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sábado, junho 16, 2007

CNJ vai punir juízes corruptos

Corregedor diz que serão extirpados magistrados que envergonham o poder Judiciário


BRASÍLIA - Na posse dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o novo corregedor nacional de Justiça, César Asfor Rocha, afirmou ontem que serão extirpados do Judiciário os juízes que envergonham o poder. Segundo Rocha, serão mostrados e punidos os responsáveis por irregularidades na Justiça. “Daremos ao CNJ verdadeira translucidez e jamais hesitaremos em mostrar e explicar os deslizes internos do poder Judiciário, nunca animados por nenhum outro motivo ou razão que não sejam prevenir esses deslizes e extirpar do meio judiciário, os que não o honram, não o servem, não o engrandecem, mas o envergonham, o desmerecem e o desprestigiam”, disse ele, que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Como corregedor, caberá a Rocha analisar as sindicâncias e processos administrativos eventualmente movidos contra magistrados suspeitos de envolvimento em irregularidades e até crimes. “Sabemos que todos esperam do CNJ uma atuação elevada e nobre, não contra os magistrados, que esses merecerão todos os apoios e aplausos, mas contra os que, travestidos de julgadores, encontram no campo da atividade judicial o espaço para desenvolver ilicitude e cometer infrações”, afirmou.
O corregedor nacional de Justiça disse que pretende acompanhar o levantamento de todos os processos disciplinares e criminais existentes no país contra membros do poder Judiciário. Segundo Rocha, essas ações têm de ter um andamento imediato e urgente. O corregedor nacional deve assumir, entre outras investigações, a sindicância aberta no Conselho Nacional para apurar a suposta participação de magistrados num esquema de venda de decisões judiciais. Entre os investigados, está o ministro Paulo Medina, do STJ.
Rocha afirmou que, passados dois anos da instalação do Conselho de Justiça, agora, o órgão de controle externo do Judiciário deve assumir uma posição mais propositiva, realizando um censo nacional para detectar as necessidades mais urgentes do poder.
Fonte: Correio da Bahia

