiça, tomaremos soluções paliativas, devido a esse ato deplorável, degradado e pejorativo do ESTADO POLÍTICO A QUE CHEGOU A nossa Jeremoabo... o que, convenhamos, É MUITO GRAVE!

Qualquer um cidadão de bom senso e que não olhe o lado politiqueiro, notará de imediato que essa condenável atitude do João Ferreira é apenas para procurar um fato notório, só que esses seus métodos são condenáveis e ultrapassados, pois o único prejudicado de imediato é o povo de Jeremoabo, independente de partido político.

Para mim não causou nenhuma surpresa, porque uma pessoa que desrespeitando uma cidade inteira arromba e invade uma prefeitura, o resto será balela.

Abaixo transcreverei a “concessão temporária da liminar”, porque A INTELIGÊNCIA que era verde, cor da esperança, passou um burro e comeu-a... Pelos vistos, já nem São João nos pode acudir e valer...
Agte: João da Silva Varjão
Adv/Agte. Manuel Antonio de Moura –
Agdo: Município de Jeremoabo/Ba
Adv/Agdo. Luiz Wagner Santana Montalvao e outros


Decisão

Vistos etc...

Recorre-se, tempestivamente, de decisão proferida pelo M.M. Juízo de direito da Vara Única da Comarca de Jeremoabo/Bahia, nos autos da ação de desapropriação proposta pelo agravado em desfavor do recorrente, no curso da qual entendeu-se por bem conceder imediata liminar, imitindo provisoriamente o primeiro na posse de área expropriada e determinando ato continuo, deposito de valor ofertado a título de indenização.
Documentos indispensáveis instruíram a exordial. Preparo regular.
Relatei. Decido adiante.

Sabe-se imprescindível a demonstração da urgência ou de perigo de lesão grave e de difícil ou incerta reparação para obtenção de medida antecipatória dos efeitos da tutela ou de provimento liminar que atribua efeito suspensivo a decisão agradável.

É esta a hipótese dos autos.

Com efeito, conquano reglar e, a principio suficientemente instruída sem e apresente a exordial, encontra-se a decisão atacada deficientemente fundamentada, tanto que sequer cogita da prévia avaliação do imóvel objeto da expropriação para efeito de deposito do valor ofertado, em dissonância com assente posição doutrinária seguida por nossos Tribunais, se revelando, por isso mesmo, a um sentir, causadora de dano a direito do agravante, máxime se inobserva o disposto no art. 15, do Dec. Lei n' 3.365/41

Em hipótese análogas tem-se decidido.

.....

......

Onde tem os pontos cita Jurisprudência.


Presentes então, os requisitos do fumis boni iuris e do periculum in mora, de aplicar-se, então, a regra do art. 527, III, CPC.

Assim sendo, do exposto e mais que dos autos consta, ao tempo em que atribuo efeito suspensivo ao presente recurso, determino, ainda, seja comunicado ao a quo, requisitando-lhe informações, também intimando-se o agravado para querendo, responder.

Nova conclusão dos autos oportunamente.


Observação:

Meu ponto de vista:

Primeiro a prefeitura ainda não foi citada, então não pode se basear em informação de João Ferreira ou do ex-padre Moura, se dependesse da Secretaria do Meio Ambiente eu mandaria meter o trator nos arames, desse no que desse, pois é uma cidade inteira que está prejudicada.

sábado, fevereiro 02, 2008

A quem interessa a proibição do lixo de Jeremoabo?
















Por: J. Montalvão
Antes do Dr. Spencer assumir a Prefeitura a situação da coleta de lixo era assim. Então eu faço a seguinte pergunta e deixo que o povo responda:
A quem interessa esse retrocesso que humilha, degrada e envergonha qualquer ser humano?
Será que toda essa maldade contra o povo de Jeremoabo/Bahia, é para João Ferreira fazer nossa cidade retornar ao passado negro, onde o lixo era armazenado no meio da rua e na porta do do povo.
Será que o João Ferreira está apelando para o quanto pior melhor?
O cidadão de Jeremoabo/Bahia merece mais respeito, a politicagem ultrapassada de vingança, perseguição e falta de critério, é coisa do passado, e o tempo não retorna, principalmente as coisas ruins,; o povo de Jeremoabo/Bahia está querendo é saúde, estudo emprego e bem estar, e nào desavença nem violência, pois desde nossos antepassados que somos pacíficos por natureza.

A SAÚDE DO POVO DE JEREMOABO EM JOGO COM RISCO DE EPDEMIA




Por: J. Montalvão
No final do governo do Sr. João da Silva Varjão o João Ferreira, o povo tirou até fotos devido o lixo generalizado da nossa cidade, com os respectivos abutres.
No final do governo do Tista a mesma coisa inclusive com o lixão entre a população do bairro São José, distante apenas trinta metros de uma creche.
No final da administração do Dr. Spencer vemos uma cidade limpa, onde se a coleta do lixo não é ainda a ideal, é a possível, onde para isso houve uma concessão entre o Dr. Spencer e o seu Vice-Prefeito o João Ferreira, onde esse cedeu um terreno penhorado pelo Banco do Brasil, para em parte dele se colocar o lixo da cidade.
Para não fugir da rotina o João Ferreira achou de fazer politicagem contra o atual gestor (digo rotina porque o mesmo criou caso com José Lourenço quando era seu vice, criou com Mirando seu vice, que até hoje batalha na justiça em busca de seus vencimentos, criou com Lula prefeito), proibindo a colocação do lixão da cidade no local acordado.
O prefeito seguindo a Lei, (apesar de que para ser direito aqui em Jeremoabo se pagar caro), desapropriou aquela área em beneficio da população de Jeremoabo/Bahia.
No intuito de prejudicar o atual administrador municipal, o João Ferreira apelou para a instância superior o que é um direito que o mesmo tem, só que o prejudicado não será o prefeito, e sim todos que residem em Jeremoabo, pois tudo indica que enquanto não for resolvido esse caso mesquinho o povo será penalizado, em conseqüência de uma politicagem ultrapassada e mesquinha.
Quero dizer ao povo que o Dr. Spencer, prefeito de Jeremoabo/Bahia, eleito pela vontade esmagadora desse povo, não ficará de braços cruzados e irá lutar em nome do povo que o elegeu, pois eleição se ganha com votos e não com baixaria ou perseguição.
Quero lembrar a todos que apenas houve uma liminar do TJ, mas não existe problema sem solução e o Dr. Spencer fez tudo de acordo com a lei, e irá a busca dela, se não encontrar em Salvador, tem outras instâncias superiores, o povo é quem não poderá ficar prejudicado por causa de vingança ou falta de cultura e irresponsabilidade de quem quer que seja, pois é a saúde de todos que ficará sensível e exposta a todo tipo de epidemia inclusivel com invasão de ratos.(acham pouco os que já existem)?
Será o que somos todos sádicos para aceitar tamanho castigo e humilhação e ainda aplaudir?
Que isso sirva de alerta a todos, para saber quem pretende e deseja a todo custo gerir o destino da nossa Jeremoabo; mas tenho confiança na sabedoria dos jeremoabenses, que sábia e pacificamente por mais de duas vezes através da sua poderosa arma que é o título e o voto consciente, deu por DUAS OU MAIS VEZES UM “NÃO” BEM GRANDE.
Portanto repito, nessa guerra suja, o único PREJUDICADO é o POVO DE JEREMOABO; e apesar de você e sua tropa de elite, amanhã há de ser outro dia.

Se prepare para receber outro NÃO

Escândalo derruba ministra da Igualdade

Matilde Ribeiro admite que usou irregularmente cartões corporativos, mas que não foi a única a fazer isso


BRASÍLIA - Matilde Ribeiro anunciou ontem a saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial após ser acusada de usar irregularmente o cartão corporativo do governo. O desligamento foi comunicado logo depois de um encontro entre Matilde e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. “Diante dos fatos, solicito meu desligamento”, afirmou. Ela admitiu que usou indevidamente o cartão. “Assumo o erro administrativo no uso do cartão. Os fatos partiram da dificuldade com deslocamento e hospedagem fora de Brasília”, disse ela. “Foi um erro administrativo que pode e deve ser corrigido”.
Ao tentar justificar o uso indevido do cartão, Matilde disse que foi mal orientada por dois funcionários da secretaria. “Não estou arrependida. Fui orientada a usar o cartão”, disse ela, afirmando depois que esses funcionários já foram demitidos. Matilde atribuiu parte do problema do uso irregular do cartão à falta de estrutura da pasta. No entanto, ela fez questão de destacar que outros ministros também erraram. “Este erro não foi cometido exclusivamente por mim”.
Segundo ela, o trabalho de uma agente política, às vezes, continua no almoço ou no jantar. A permanência de Matilde no governo passou a ser questionada após o desgaste provocado pela denúncia de irregularidades no uso do cartão de crédito corporativo. Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$171 mil. Desse total, ela gastou R$110 mil com o aluguel de carros e mais de R$5 mil em restaurantes. Um dos gastos considerados suspeitos foi o pagamento de uma conta de R$461,16 em um free shop.
A assessoria da ex-ministra disse que ela usou o cartão corporativo por engano e que já teria devolvido o montante para os cofres públicos. Apesar das justificativas, assessores do Planalto consideraram que a permanência de Matilde na secretaria mantinha as denúncias de irregularidades no noticiário e prejudicava o governo. O Planalto esperava que a própria Matilde Ribeiro tomasse a iniciativa de deixar o cargo para evitar um desgaste ainda maior.
De acordo com a reportagem, o presidente Lula relatou ontem a assessores estar “incomodado” com o caso e avaliava que a melhor saída seria ela colocar o cargo à disposição. Mesmo em férias, Matilde, que não confirmou se devolverá o dinheiro aos cofres públicos, usou o cartão corporativo para pagar despesas. Ela usou o cartão corporativo para pagar despesas de R$2.969,01 no período de 17 de dezembro de 2007 a 1º de janeiro _ quando estaria em férias. Na véspera de Natal, por exemplo, Matilde pagou R$1.876,90 para uma locadora de carros. No dia 17, o primeiro das férias, ela pagou R$104 num bar da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.
***
Oposição insiste na criação de uma CPI
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), defendeu ontem a instalação da CPI para investigar o uso dos cartões corporativos mesmo com o pedido de demissão da ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), que admitiu o uso irregular do meio de pagamento. “Reconhecer o erro é fundamental, mas isso não elimina e não anula a culpa. Não estamos presos às ações da ministra”, disse.
Matilde deixou ontem o governo em meio às denúncias de irregularidades no uso do cartão de crédito corporativo. Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$171 mil. Segundo o tucano, quando o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) propôs a CPI, a idéia era investigar o uso abusivo dos cartões corporativos, pois houve aumento de 52,2% nas despesas em 2007 em comparação a 2005.
“A CPI tem sentido, sim, porque ficou claramente comprovado a utilização dos cartões totalmente descabida, sem atividade profissional”, afirmou Pannunzio. O deputado acredita que a CPI também servirá para identificar os culpados pelo uso irregular dos cartões para que o dinheiro seja ressarcido aos cofres públicos. Pannunzio não descartou a hipótese de a investigação resultar em uma denúncia ao Ministério Público, que poderá ou não propor uma ação civil pública por improbidade administrativa. O líder tucano defendeu o uso dos cartões, mas de forma controlada, conforme o que está previsto em lei e que possa ser fiscalizado pelo Congresso.
Paliativo - O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse ontem que a tentativa do governo de moralizar o uso de cartões corporativos é apenas “um paliativo” cujos efeitos não alcançarão a Presidência da República, onde acredita existir os mais graves problemas na utilização desse mecanismo. Entre as medidas anunciadas anteontem pelo governo está a proibição de saques em dinheiro para pagamento de despesas cobertas pelo cartão, com exceção dos “órgãos essenciais” da Presidência da República. O senador citou como exemplo dados de uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas despesas de 2006 da Presidência com cartões. De R$4,9 milhões, foram apresentadas notas fiscais de apenas R$100 mil.
O argumento para justificar a incompatibilidade entre o que se comprovou e o que realmente foi gasto _ segundo ele _ era a de que os bens e serviços sem comprovantes se justificariam por questões de segurança nacional. “O que é um absurdo para se manter a clandestinidade das despesas”, afirmou. Para o senador, qualquer medida que não alcance a Presidência é insuficiente e qualquer investigação que não chegue até lá é incompleta “porque é lá que estão os maiores problemas no uso de cartões corporativos”. “A resistência incomum no que diz respeito aos gastos com cartões do Planalto permite a todos deduzir que o grande escândalo é lá que está”, reiterou.
***
Entidades falam em racismo
SÃO PAULO - Lideranças do movimento negro lamentaram ontem os equívocos cometidos pela assistente social Matilde Ribeiro, que resultaram na sua saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Em declarações à Agência Estado, vários representantes do movimento destacaram que ela deveria ter tido mais cuidado com a administração dos recursos públicos. Ao mesmo tempo, porém, destacaram que a forte repercussão do episódio e a demissão estão relacionadas ao fato de Matilde ser negra e mulher.
“A ministra cometeu erros que jamais poderia ter cometido”, disse o jornalista Dogival Vieira, editor da Agência Afropress e dirigente do Movimento Brasil Afirmativo. “Além da falta de zelo com os recursos públicos, que é um erro grave, ela se esqueceu de que vivemos num país racista, onde não existe nenhuma flexibilidade em relação a negros, especialmente quando estão em posição de destaque”.
Vieira lembrou que os gastos de assessores diretos da Presidência são muito maiores que os da ministra que se demitiu. “Ela foi usada como bode expiatório. Caiu porque o governo quer usar isso para impedir a criação de uma CPI que investigue a fundo a farra dos cartões”. A militante Valkiria de Souza Silva, que faz parte da Coordenação Nacional de Entidades Negras, disse que é impossível não relacionar a demissão ao avanço de políticas que estariam servindo às populações excluídas da sociedade brasileira. “Há uma conotação racista no episódio, à medida que significa uma reação de setores contrários às políticas que beneficiem os excluídos por gênero, raça e classe”.
***
Denúncias já atingiram oito na gestão
SÃO PAULO - Matilde Ribeiro elevou para oito o total de ministros abatidos _ uns rapidamente, outros após alguma resistência _ por escândalos no governo Lula. Antes dela, o último a cair havia sido Walfrido Mares Guia, que entregou a pasta de Relações Institucionais em 22 de novembro, minutos após ter sido denunciado pelo procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, no caso do mensalão tucano.
Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) foi a primeira da lista de demissões, em 21 de janeiro de 2004. Chegara ao governo com prestígio, graças à sua história de vida _ ex-doméstica e moradora de favela que se tornou a primeira senadora e, depois, governadora negra do país. Em setembro de 2003, porém, se hospedou no Alvear, luxuoso hotel de Buenos Aires, com diária de US$400, à custa da União, para um café da manhã com evangélicos. Ela resistiu, mas perdeu a vaga. Em 13 de março de 2004, o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, chamuscado pela suspeita de ligação com um esquema de corrupção na Prefeitura de Iturama (MG), ficou sem a cadeira. Saiu da Esplanada e lançou-se para prefeito.
Se Matilde resistiu por 19 dias, o mesmo não se deu com o ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP). Ele anunciou a sua saída em 16 de junho de 2005, dois dias após o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), autor da denúncia do mensalão, cobrar na TV a sua demissão. Dirceu foi o fiador das alianças que conduziram Lula ao Planalto.
Dirceu integrava o “núcleo duro” do primeiro mandato, assim como o ministro da Fazenda, Antonio Palocci (PT-SP) _ hoje deputado _, outro membro do primeiro escalão que não resistiu a um escândalo. Elogiado até pela oposição e gozando de ampla confiança de Lula e do mercado, o petista entregou o posto em 27 de março de 2006. A queda de Palocci ocorreu três semanas após o jornal O Estado de S. Paulo publicar uma entrevista com o caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo, na qual ele relatou festas e partilha de dinheiro em uma mansão no Lago Sul de Brasília, com participação do ex-ministro e da república de Ribeirão. Nos dias seguintes, Nildo teve o sigilo bancário violado.
O próximo a ceder o lugar foi Luiz Gushiken, outro ex-integrante do “núcleo duro”. Rebaixado da Secretaria de Comunicação (Secom) para o Núcleo de Assuntos Estratégicos, em meio ao escândalo do mensalão e à CPI dos Correios, ele se demitiu em 13 de novembro de 2006.
Completa a lista de baixas, o ex-titular de Minas e Energia Silas Rondeau. Ele perdeu a pasta em 22 de maio do ano passado, três dias após ter sido apontado pela Polícia Federal como suspeito de ter recebido R$100 mil da Construtora Gautama, alvo da Operação Navalha.
Fonte: Correio da Bahia

Paulo Barros: "Proibição é preconceito com o carnaval"

Marcello Victor, JB Online
RIO - O carnavalesco Paulo Barros da Unidos do Viradouro, de Niterói, Região Metropolitana do Rio, atribuiu ao preconceito a proibição da justiça ao carro alegórico que reproduziria o Holocausto, com bonecos representando corpos de judeus. Ele negou que passistas viessem fantasiados do ditador alemão Adolf Hitler.
- Fiz a alegoria com extremo respeito. Não sou maluco de cometer um ato de desrespeito. Essa proibição não diz respeito ao carro e sim ao preconceito com o carnaval. Se fosse no cinema, nas artes, seria entendido de uma outra forma – acredita o carnavalesco, que confessou ainda estar abalado com a polêmica.
Nesta quinta-feira, o escritor e pesquisador da cultura do carnaval, Hiram Araújo, já havia criticado a decisão da justiça. Em entrevista ao JB Online, ele condenou qualquer tipo censura e disse que o carnaval é uma arte que livre e que a proibição só ocorreu por se tratar das escolas de samba.
- Aquilo (Holocausto) não é uma invenção, aquilo aconteceu. Se é chocante cabe a cada um. Isso (proibição) acontece por preconceito, porque o Carnaval tem o estigma de não ser uma festa religiosa – afirmou Hiram Araújo, que também é diretor do Instituto do Carnaval da Universidade Estácio de Sá e diretor cultural da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) do Rio.
Segundo Paulo Barros, a nova alegoria ficará pronta ainda na noite desta sexta-feira. Ela fará referência a exclusão do direito de expressão, que, conforme o carnavalesco, foi decaptado da Viradouro com a decisão da justiça.
Nesta quinta-feira, a juíza de plantão do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Juliana Kalichsztein, concedeu liminar a Federação Israelita do Rio de Janeiro (FIRJ) e proibindo o carro do Holocausto de entrar no Sambódromo com o carro. Foi estipulada uma multa de R$ 200 mil caso a decisão fosse descumprida e de R$ 50 mil por componente fantasiado de Hitler.
Ainda conforme Barros, ss últimos retoques serão dados no sábado. A Unidos do Viradouro apresentará na Marquês de Sapucaí o enredo É de Arrepiar, que fala sobre as sensações que causam arrepio ao ser humano, como medo, prazer, pânico, entre outros.