sexta-feira, junho 15, 2007

A cultura da mentira

por João Luiz Mauad em 08 de junho de 2007 Resumo: No Brasil, políticos e servidores públicos, por mais fortes que sejam as acusações e as evidências contra eles, sequer se dignam a afastar-se dos cargos durante as investigações e processos, enquanto seus superiores, correligionários e, em vários casos, até mesmo os seus opositores, agem como se nada houvesse. © 2007 MidiaSemMascara.org
As virtudes morais são produto do hábito.
(Aristóteles)
Corrupção na administração pública há em toda parte, mesmo em países desenvolvidos, com leis estáveis e instituições fortes. O que difere é a intensidade, que varia em função do nível de intervencionismo do Estado na vida social e, principalmente, da reação da sociedade diante do problema. Enquanto nações que dispõem de controles institucionais rígidos, leis transparentes e, acima de tudo, têm a verdade como um valor supremo tendem a cobrar dos seus representantes atitudes enérgicas contra a bandalheira e não se deixam engabelar com facilidade, outras, como a nossa, demonstram excessiva leniência diante da questão, permitindo que a corrupção consuma a incrível porção de 12% do PIB.
O nível de tolerância das sociedades em relação ao problema da corrupção pode ser medido não apenas pelos índices de impunidade, que em países como o nosso chegam perto da totalidade, mas também pelas reações dos criminosos quando “fisgados” pela lei. Recentemente, dois cidadãos japoneses cometeram suicídio, antes mesmo de serem julgados, porque julgaram que não poderiam conviver com tamanha desonra. Há alguns anos, um funcionário público norte-americano deu um tiro na própria boca, em frente às câmeras de TV, porque, flagrado num caso de corrupção, simplesmente “não suportava mais olhar nos olhos dos filhos”. Exemplos semelhantes, mesmo que não tão trágicos, abundam.
Já em Pindorama, pelo menos desde o suicídio de Getúlio Vargas, a coisa funciona de forma diferente. Políticos e servidores públicos, por mais fortes que sejam as acusações e as evidências contra eles, sequer se dignam a afastar-se dos cargos durante as investigações e processos, enquanto seus superiores, correligionários e, em vários casos, até mesmo os seus opositores, numa clara demonstração de corporativismo, agem como se nada houvesse. Honra, probidade, dignidade e vergonha na cara são valores há muito aposentados pelo relativismo moral que impera por aqui.
Ninguém assume coisa alguma. Ninguém jamais confessa nada. Sempre há uma boa desculpa, uma estória mirabolante a justificar qualquer coisa, por mais estranha e inverossímil que possa parecer. Inventam-se álibis, desculpas esfarrapadas e enredos os mais diversos para escapar da justiça. E o pior de tudo é que, na maioria das vezes, tais estratégias dão certo.
Ao contrário das nações que desenvolveram sociedades avançadas, fundadas em padrões morais onde prevalece a verdade, nossas instituições (formais e informais) foram estabelecidas sobre uma cultura da mentira. Aqui, todo mundo está mentindo até prova em contrário. As leis são estabelecidas na presunção de que somos todos mentirosos e apenas eventualmente dizemos a verdade. Alguns exemplos de procedimentos burocráticos, ou mesmo processuais, que só existem no Brasil e em alguns outros poucos lugares, dão bem a noção da coisa.
Certa vez tentei explicar a um inglês o que vem a ser uma cópia autenticada em cartório e o porquê da sua exigência ser tão disseminada por essas plagas. Parecia uma conversa de surdos. Meu interlocutor não entendia que as pessoas pudessem desconfiar da autenticidade de um documento antes mesmo que este lhes fosse apresentado. Sequer lhe passava pela cabeça que a palavra do portador ou responsável não bastasse. É claro que nem tentei explicar o nosso famigerado “reconhecimento de firma”, que recentemente evoluiu para “reconhecimento de firma por autenticidade”.
Ora, a mim pelo menos parece evidente que, se a verdade deve ser sempre provada e comprovada, ela passa a ser vista como exceção, não como regra. A mentira, por outro lado, é aceita como um hábito, uma tradição impregnada na cultura. Esse costume é tão disseminado que foi absorvido pela própria lei nos processos judiciários. Diferentemente do que ocorre em muitos países, onde o crime de perjúrio é gravíssimo e, quase sempre, funciona de forma a aumentar a penalidade do réu, por aqui a mentira dita em juízo não costuma trazer conseqüências. Muito pelo contrário, sua utilização é, em muitos casos, tida como perfeitamente legítima.
Diga-me com sinceridade, estimado leitor, há algo mais patético do que aqueles inquéritos parlamentares, transmitidos ao vivo pela TV, em que testemunhas e réus respondem às perguntas protegidos por uma liminar da justiça concedendo-lhes o “direito” de omitir a verdade? Quem não se lembra, por exemplo, do jeito cínico, beirando o escárnio, de diversos depoentes perante as inúmeras CPI's do Congresso, todos devidamente autorizados a mentir?
Aristóteles já dizia que as virtudes morais não são produzidas no ser humano pela natureza, mas são produto do hábito. O comportamento humano, por seu turno, é bastante influenciado por estímulos exteriores. Desde cedo, o homem aprende reagindo a incentivos produzidos pelos ambientes natural e social. Se o meio é propício à mentira, se o engodo é incentivado pela própria cadeia institucional, se não criamos as condições necessárias para que a verdade seja a regra e não a exceção, nada adianta chorar sobre o leite derramado.
Fonte: Mídia Sem Máscara

PF pede autorização para investigar dois deputados

· ‘Navalha’ alcança Paulo Magalhães e Maurício Quintela


A Polícia Federal encaminha nesta sexta-feira (15) ao procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza um pedido de investigação contra dois deputados federais. Um deles é o oposicionista Paulo Magalhães (DEM-BA). O outro, Maurício Quintella (PR-AL) integra o consorcio governista.