Fonte: JB Online

Lei seca é driblada no primeiro dia

A medida tomada pelo governo federal para tentar evitar a embriaguez dos motoristas - uma das principais causas dos acidentes nas rodovias brasileiras - está sendo driblada. Logo no primeiro dia de aplicação, a lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais não está surtiu efeito.
- A lei é uma besteira, não vai diminuir em nada os acidentes - queixa-se o marceneiro Edmilson Lira, que seguia para casa em Duque de Caxias pela Rodovia Presidente Dutra, com uma lata de cerveja na mão. - Quem viaja e enfrenta a estrada bebe em qualquer bar ou compra de ambulantes, como eu. Essa nova medida só vai atrasar o lado dos lojistas.
Pelos estabelecimentos comerciais da Dutra - como padarias, postos de gasolina, restaurante, shoppings e lanchonetes - a Polícia Rodoviária Federal passou algumas vezes durante o dia para fiscalizar se havia cessado de fato a venda de bebidas, segundo comerciantes. Já na estrada, ambulantes faturavam a mais com a venda de cerveja exclusiva para passageiros que passavam por ali.
- Sei da nova proibição, mas continuo vendendo - conta um ambulante que não quis se identificar. - Os agentes até vêm, mas fingem que não estão vendo, falam para a gente parar de vender cerveja mas não levam a mercadoria.
Antes da proibição que começou a vigorar à 0h de ontem, a polícia emitiu um comunicado para os estabelecimentos que ficam à beira das estradas, avisando a nova legislação. O descumprimento da medida provisória implica multa de R$ 1.500, além da apreensão das bebidas. A reicindência implica em uma multa duplicada (R$ 3 mil) e o fechamento do acesso do estabelecimento à rodovia.
- É uma iniciativa muito bacana, pena que não vai adiantar - diz o zootecnista Henrique Tavares, de São Paulo. - Uma coisa, ao menos, é certa: os caminhoneiros serão obrigados a beber menos e fazer menos loucura como as que vemos por aí.
Urgência
Para Cláudia Reis, que trabalha com dependentes alcoólicos, a iniciativa é correta e mais do que urgente:
- Já que não se pode controlar tudo, é preciso restringir o uso. É uma medida preventiva importante, que deveria passar a vigorar para sempre - avalia.
O morador de Nova Iguaçu, Rogério Souza, passa pela Dutra todo o dia e acha a nova lei um "exagero".
- Deveria valer apenas para motoristas. No fim das contas, quem quer beber vai para um bar antes de seguir viagem. Além do mais, a cada esquina dessas ruas perto de estrada há um bar com cerveja e cachaça. Só vai dar mais trabalho para quem quer beber.
A menos de 100 metros de um ambulante vendendo cerveja, na altura de São João de Meriti da via Dutra, o JB pergunta a um policial federal sobre a fiscalização:
- Vale para estabelecimentos, não diz respeito a ambulantes.
Para fazer valer a medida contra o consumo de álcool nas estradas para diminuir acidentes, mortes e impunidade, foram feitas ontem 223 fiscalizações e 34 autuações pela Polícia Rodoviária Federal no Estado do Rio.
Fonte: JB Online

Valério põe a culpa em Delúbio

O publicitário Marcos Valério, apontado no processo do Supremo Tribunal Federal como o financiador do mensalão, acusou ontem o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares como o responsável pelo pagamento da propina a políticos aliados. Ainda de acordo com Valério, era Delúbio que decidia quem deveria receber o dinheiro.
Marcos Valério prestou depoimento ontem à tarde em Belo Horizonte na ação penal do mensalão. Apontado como o operador do esquema, responde pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Valério prestou depoimento ao juiz Alexandre Buck Medrado Sampaio, da 4ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte.
Delúbio foi interrogado no último dia 23, em São Paulo. No depoimento, reafirmou que os empréstimos feitos pelas duas agências de propaganda de Valério pagaram dívidas de campanhas do PT.
Ontem, em BH, Valério admitiu que retirava empréstimos, em nome de sua agência, a SMP&B, e repassava para contas de políticos indicados por Delúbio. Ele disse ainda que pode provar a afirmação, já que o dinheiro só podia ser retirado com a apresentação do documento de identidade.
O processo do mensalão tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, determinou que os interrogatórios dos réus fossem feitos por juízes federais.
O início da instrução do processo do mensalão evidenciou, para o Ministério Público Federal, a articulação entre as defesas dos réus. A conclusão decorre do fato de advogados dos réus não estarem fazendo perguntas que possam prejudicar a defesa de outros acusados.
O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, por exemplo, tem feito perguntas a favor de todos os réus, avalia o MPF. (Com Folhapress)
Fonte: JB Online

TSE promete combate à corrupção eleitoral

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, fez ontem um "alerta" aos futuros candidatos às eleições municipais de 5 de outubro para que cumpram, ao pé da letra, as regras da campanha. Logo depois da sessão de abertura do Ano Judiciário, ele reafirmou que a Justiça eleitoral continuará atenta aos casos de corrupção nas eleições, na linha do que disse na sua posse, há dois anos.
- Disse que não haveria tergiversação, que estaria excluído do cenário o famoso drible à legislação de regência. E assim prosseguiremos neste ano.
Marco Aurélio citou um dos julgamentos ontem realizados como um exemplo da disposição da Justiça eleitoral. Os ministros do TSE negaram um pedido de liminar para manutenção no cargo do deputado estadual alagoano Antônio Holanda Costa Júnior (PTdoB), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral, por compra de votos.
Engenhosidade
O presidente do TSE, que passará o cargo ao ministro Ayres Britto em maio, mas continuará no TSE até março do próximo ano, fez ainda um apelo aos eleitores para que votem de maneira consciente, "já que são os responsáveis por seus representantes nos executivos e casas legislativas". Acrescentou que a obediência às regras é um "preço módico para se viver num estado democrático de direito".
Marco Aurélio voltou a dizer que o TSE vai dar prioridade ao julgamento dos 16 pedidos de decretação de perda de mandato eletivo com base na regra da fidelidade partidária.
- Vão ter prioridade porque nós preconizamos, na própria resolução, o encerramento desses processos em 60 dias. E o exemplo vem de cima, muito embora não pareça.
No julgamento mais importante da primeira sessão judiciária do ano, o plenário do tribunal confirmou decisão do ministro Ari Pargendler, e indeferiu a medida cautelar (com extinção do processo), interposta pelo deputado estadual Antônio Holanda Costa Júnior, que pretendia anular o julgamento do TRE de Alagoas que lhe cassou o mandato e determinou a posse imediata do segundo suplente.
O caso chamou a atenção dos ministros pela "engenhosidade" da fraude denunciada. De acordo com o Ministério Público, o então candidato prometia pagar R$ 50 para quem trouxesse um cartão magnético comprovando que havia votado nele. Os eleitores recebiam um cartão magnético e eram orientados a digitar na urna eletrônica os números do candidato e, depois disso, a passar a tarja preta sobre a urna, a fim de comprovarem os números digitados.
Fonte: JB Online

Presidente quer combate rígido à criminalidade

Luiz Orlando Carneiro BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que é tarefa "importantíssima" e "urgente" dos três Poderes a reforma do Código de Processo Penal, a começar pela aprovação do Projeto de Lei 4.208/01, em tramitação final no Congresso, e que vai permitir sejam logo sentenciados 40% dos réus presos no país, muitos dos quais poderiam ser condenados a penas alternativas.
Em discurso de 10 minutos, lido na solenidade de abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal, ao lado da presidente da Corte, ministra Ellen Gracie, e do presidente do Senado, Garibaldi Alves, Lula disse que o processo penal deve, de um lado, assegurar "tratamento rígido" no combate à criminalidade e, de outro, políticas públicas, com "boas normas e bons juristas". Ainda segundo ele, o Judiciário, "cada vez mais aberto e transparente, vem passando por uma revolução sem precedente".
O senador Garibaldi Alves, por sua vez, ressaltou, num pronunciamento de 15 minutos, que o STF "tem compreendido com precisão a necessidade de interpretar a Constituição, como seu guardião histórico e institucional". Numa referência indireta à chamada judicialização da política, o presidente do Senado acrescentou que essa ação do Supremo "não deve inibir uma profunda reflexão do Congresso Nacional e da sociedade, no caminho de um sistematização definitiva das questões institucionais pendentes".
A ministra Ellen Gracie, na abertura da sessão solene, à qual estiveram presentes o ministro da Justiça, Tarso Genro, e os presidentes dos demais tribunais superiores, sublinhou o fato de, há 200 anos, "termos estabelecido nossa autonomia judiciária antes mesmo da independência política". Segundo ela, o fato histórico "assinala, de forma muito significativa, a característica do Estado brasileiro, no qual um Poder Judiciário autônomo e eqüipotente em relação aos demais poderes assegura, na prática do sistema de freios e contrapesos, a concretização do estado de direito".
Abordado pelos repórteres, o ministro Gilmar Mendes, que vai assumir em abril a presidência do STF, elogiou o discurso do presidente Lula:
- Há um reclamo geral quanto à necessidade de reformulação do CPP, para atender às novas premissas de um julgamento seguro, mas também compatível com os novos padrões de celeridade destinados a evitar as costumeiras protelações, que levam à prescrição dos crimes.
O ministro Ayres Britto também considera que a atualização do direito penal brasileiro é "um reclamo imperioso da sociedade".
- O nosso Código é de 1941, e o sentimento de impunidade gera dois outros sentimentos deletérios: o primeiro é o da insegurança generalizada; o segundo é o de descrédito na própria justiça - concluiu
Fonte: JB Online

Mais um escândalo pede passagem

Seria um exagero comparar o novo escândalo de porte médio, que começa a seguir o roteiro clássico do modelo do maior governo de todos os tempos, com a coleção de escândalos do período inaugural do segundo mandato.
Mas também não é para deixar barato a operação, ainda sem nome de batismo, que pilhou dois ministros-secretários, o da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, e a da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Os dois foram pilhados pela Comissão de Ética Pública na investigação sobre o uso e principalmente sobre abusos com os cartões corporativos. Para quem não conhece os costumes governamentais, os cartões de crédito corporativos são um privilégio, que se justifica pela desculpa de que facilita a compra de material de urgência para o uso dos gabinetes, pagamento pela prestação de serviços, de diárias de servidores em viagens de serviço e demais miudagens.
É evidente que tal expediente, utilizado para agilizar a lenta e preguiçosa engrenagem oficial, reclama o escrupuloso acompanhamento de cada centavo sacado nas caixas eletrônicas dos bancos oficiais e com as contas prestadas em prazo de dias. Entre a teoria e a prática, hábitos e costumes esticam a distância para semanas, meses ou o dia de são nunca. Nos dois casos, as agravantes atropelam as desculpas.
A ministra Matilde Ribeiro, pelo visto, corre o mundo para fiscalizar os casos de desrespeito à igualdade racial, objeto do seu desvelo errante. Como ninguém é de ferro, nos minutos de folga a ministra distrai a estafa com algumas comprinhas no free shop, pagando a conta da mixaria de R$ 461,16 com o cartão corporativo. E a memória traiçoeira apagou o embrulho e a conta. No mesmo vácuo ficaram outros gastos: no ano passado, no total de R$ 171 mil com o aluguel de carro com motorista, restaurantes, hotéis e demais prazeres de quem sabe gozar a vida.
No caso do ministro da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolim - de quem não há registro de intimidade com uma linha para pescar lambaris - os R$ 21.600 pagos com o miraculoso cartão corporativo nas despesas do ano passado despertou a curiosidade da Comissão de Ética e a investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e mereceram da sua assessoria veementes explicações: "O ministro não quer ficar em hotel pé-de-chinelo, mas também não se hospeda em um 20 estrelas". Onde o assessor já viu um hotel de 20 estrelas?
A recomendação da Comissão de Ética do gabinete da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, foi enviada à CGU para investigar o uso e abuso do cartão corporativo dos dois ministros com amnésia domesticada.
Ora, é pouco provável que os casos de descuido na prestação de contas sejam limitados aos dois desatentos ministros-secretários. E, das duas uma: ou estamos diante de uma alvissareira novidade, que merece a badalação do esquema oficial de comunicação, ou é de absoluta urgência estender as investigações da CGU a todos os 37 ministérios e secretarias. Antes que eventuais irregularidades apodreçam e contaminem o governo, já escaldado com a série de escândalos que azucrinaram o presidente Lula com as CPIs, a denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernandes de Souza, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal contra os 40 envolvidos no escândalo do mensalão e que apontou o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu como "chefe de uma sofisticada organização criminosa". Da qual faziam parte o ex-presidente e o ex-tesoureiro do PT José Genoino e Delúbio Soares. Não foi o único da série que provocou várias CPIs, como a dos Correios, a da venda das ambulâncias, a do caixa 2 para o financiamento de campanhas.
O governo respira na trégua de meses com as crises políticas de rotina, como a da derrota no Senado da prorrogação da CPMF, o imposto do cheque. E, se necessita de uma sacudidela, talvez seja recomendável uma pesquisa nos jornais e revistas de março de 2006, que estampam o flagrante inesquecível da então deputada Ângela Guadagnin, da bancada petista de São Paulo, sambando e cantando no plenário da Câmara, na madrugada do dia 23, para comemorar a absolvição do deputado João Magno PT-MG), beneficiário confesso de R$ 420 mil do valerioduto. Ambos foram expulsos da Câmara pelo voto.
Mas o flagrante do rebolado da musa do mensalão é uma advertência que não deve ser esquecida.
PS - A ministra Matilde Ribeiro perdeu o cartão corporativo e ganhou um cartão vermelho. Foi expulsa de campo.
Fonte: JB Online

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Farra toma conta da Barra no 1o dia de Carnaval

Largada para a festa foi dada pela banda Asa de Águia, com o bloco Cocobambu, por volta das 18h de ontem


Cilene Brito
Antes mesmo da abertura oficial do Carnaval pelo prefeito João Henrique, a folia já tomava conta do Circuito Dodô(Barra/Ondina). A largada para a festa foi dada pela banda Asa de Águia, com o bloco Cocobambu, por volta das 18h. Sob o comando do cantor Durval Lelys, o trio arrastou uma multidão animada. O clima era de expectativa e de euforia pelo primeiro dia da festa.
O desfile seguiu com o bloco Trimix, com a banda Trem de Pouso, e grandes atrações como Ivete Sangalo, com o Cerveja & Cia, Margareth Menezes, no Os Mascarados, Banda Eva, com Nu Outro, e Psirico, no bloco Alô Inter. A noite foi encerrada com a banda Vixe Mainha , puxando o bloco Siri com Tódi. O início do desfile do circuito atrasou em uma hora, por conta do cancelamento das duas primeiras atrações previstas para desfilar antes do Cocobambu. Os engarrafamentos, nas principais ruas e avenidas no entorno do circuito, também causaram transtornos e muitos foliões chegaram atrasados para a saída dos blocos.
Os contratempos, no entanto, não pareciam deixar ninguém irritado. Tudo acabou em festa. Afinal, o Carnaval está apenas começando e ainda há muita coisa para rolar nos cinco dias de folia. Dentro ou fora das cordas, a alegria era contagiante. “Hoje é só festa até o dia amanhecer. Nada pode estragar esse primeiro dia de Carnaval”, disse a estudante Suzana Gomes, 22 anos, que não chegou a tempo de ver a saída do seu bloco e saiu correndo para alcançá-lo. O primeiro dia do Carnaval parecia mesmo deixar os foliões eufóricos.
Aos berros e pulos, o estudante carioca Márcio Amorim, 19 anos, comemorava o seu terceiro ano como folião do Cocobambu. “Isso aqui é o melhor lugar do mundo, meu rei!”, dizia, enquanto pulava abraçado com os amigos.
Na concentração dos blocos, no Farol da Barra, muita gente chegou cedo para acompanhar a saída dos trios. “Meu bloco é o oitavo, mas vim cedo para ver as outras atrações. É muito bom ficar aqui e ver essa movimentação. A energia é muito boa”, comentou a administradora de empresas, Suelem Monteiro, 31 anos. O mesmo fez a manicure Patrícia Santana, 34, que chegou no local por volta das 17h. “Não saio em nenhum bloco, mas gosto de ficar aqui. É o melhor lugar para ver os trios”, comentou.
Foliões relembravam os antigos hits da festa e colocavam em prática as coreografias que deverão fazer sucesso na folia deste ano. No meio da passarela, um grupo de amigas abriu uma roda para ensaiar alguns passos. “Dançar aqui no meio da rua é bem melhor do que qualquer outro lugar. No Carnaval, a gente pode fazer o que quiser. É o momento de se liberar”, garantiu a auxiliar de enfermagem Rita de Cássia dos Anjos, 28.
Em plena quinta-feira, a primeira noite de Carnaval tinha gosto de aquecimento. Muitos foliões foram para o circuito direto do trabalho. Foi o caso da recepcionista Ana Cláudia Santos, 24 anos. “Estava contando os minutos para acabar o meu expediente só para vir para cá. Para mim, esse é o melhor circuito do Carnaval”, comentou.
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Atrasos marcam a folia no centro
Ciro Brigham
O início dos desfiles na noite de ontem tinha tudo para fugir à regra, mas não conseguiu: a tradição do atraso, por enquanto, permanece intacta e inviolável como atração à parte do Carnaval soteropolitano. O Bloco da Capoeira, primeiro previsto para desfilar, perdeu o posto de “abre-alas” por causa de problemas com o trio elétrico Fênix, barrado pela inspeção e substituído às pressas. Mais de uma hora e meia depois do horário previsto (20h), a abertura ficou por conta do Bloco da Camisinha, puxado pela Tribahia com a cantora Carla Cristina, no trio Voyage.
Sem condições de sair para a avenida por problemas técnicos, o trio Fênix foi barrado na inspeção ao final de tarde. Às 20h40 o veterano Tonho Matéria, que este ano completa bodas de prata em carnavais, não escondia a decepção. “Já era para a gente estar saindo, estava tudo montado e pronto, mas tivemos que passar todo o equipamento para o trio Magia”, disse, enquanto fazia uma previsão nada otimista de sair dali a uma hora e meia.
A coordenação de pista decidiu e o Bloco da Camisinha – sem cordas – passou à frente e abriu os desfiles no Campo Grande com oito mil foliões e uma missão: pregar o uso da camisinha e o sexo seguro. “É o nosso 13º carnaval. Temos cientistas, artistas, intelectuais, prostitutas – todos pelo controle e prevenção das DSTs e Aids”, avisava o coordenador do bloco, Mittermayer Galvão, diretor da Fundação Oswaldo Cruz em Salvador.
Segundo a desfilar, o Bloco da Capoeira levou para a rua mais de cem grupos de capoeira embalados por 70 percussionistas vestidos de branco no chão e músicos de terreiro de candomblé no trio, misturando ritmos como samba-reggae, samba duro, salsa e merengue, tudo na regência de Bira Jackson – com sua cabeleira azul que ele chama de “Ogum de Prata”, feita no salão de Negra Jhô. Convidados de Tonho Matéria, Lucas de Fiori (Olodum), Guiguiu (Ilê Aiyê), Dado Brazaville (Ex-Ara ketu) e Paulinho Feijão (ex-Ilê) ajudaram a puxar a turma.
A noite de quinta-feira ainda reservou aos foliões atrações de peso, dentre elas, nomes do samba como Belo (Bloco das Baianas), Dudu Nobre, Arlindo Cruz e Diogo Nogueira (Alerta Geral), Exaltasamba(Pagode Total), Nelson Rufino (Amor e Paixão), Grupo Revelação e Fundo de Quintal (Proibido Proibir), além da eterna musa travesti Leo Kret, dançando com o Saiddy Bamba (Big Bloco do Gueto).
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Turistas invadem Pelourinho
Carmen Azevêdo
Ele começa devagar, devagar. São 16h, quinta-feira de Carnaval, e ainda nem sinal de folia no Circuito Batatinha. A não ser pela quantidade de pessoas que circulam pelo local – tem gente do mundo inteiro. As mais de 40 trançadeiras do Terreiro de Jesus comemoram, ambulantes também. Os turbantes dos Filhos de Gandhy estão sendo artesanalmente elaborados, até que a primeira bandinha passa. As marchinhas de antigamente são entoadas uma após outra. No estilo Varre, varre vassourinha, começa o Carnaval no Pelourinho.
Aumenta aos poucos o número de pessoas que circulam pelas praças Municipal, da Sé, Terreiro de Jesus, além da Rua das Laranjeiras, Gregório de Mattos, entre tantas outras. O público: turistas dos quatro cantos do mundo e baianos de alma tranqüila. Segundo a Polícia Militar, no ano passado, foram registradas apenas sete ocorrências em seis dias de folia. Dessas, uma era de prestação de socorro. Mesmo assim, 2.512 policiais fazem a segurança do Centro Histórico até a terça-feira. O pico será o domingo, quando 429 deles estarão de plantão – número superior à média dos 350 diários.
Entre os freqüentadores assíduos, famílias, crianças, “gringos” de pele bem alva. Uma delas, a inglesa Ali Pretty, que não revela a idade, diz que é simplesmente “brilhante” a atuação dos Filhos de Gandhy – 15 deles que desfilam seguindo o cortejo que encerra o 4º Encontro Internacional de Capoeira – Gingamundo, evento que reuniu capoeiristas do mundo inteiro. A designer diz que já veio aqui em 2002 e desde então não desprezou o desejo do retorno.
Mesmo para quem não é daqui, as novidades se encadeiam. A baiana Sueli de Oliveira, 49 anos, diz que a cada ano se surpreende com as bandinhas. Ela acompanha o grupo da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), que puxa cerca de 300 pessoas pelas ruas do Centro. Cada uma pagou R$10 pela camisa. “Só o pessoal da limpeza da Sefaz não pagou”, diz Janete Lima, a assessora do secretário e organizadora do evento.
A bandinha parte às 15h da entrada do órgão, próximo à Rua Carlos Gomes, percorre as ruas do Centro Histórico, sobe e desce ladeiras. Os foliões se divertem, a ação do álcool ajuda. “Tem que ser cervejinha bem gelada”, diz um dos seguidores que prefere não se estender na entrevista.
O intenso consumo alcoólico carnavalesco contribui para o “astral” dos ambulantes. Após fazer um “projeto piloto” no ano passado, André de Santana, 23 anos, levou R$300 em mercadorias para serem vendidas este ano, incluindo cervejas, refrigerantes e água mineral. “O que mais vende aqui é cerveja. Tenho que vender tudo até o final do carnaval”, estabelece.
As trançadeiras, por sua vez, consideram o primeiro dia ainda fraco para os negócios. “Só fiz cinco tranças hoje”, reclama Ana Moçambique, 40 anos. Ela diz que em “dia bom”, faz pelo menos umas dez. Coloca a culpa na concorrência. “Carnaval aqui é muito bom, tem muito paulista, carioca. Só que enche de trançadeira que nunca andou por aqui”.
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PROGRAMAÇÃO de hoje - Circuito dodô (barra-ondina)
A partir das 10h
Bloco AtraçãoHappy Bafafá e Tio PaulinhoBaby-Tribala TribahiaNana Banana Chiclete com BananaTimbalada TimbaladaCocobambu Banda EvaAcadêmicas D+ A ZorraAlô Inter Negra CorCerveja & Cia. Ivete SangaloFissura Voa DoisEu Vou Babado NovoTrio Expresso 2222 Gilberto Gil, Lulu Santos e Jorge Ben JorA Barca Chica FéYes Bahia Clube DJ TiëstoNú Outro RapazollaTrimix NetinhoFrenesi/Carcará.biz Double You e Simone SampaioMulekera/Requebra Alexandre PeixeUniversitário MotumbáTraz a Massa SaidybambaNadando em Águas -Siri com Todi Ara KetuMicrotrio -
Fonte: Correio da Bahia

O desconhecido Andreazza (1)

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Prefácio do jornalista Carlos Chagas para o livro sobre o ministro Mário David Andreazza, elaborado e editado pela família. Sem ser engenheiro, por haver optado pela Escola Militar das Agulhas Negras, mesmo depois de aprovado no vestibular para a Faculdade de Engenharia do Rio de Janeiro, Mário David Andreazza inscreve-se na relação dos maiores realizadores de obras públicas que o Brasil já teve, em toda a nossa História.
Importa pouco, neste prefácio, falar da ação do ministro dos Transportes e, depois, do ministro do Interior, nos anos em que o País mais se desenvolveu materialmente. Nos capítulos seguintes, o leitor encontrará provas e evidências das centenas de realizações responsáveis pela nossa inclusão no rol das nações que romperam o desenvolvimento atormentado da primeira metade do século XX para chegar à afirmação real de nossas potencialidades.
Da multiplicação da malha rodoviária que chegou ao asfaltamento da Belém-Brasília à implantação da Transamazônica, da Cuiabá-Santarém aos milhares de quilômetros retirados das pranchetas para o solo fértil do Sul e do Sudeste, essas foram apenas uma parcela do espírito criador do ministro. Reúnem-se à ponte Rio-Niterói e à recuperação das ferrovias desmanteladas nos anos anteriores à sua gestão.
Completam a mutação verificada nos portos e a solidificação da indústria naval, com a batalha naqueles idos vencida contra a exploração do transporte marítimo pelos abomináveis navios de terceira bandeira, que estrangulavam nossa economia. As hidrovias romperam território adentro através de um sadio nacionalismo gerado nos tempos em que, como instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, depois da Escola Superior de Guerra, comprovou na prática a teoria do apoio do Brasil nas próprias forças, antes que o deletério neoliberalismo nos envolvesse, como ainda hoje acontece.
Andreazza era nacionalista de verdade, sem necessidade de ser radical, mas é hora de nos afastarmos de um reconhecimento óbvio de sua capacidade administrativa e gerencial para mergulharmos no ser humano, razão destas linhas.
Ao contrário das primeiras impressões determinadas por seu otimismo e sua capacidade de gestor de obras, é preciso abrir espaço para alguém atormentado. Sua imagem de realizador conviveu, no íntimo, com a desconfiança permanente de chegar a bom termo em cada uma de suas iniciativas.
Transmitia aos auxiliares aquela característica dos grandes comandantes, mas, na intimidade, duvidava. Junto aos amigos mais chegados, buscava apoio, na véspera, para os passos a serem dados no dia seguinte. Apesar da certeza de estar no caminho correto, sofria diante das incompreensões previstas frente às barreiras que romperia com consciência.
Nenhum documento exprime com mais densidade esse sofrimento permanente, assim como sua determinação inflexível de seguir adiante, do que a carta reservada enviada ao secretário-geral do Ministério dos Transportes, logo depois de empossados os dois. Desconhece-se, até hoje, a reação do fidelíssimo coronel Rodrigo Ajace, diante de parágrafos como:
"(...) Administração é sobretudo coragem. Coragem de arriscar calculadamente e ficar indiferente aos medíocres enfurecidos que não perdoam o sucesso de ninguém. Até de ladrão seremos chamados."
E depois: "Sofreremos muitas restrições, em particular de nossos colegas, e mais ainda dos generais que verão sempre em nós os meninos que há pouco se perfilavam e faziam continência. Poderão se transformar nos nossos maiores adversários. (...) Para começar, temos que passar por malucos. (...) Engolir sapos e trabalhar. Terminaremos nos impondo. Temos capacidade e imaginação. Lutaremos contra a vaidade. Sei que é difícil, mas venceremos a tentação, pois a vaidade gera ódio e sentimentos mesquinhos."
Tudo isso foi escrito como preâmbulo para anunciar as primeiras metas: "A duplicação da Via Dutra, os estudos de viabilização da ponte Rio-Niterói, a navegação em decadência, a vergonha da Rede Ferroviária, o sistema portuário em decadência, o déficit cada vez maior na questão dos fretes marítimos, a desmoralização do DNER"...
Havia um universo a construir mas o perfil começava a ser desenhado a partir das dificuldades a enfrentar. E elas surgiram nas primeiras semanas de sua atuação. Companheiros de farda, em especial generais, mas montes de coronéis, seus colegas, viram-se tomados por aquele sentimento por ele detectado anteriormente, da inveja. Porque alguém como eles, ou até, hierarquicamente inferior, ousava investir contra imutáveis moinhos de vento, sem prestar atenção a estrelas e continências?
Juntaram-se os contrários, desde os primeiros meses. Os adversários do governo Costa e Silva, sem coragem para atingir o velho marechal, fizeram de Andreazza o alvo imediato. Exatamente como ele previra na carta ao coronel Ajace. Carlos Lacerda abriu a fila, sugerindo, mas sem afirmar, que aquele conjunto de iniciativas anunciadas por Andreazza encobria a corrupção. No fundo, elas contrariavam interesses internos e externos, estes das multinacionais, às quais muita gente do governo Castello Branco servia.
Se é verdade que o MDB do dr. Ulysses negou-se a integrar a corrente de desmoralização do Ministério dos Transportes, no reverso da medalha partiram de civis e militares ressentidos com os rumos do movimento de 1964 os primeiros petardos contra o próprio movimento que integraram. Veio desses ultrapassados, entre eles os generais Golbery do Couto e Silva e Ernesto Geisel, sem perder de vista o ex-ministro Roberto Campos, então no ostracismo, a catarata de meias suposições e incompletas ilações destinadas, menos do que atingir Costa e Silva e Andreazza, a interromper o fluxo de uma política nacionalista e contrária aos interesses externos que a retomada do desenvolvimento brasileiro obstruiria. Com a óbvia colaboração da parte mais forte da mídia, que até hoje o invencível Helio Fernandes chama de "amiga e amestrável".
Mesmo assim, com o apoio de Costa e Silva, resultados começaram a aparecer. Como a amargura encoberta de Andreazza tornava-se visível apenas para seus amigos mais chegados. Houve um momento em que a aliança entre ressentidos e interesseiros chegou a limites extremos, em veladas acusações até sobre a honestidade do ministro.
Ninguém assumia mas muitos se aproveitavam para denegri-lo, a ponto dele ter procurado o então chefe do SNI, general Garrastazu Médici, pedindo-lhe para indicar um oficial de informações capaz de ocupar a chefia de seu gabinete. O indicado foi o coronel Rocha Maia, de toda confiança, que nunca mais deixou Andreazza, aval de sua honestidade junto à comunidade de informações.
Havia, é claro, mil obstáculos laterais a enfrentar. Um deles, o da repressão, mesmo nos tempos em que Costa e Silva procurava neutralizar os seus radicais. Andreazza sofria ao saber que abusos começavam a acontecer com mais intensidade, bem antes da decretação do AI-5. Aconteciam também por provocação da esquerda furibunda, aquela que trocava as passeatas por assaltos a bancos e ações violentas.
Um querido amigo, jornalista de qualidades profundas, Washington Novaes, foi de repente preso, acusado de perigoso agente marxista. Busquei o auxílio de Andreazza, que por sua vez descobriu estar o companheiro nas masmorras da Polícia Federal, no Rio. Desgastou-se o ministro, ao se responsabilizar pela liberdade de Washington, mas, dias depois, disse-me, desabafando: "O clima esquenta cada vez mais. Se pegarem você, meu amigo de fé, creio que não poderei fazer nada..." (continua)
Fonte: Tribuna da Imprensa

A insegurança de Beltrame

Por: Helio Fernandes

Levou à rebeldia dos coronéis da Polícia Militar
Tenho que reconhecer: Sérgio Cabral está na mais completa tranqüilidade. Apesar de ter desmentido os fatos duas vezes na quarta-feira, como mostrei ontem (no RJ-TV de meio-dia e depois na Globo News de 3 da tarde), estava rigorosamente à vontade. Com o mesmo sorriso de sempre, conversando como se a crise não estivesse aumentando.
E essa crise já repercutia, ultrapassava o Rio, batia no Planalto-Alvorada. O presidente Lula, mostrando que é amigo dele, ligou diretamente para o governador, sem usar secretária. Perguntou: "Sérgio, precisa de ajuda? Estou à tua disposição". Sérgio não teve um momento de hesitação, respondeu: "Obrigado, presidente, não preciso de nada, posso resolver". Isso na quarta-feira.
Os jornais de televisão da noite (na verdade só existe o Jornal Nacional, essa é uma deturpação jornalística do Brasil) não deram muito destaque, pareciam confirmar o que o governador dissera ao presidente da República.
Mas ontem, quinta-feira, os jornais trataram da questão em manchetes, na verdade obrigatórias. O Globo: "Coronéis mantêm desafio com renúncia coletiva na PM". E fechavam essa Primeira, registrando um fato que repercutiu geral por ser inédito: "Novo comandante toma posse a portas fechadas e longe da tropa". O fato era realmente estranho, por dois motivos.
1 - Todo comandante militar, na posse, gosta de "sentir" se os novos comandados estão satisfeitos com a nomeação ou não gostaram dela.
2 - O coronel Pitta, que assumia, até à véspera era tido e havido como rebelde, o que não é desabonador. E até participou da passeata que tanta confusão provocou. Também não se pode reprovar que aceitasse o cargo. Assim, com trânsito nos dois lados, pode conciliar. O que não parece o caso.
Esta Tribuna também não podia ficar longe dos acontecimentos e das manchetes. Saiu assim: "Crise se agrava, oficiais da PM se rebelam". E ao contrário da afirmação do governador na véspera e que a Globo News repetiu maldosamente às 9 da manhã de ontem, sem consultá-lo: "São apenas 6 ou 7 oficiais que não trazem nenhum problema". Mas a Tribuna dá um manifesto assinado por 47 coronéis e tenentes-coronéis.
E finalmente, a Folha, cada vez mais regionalizada e voltada para São Paulo, teve que se render à importância do Rio. Manchete espalhafatosa: "Coronéis da PM afrontam governo do Rio". Não está correta, a "afronta" era contra o secretário de Segurança, numa cidade (e num estado) dominada pela insegurança. E na verdade, tudo começou pela insegurança.
Quando um coronel importante teve a coragem de dizer "que os baixos salários provocam a corrupção", foi logo demitido. A passeata, discreta e sem armas, foi conseqüência normal. A conseqüência anormal: a demissão de todos pelo secretário Beltrame, revelando uma "segurança" que não implanta nas ruas. Nas ruas o que existe é morte, direta ou por bala perdida.
Lá dentro, a Folha vem com nova manchete (igual à desta Tribuna) e ainda publica um artigo de Marcelo Beraba (ex-ombudsman), que coloca tudo no título: "Crise é a maior da gestão Cabral, mas não a única". Nota 10 pelo título e pela síntese.
PS - Apesar do telefonema, Lula não vem mais ao Rio assistir ao desfile das escolas. Preferiu ir para o Guarujá. Lógico, Lula não quis ser testemunha ou alvo de manifestação.
PS 2 - Milhões de pessoas querendo se divertir, o governador garantindo carnaval tranqüilo, o secretário Beltrame acumulando ressentimentos. É a República.
Paulo Ramos
Coronel da Polícia Militar, deixou a farda, fez carreira política. É um defensor dos militares, tem participado de tudo.
A corrupção não tem nacionalidade, ninguém pode explicar onde nasceu, como viveu e como morreu, se algum dia isso acontecer. Mas toda corrupção tem líderes e grandes nomes, que vão se multiplicando. Fora do mundo financeiro (embora só viva por dinheiro), o maior corrupto do mundo é Berlusconi. No primeiro processo, que prescrevia em 12 anos, só foi julgado quando esses 12 anos se completaram, "o juiz lamentou".
Como primeiro-ministro, controlando todas as televisões, as dele e as estatais, legislou em causa própria.
Anteontem foi absolvido de um crime grave. A corte decidiu que isso não era mais crime, por causa de uma lei feita pelo próprio corrupto Berlusconi. Assim caminha a humanidade.
É impressionante e inexplicável como um jornal importante e rico como "O Globo" deixa um homem como Eduardo Cunha (lobista e chamado de ladrão por César Maia) "plantar" notícias nas suas colunas. É quase todo dia e nas mais diversas.
Ontem, a coluna "Panorama Político", página 2, diz: "Sérgio Cabral, depois de emplacar Temporão, deve colocar Flavio Decatt na presidência da Eletrobrás". Flavio, ex-presidente da Eletronuclear, é indicação de Eduardo Cunha e não de Sérgio Cabral.
Quase todos no PMDB (e até no PT-PT) têm pânico de Eduardo Cunha. E ele foi beneficiado pelo fato da Câmara não ter aceito Evandro Coura, ex-executivo do grupo Rede.
Dona Dilma luta para manter na Eletrobrás Walter Cardeal, competente. Eduardo Cunha entrou em cena para iludir o presidente Lula e fingir que a indicação é do governador. Que República.
O presidente Bush, pela primeira vez, disse que em determinado momento bebeu muito. Como está no fim do mandato e não pode ser mais nada, explicou: "Confesso que bebi". Se ele tivesse lido alguma coisa, diria que copiou Neruda, nas Memórias: "Confesso que vivi".
As divergências entre Lula e Dona Marina ameaçam cada vez mais o destino de Sibá Machado, suplente dela no Senado há 5 anos. Já desistiram até de fazê-lo líder do PT-PT.
Mas do Planalto-Alvorada dizem com segurança: "Lula pode demitir qualquer ministro mas não demite a ministra Marina". Faz sentido.
De qualquer maneira Dona Marina está em posição difícil. Crucifica agropecuaristas e plantadores e exportadores de soja, mas deixa os madeireiros inteiramente sem culpa. O que é surpreendente e até mesmo inacreditável.
Se alguém tem culpa, em primeiro lugar estão os madeireiros. Aliás, ontem, aqui mesmo, Carlos Chagas esgotou o assunto num artigo magistral. Mostrou quem é quem na derrubada.
E o próprio Lula deu uma volta de 360 graus. Tendo agido imediatamente quando se soube da extensão do desmatamento, agora disse que fizeram estardalhaço desnecessário.
Então as medidas importantes nos 36 municípios dos derrubadores ávidos de abrir clareiras na floresta não valem mais?
Não é possível, o presidente considera que a Amazônia está "com um tumor insignificante, dizem que é câncer".
Duda Mendonça não ganha nenhuma conta de publicidade do governo federal. Ou de estatais. Era "dono" de tudo, até ele mesmo começar a se confundir. E a dizer "menas" verdades.
Ganhou fortunas, o "dudismendoncismo" era a ideologia e a filosofia do governo. Depois de tudo isso, tinha que ser afastado.
O PFL, quer dizer, DEM, não tem nome para coisa alguma, governador ou presidente em 2010. Então, faz uma força enorme para prestigiar a senadora Katia Abreu. Poderia ser uma opção imaginária para vice.
Quase bonita, inesperadamente viúva, agropecuarista e criadora de gado, é insensivelmente conservadora e mais do que isso: reacionaríssima, fantasiada de liberal. Além de todos esses inconvenientes, o óbvio: foi "elogiada por César Maia". Ha! Ha! Ha!
Serra, Alckmin, Kassab, PSDB, PFL, perdão, DEM e até PT-PT estão fartos de saber que o candidato a prefeito de SP (e eleitíssimo) será Geraldo Alckmin. Estão apenas negociando.
Dona Marta Suplicy pede a Deus para não ser obrigada a disputar. A coisa mais natural do mundo é que em vez de perder para prefeito, agora, perca para presidente em 2010.
É a vontade mais natural do mundo. Mas como o quadro "político partidário" do PT-PT caiu muito, Dona Marta pode ser obrigada a disputar.
Embora queira empurrar como candidato a prefeito Arlindo Chinaglia. Que não quer outra coisa. Não ganha mas melhora para deputado.
Quanto a 2010, Dona Marta não tem a menor chance, apesar do PT-PT não ter nenhum nome "5 estrelas".
O único nome do PT-PT já está comprometido com ele mesmo. Podem dizer que não quer, mas pode querer.
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Respondendo a uma carta de Vicente Limongi, João Havelange faz os maiores elogios que José Sarney já recebeu, pelo menos depois que deixou a presidência da República.
Textual: "Limongi, não sou político, mas não posso deixar de expressar meu pensamento e sentimento a respeito do amigo Sarney".
XXX
Renato Gaúcho tem dito a amigos que mais duas goleadas como a de anteontem e estará recusando propostas do Real Madri, Milan e Manchester. Verdade. Aliás os "4 grandes" estão se iludindo com "goleadas". O Botafogo venceu o inexistente Mesquita por 6 a 2.
Vejamos. No primeiro tempo, fez 4 gols entre os 16 e os 33 minutos. No segundo, perdia de 2 a 1, o Mesquita com 10. Aos 47 fez outro gol, o jogo acabou. A análise vale para todos eles. Amanhã, sábado de carnaval, Botafogo-Vasco começam a "rasgar a fantasia", se enfrentam no Maracanã.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Ministra gastou R$ 175 mil só em aluguel de carros

BRASÍLIA - A ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, gastou R$ 175.428,55 em aluguéis de veículos usando o cartão de crédito corporativo do governo federal. Os gastos foram feitos no período de agosto de 2006, quando a ministra passou a ter o direito de utilizar esse instrumento para despesas, e vão até dezembro de 2007, embora os pagamentos finais sejam registrados pelo Portal da Transparência do governo já em janeiro de 2008.
Essas despesas equivalem a uma média mensal de gastos pela ministra de R$ 9.746,03 em aluguéis de carro. Na quase totalidade dos casos, Matilde utilizou veículos da empresa Localiza (R$ 173.735,40). Ao todo, a ministra gastou R$ 43.883,50 em 2006 com esse tipo de despesa. No ano passado, foram R$ 120.281,25. Em 2008, embora os custos tenham sido relativos ainda a 2007, gastou R$ 11.623,71.
Matilde Ribeiro foi a única ministra que utilizou o cartão corporativo do governo para pagar gastos sistemáticos de aluguel de carros. O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, tem algumas pequenas despesas desse tipo, mas em valor muito inferior aos de Matilde. Além disso, os valores dos carros utilizados pela ministra foram mais elevados ainda pela contratação adicional de motorista para conduzir o veículo.
Em entrevista coletiva ontem para explicar as mudanças de regras nos cartões, os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, reconheceram que não há problema com o uso eventual do cartão para o aluguel de carros.
Sem citar diretamente Matilde Ribeiro, entenderam que não pode ser feita uma despesa sistemática e constante com esse tipo de gasto. As despesas do cartão de Matilde foram as mais elevadas entre todos os ministros que têm o direito de usar esse instrumento para pagamento de gastos em serviço.
No ano passado, a conta dela com o cartão do governo chegou a um total de R$ 171,5 mil, o que dá uma média mensal de R$ 14,3 mil. Essa média é superior, inclusive, ao salário que Matilde recebe todos os meses para comandar o Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de R$ 10,7 mil.
A assessoria da ministra informa que, no ano passado, houve necessidade de intensificar a relação com os novos governos estaduais e rediscutir políticas de promoção da igualdade racial. Por isso, ela viajou mais. Também diz que todas as suas despesas de viagem são integralmente feitas no cartão e que, por não ter estrutura nos estados, como escritórios, carros oficiais e motoristas, os gastos com deslocamentos se elevam.
Desempenho satisfatório
A secretaria usa os serviços da mesma locadora por ter "desempenho satisfatório pelo constante atendimento a autoridades, ofertando equipe qualificada em segurança e amplitude dos serviços em todo o território nacional", mas não há contrato permanente com a empresa.
Para os partidos de oposição, a situação de Matilde se tornou insustentável dentro do governo, principalmente pelas despesas exageradas com o aluguel de carros e por uma compra feita numa loja free shop. "Se existe uma despesa constante com um serviço, tem de ser feita uma licitação ou uma tomada de preços para prestar esse serviço. É o que ela deveria ter feito com o uso dos carros pelo bem do dinheiro público. Não vejo condições de ela continuar trabalhando no governo", avalia o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).
O parlamentar da oposição entende que o uso dos cartões precisa ser investigado com maior detalhamento. Ele afirmou que apóia a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar abusos na utilização dos cartões corporativos do governo, que está sendo defendida pelo deputado tucano Carlos Sampaio (SP).
"O DEM vai apoiar essa proposta. Até porque achamos que essa investigação já deveria ter sido feita há muito tempo. Se isso tivesse ocorrido antes, o governo não estaria passando pelo desconforto de explicar gastos inexplicáveis com o dinheiro público", afirma Maia.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Lula espera pedido de demissão de Matilde

BRASÍLIA - A situação da ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro - suspeita de uso irregular do cartão de crédito corporativo da Presidência da República -, é insustentável, segundo dois ministros ouvidos quarta-feira. Eles disseram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aguarda o pedido de demissão da ministra. A demora de Matilde em dar explicações sobre os gasto é considerada um agravante.
Questionado sobre a situação de Matilde, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou que "todos estão torcendo por explicações" da ministra. Múcio afirmou que é cedo para fazer julgamentos e disse não ter conhecimento detalhado do que aconteceu.
"Ela vai se explicar. Sei que cabem explicações. Ruim é o que não se explica. Desde que a ministra explique, não há problema. "Acho que todos estão torcendo por explicações". Apesar do desgaste e da pressão por sua saída, Matilde despachou durante todo o dia na secretaria.
Segundo a assessoria de imprensa, a ministra cumprirá agenda normal hoje, também com despachos internos. Múcio argumentou que alguns ministros não usam ou podem não saber utilizar os cartões. Ele reiterou que o anúncio das novas regras, divulgadas ontem, teve o objetivo de esclarecer dúvidas no uso dos cartões corporativos.
Para o ministro, a divulgação das regras vai permitir que "essa discussão saia de pauta". Ele acrescentou que é preciso "combater qualquer mau uso dos cartões". Múcio disse que encontrou no Ministério de Relações Institucionais um cartão corporativo sem uso e que o manterá assim.
CPI
O ministro disse não temer a criação a CPI dos Cartões Corporativos, pedida pelo deputado tucano Carlos Sampaio (SP), embora não veja motivos para a investigação no Congresso. "Evidentemente, os que desejam luzes podem aproveitar qualquer crise para pedir a instalação de uma CPI. Mas desde que se explique os gastos, como estão sendo apresentadas as explicações, não há motivos para uma CPI", comentou.
Múcio disse que não tratou das suspeitas de uso irregular dos cartões com o presidente Lula, mas garantiu que o assunto "está na mesa do presidente". Múcio cobrou da oposição o objeto concreto da investigação. "O governo não foge de CPI, mas não estou imaginando que haja matéria para uma CPI: é o uso do cartão ou é para teatralização que, às vezes, ocorre em algumas CPIs? Se for só para fazer política, acho que não chegaremos a isso", afirmou.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Governo limita uso de cartões corporativos

BRASÍLIA - O governo anunciou ontem a adoção de três medidas para moralizar o uso de cartão corporativo: os saques em espécie vão ser restringidos, o aluguel de carro com cartão será proibido e os ministros não poderão mais viajar e fazer despesas com as chamadas contas tipo B, isto é, contratar os serviços, pagar em dinheiro ou cheque e, depois, apresentar as notas fiscais para serem ressarcidos.
Os gastos já feitos desse jeito (conta B) têm de ser liquidados no prazo de 60 dias, e, a partir daí, todos os ministros são obrigados a usar o cartão corporativo para pagamento de despesas. O aluguel de carro só pode ser feito com cartão em casos excepcionais.
Mas, ao acabar com as chamadas contas B e obrigar todos os ministros a usar o cartão corporativo, o governo avaliou que, como meio de pagamento, o cartão é mais seguro e permite um controle maior, porque registra dia e hora da despesa, centraliza pagamentos, produz um comprovante mesmo que o usuário esqueça de pegar uma nota e evita mexer com dinheiro vivo.
Com a mudança, o volume de dinheiro movimentado com os cartões de pagamento da União - hoje na casa dos R$ 78 milhões - vai ser incrementado em cerca de R$ 99 milhões, totalizando aproximadamente R$ 177, 5 milhões (valor gasto em 2007 por todos os órgãos do governo para pequenas despesas).
As medidas, anunciadas ontem pelos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União), será oficializada hoje, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto alterando a sistemática de uso dos cartões.
Além de incrementar o uso de cartão, a União vai limitar em 30% os saques em espécie, que vinham crescendo de maneira acelerada desde 2002. No ano passado, dos R$ 78 milhões gastos com os cartões de pagamento do governo federal, apenas R$ 19 milhões foram por meio de fatura e R$ 58 milhões ocorreram através de saques na boca do caixa.
O limite dos cartões varia de acordo com cada órgão. Em média, para a concessão de compras e serviços gerais, o limite é de R$ 8 mil por concessão, podendo ser renovado dentro do mesmo mês desde que haja comprovação das despesas.
Para despesas de pequeno vulto relacionadas a obras e serviços de engenharia, o limite é de R$ 15 mil. Segundo Bernardo, os saques serão permitidos para pagamento de despesas cobertas pelo cartão apenas em casos eventuais e mediante autorização prévia do governo.
O saques, nestes casos, também só poderão vir a ser feitos por órgãos que têm peculiaridades (órgãos essenciais da Presidência, vice-Presidência, Polícia Federal, ministérios da Saúde e Fazenda, além de repartições do Ministério das Relações Exteriores fora do País).
Para as missões com chamadas despesas de caráter sigiloso também poderá ser fornecida autorização para saques, de acordo com o ministro do Planejamento. No decreto a ser assinado hoje, também ficará excluída a possibilidade do uso do cartão para o pagamento de emissão de bilhetes de passagens e diárias de servidores.
Matilde
Atualmente, segundo Hage, o governo tem cerca de 13 mil cartões corporativos e apenas seis ministros os utilizaram para pagamentos de despesas. "Eles não cometeram nenhuma irregularidade, pois o uso é permitido", afirmou o ministro-chefe da CGU.
Segundo Hage, utilizaram os cartões corporativos até aqui os ministros Matilde Ribeiro (Promoção da Igualdade Racial), Altemir Gregolin (Pesca), Orlando Silva (Esporte), Reinhold Stephanes (Agricultura), Marina Silva (Meio Ambiente) e Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário).
Em relação às despesas efetuadas por meio do cartão por Matilde Ribeiro, tanto Hage quanto Paulo Bernardo reconheceram irregularidade. "Acendem luzes quando há repetição de despesas", afirmou Hage. A ministra é recordista nas despesas com o cartão - R$ 182,12 mil em 2007, e em suas prestações de contas foram registrados sucessivos aluguéis de carros.
"Para eventual aluguel de carro, pode ser utilizado o cartão. Agora, para uso contínuo é necessária a realização de licitação", frisou Hage. Segundo ele, o uso de cartões de forma irregular ainda está sendo investigado e a apuração foi solicitada tanto pela própria ministra Matilde quanto por Gregolin, após eles terem sido alvos de reportagens na imprensa.
Ontem, no anúncio das novas medidas, os ministros procuraram salientar que a adoção do cartão visa a dar maior transparência e controle aos gastos do governo.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Lei seca nas estradas já está em vigor

Proibição da venda de bebidas está valendo e governo anuncia punições mais rigorosas no trânsito
BRASÍLIA - O governo publicou ontem, no "Diário Oficial" da União, decreto que regulamenta a Medida Provisória que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas nas rodovias federais a partir de hoje. O decreto confirma que a violação da determinação implicará em multa de R$ 1,5 mil e, em caso de reincidência, o valor da multa será em dobro e a autorização de instalação do estabelecimento, suspensa.
O decreto é assinado por seis ministros, além do presidente da República: Tarso Genro, da Justiça; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Fernando Haddad, da Educação; José Gomes Temporão, da Saúde; Rodrigo Figueiredo (interino de Cidades) e Jorge Armando Felix, do Gabinete de Segurança Institucional.
À tarde o ministro da Justiça, Tarso Genro, anunciou em entrevista coletiva que o rigor aplicado no combate ao uso de álcool por motoristas será duplicado, e o condutor será multado e processado penalmente sem necessidade de comprovação de que tenha causado prejuízos a terceiros; o motorista flagrado participando de "rachas" pagará multa cinco vezes superior à atual, perderá o direito de dirigir, seu automóvel será apreendido e ele será processado.
No caso de uso de álcool pelo motorista, a regra atual tolera 6 decigramas por litro de sangue no organismo, mas, a partir de agora, o critério passará a ser de 3 decigramas para o condutor ser acusado de prática de crime.
Outras punições mais severas do que as atuais para motoristas que cometerem infrações ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) também foram anunciadas. Em alguns casos, as multas a serem aplicadas terão valores até cinco vezes superiores aos atuais; em outros, a infração passa a ser considerada crime, e o infrator será submetido a processo de acordo com o Código Penal.
A primeira modificação anunciada pelo ministro se refere à aplicação de multas por excesso de velocidade. Não valerá mais o critério atual, que define a gravidade da infração levando em conta o percentual de velocidade superior à máxima permitida; o novo critério levará em conta a quantos quilômetros por hora a mais do que os permitidos o motorista estiver conduzindo o veículo.
A partir de agora, quando a velocidade é superior à máxima permitida de 20 quilômetros por hora, a infração é considerada grave. Se o carro estiver de 21 a 30 quilômetros por hora a mais do que a máxima permitida, a infração é gravíssima; a mesma definição será aplicada quando o motorista correr de 31 a 50 quilômetros por hora a mais do que a velocidade máxima a multa será três vezes superior; se o carro estiver 50 quilômetros horários a mais do que a máxima, além de ser infração gravíssima, com multa de valor cinco vezes maior, haverá suspensão da carteira de habilitação. E se essa última infração for cometida duas vezes, o motorista será processado penalmente. Se condenado, terá que prestar serviços à comunidade.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Marina reforça que culpa pelo desmatamento é da pecuária

Ministra do Meio Ambiente quer "os rigores da lei" para quem desmata a Amazônia criminalmente
BRASÍLIA - Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que "não dá para culpar ninguém" pelo desmatamento na Amazônia, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a apontar responsáveis pela devastação. "Se faz o desmatamento predatório, tirando de forma irresponsável árvores nobres. Não é plano de manejo. Aquilo é rapina. Depois se ateia fogo de forma criminosa e joga capim. 70% da ocupação dessas terras que são degradadas é feita pela atividade da pecuária", afirmou a ministra em entrevista, ao comentar o sobrevôo que fez em áreas devastadas de Mato Grosso.
"Existem pessoas sérias e aqueles que estão destruindo a Amazônia. Para os sérios, vamos fazer o devido reconhecimento. Para os criminosos, o rigor da lei", completou Marina.
Na quarta-feira, o presidente Lula criticou organizações não-governamentais por culparem a agropecuária e produtores de soja pelo desmatamento e disse que houve "alarde" na divulgação dos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Lula disse que os dados estão "sob investigação". Reportagem publicada no domingo pela inprensa mostrou que números de desmatamento divulgados pelo Inpe em outubro, apontando aumento de 8% na taxa de derrubada da floresta entre junho e setembro de 2007 em comparação ao mesmo período de 2006, estavam errados. O instituto informou que eles foram corrigidos para a divulgação da semana passada, quando o governo apontou tendência de aumento do desmate.
Sobre o episódio da divergência dos números, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, minimizou as análises de que a ministra Marina Silva saiu com sua posição enfraquecida. "Ela é muito forte. É uma referência na área". O nome de Marina, segundo Múcio, "é bom para o governo e para o País". O ministro disse que Lula "reclamou da divergência", mas aposta no esclarecimento dos dados.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Estudo sugere que portador de HIV faça sexo sem camisinha

GENEBRA (Suíça) - Especialistas suíços em Aids disseram ontem que algumas pessoas portadoras de vírus HIV que estão sob tratamento estável podem ter relações sexuais desprotegidas com parceiros não-infectados sem correr risco.
A Comissão Nacional Suíça da Aids disse que paciente em condições específicas - incluindo um tratamento antiretroviral bem-sucedido para suprimir o vírus e não ter outras doenças sexualmente transmissíveis - não colocam os outros em perigo.
A proposta, publicada nesta semana no "Boletim Médico Suíço", surpreendeu pesquisadores na Europa e América do Norte que sempre argumentaram que sexo protegido com camisinha é o único e efetivo modo de prevenir a disseminação da doença - além da abstinência.
"Não apenas é (a proposta suíça) perigosa, é enganosa e não considera as implicações de fatos biológicos envolvidos na transmissão do HIV", disse Jay Levy, diretor do Laboratório de Pesquisas Virais de Tumor e Aids da universidade da Califórnia, em San Francisco.
Os cientistas suíços partiram de um estudo norte-americano de 1999, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, que mostra que a transmissão depende fortemente da carga viral no sangue. E disseram que outros estudos demonstraram que pacientes sob tratamento regular anti-Aids não transmitem o vírus, e que o HIV não pode ser detectado em seus fluidos genitais.
"A evidência mais gritante é a ausência de qualquer transmissão documentada de um paciente em uma terapia antiretroviral", disse Pietro Vernazza, chefe do departamento de doenças infecciosas no hospital cantonal de St. Gallen, no Leste da Suíça, e um dos autores do relatório. "Vamos ser claros, a decisão permanece sendo do parceiro HIV negativo".
Os estudos citados pela comissão suíça não concluem definitivamente se pessoas com vírus HIV e em tratamento retroantiviral podem ter relações sexuais desprotegidas sem transmitir o vírus. Na prática, a recomendação afetaria cerca de um terço dos paciente de Aids na Suíça, mas pacientes e seus parceiros irão se beneficiar de uma melhora da qualidade de vida, incluindo poder ter filhos sem temer transmitir o vírus.
Levy afirma que não há um modo seguro de saber se o paciente com HIV que não tem vírus detectável no sangue não transmitirá o vírus. Mais pesquisas sobre as relações entre carga viral no sangue e a presença do vírus em fluidos genitais são necessárias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a Suíça seria o primeiro país no mundo a tentar este caminho.
"Há ainda uma certa preocupação por não poder garantir que alguém não será infectado, e as provas, devo dizer, não são conclusivas", disse Charlie Gilks, diretor de tratamento e prevenção de Aids na OMS. "Nós não vamos mudar em nada nossas recomendações muito claras de que as pessoas continuem a praticar sexo seguro, protegido com camisinha, em qualquer relação", disse Gilks.
De todo modo, das cerca de duas milhões de pessoas pelo mundo em tratamento do vírus HIV apenas um pequeno número iria receber tratamento comparável ao da Suíça, que os qualificaria a fazer sexo desprotegido como sugerido pelos pesquisadores. Mesmo na Suíça, onde cerca de 6 mil pessoas estão sob antiretrovirais, apenas um terço dos paciente estaria apto a mudar seus hábitos.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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