Os dois deputados estão implicados na Operação Navalha, que apura fraudes em licitações e malfeitorias em obras públicas praticadas pela Construtora Gautama, de Zuleido Veras. O pedido da PF será protocolado no gabinete do procurador-geral porque, como deputados, Magalhães e Quintella desfrutam do privilégio de foro. Só podem ser processados e julgados no STF.

Cabe ao Ministério Público Federal encaminhar a solicitação ao Supremo. Algo que deve ser feito pelo procurador Antonio Fernando nas próximas semanas. O STF terá de sortear um ministro para relatar o caso. Só depois da autorização do relator a investigação pretendida pela polícia poderá ser deflagrada.

Paulo Magalhães, sobrinho do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), foi pilhado nos grampos telefônicos feitos pela PF com autorização da ministra Eliana Calmon, do STJ. Segundo a PF, os diálogos demonstram que o deputado recebeu R$ 20 mil da Gautama, no início de maio. Entre os favores que teria prestado à construtora estaria a intermediação de interesses de Zuleido Veras em processos que tramitam no TCU.

Relatório sigiloso da PF anota, por exemplo, que Magalhães conversou pelo telefone pelo menos duas vezes com Zuleido Veras, no dia 4 de maio. Num dos diálogos, o deputado confirma ter recebido em seu gabinete a visita de Florêncio Vieira, o empregado da Gautama que foi incumbido de entregar-lhe "o material" [dinheiro, segundo a polícia].Detido na Operação Navalha, Florêncio Vieira é identificado nos autos do processo como responsável por vários saques em agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Era, segundo a PF, responsável pelo transporte de dinheiro "para os lugares onde seriam consumados os pagamentos".Numa das conversas interceptadas pelo grampo em 4 de maio, Paulo Magalhães confirma ao dono da Gautama, segundo a PF, que havia recebido os R$ 20 mil. "Zuleido diz ótimo", anota o documento em que a PF fez a transcrição da conversa.

Quanto a Maurício Quintella, as escutas telefônicas captaram diálogos do deputado com Tereza Freire Lima. Trata-se da secretária de Zuleido Veras, também detida no arrastão da Operação Navalha. As conversas sugeririam, segundo a PF, o repasse de dinheiro a Quintella. Os indícios foram reforçados, sempre de acordo com a polícia, por menções ao nome do deputado em documentos apreendidos na sede da Gautama em Salvador (BA).

Entre os papéis recolhidos na operação de busca e apreensão há uma agenda que pertencia a Gil Jacó Carvalho Santos. Vem a ser o diretor financeiro da Gautama, também incluído no rol de presos da Navalha. O nome de Quintella apareceria na agenda associado a cifras.

Os deputados dois deputados negam que tenham recebido dinheiro da Gautama. Se houver autorização do STF, a PF terá de transformar indícios em provas. Uma das linhas de investigação esboçadas pela polícia é o levantamento de emendas apresentadas por Magalhães e Quintella ao orçamento da União.
Deseja-se verificar se os parlamentares destinaram verbas para obras irregulares da Gautama. De resto, pretende-se obter a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos deputados. Algo que, de novo, dependerá de autorização do Supremo. Não por acaso, nesta mesma quinta-feira em que a lâmina fria da suspeição roça, uma vez mais, o prédio do Congresso, o requerimento que pede a abertura da CPI da Navalha começou a encaminhar-se em direção ao arquivo.
Escrito por Josias de Souza
Fonte: Folha Online

Risco de desmoralização reduz favoritismo de Renan

Deteriorou-se na noite desta quinta-feira (14) a situação política de Renan Calheiros (PMDB-AL). Notícia veiculada pelo Jornal Nacional fez ruir um dos pilares da defesa do presidente do Congresso: demonstrou-se que os negócios rurais do senador, origem do dinheiro que ele diz ter usado para bancar a pensão que pagou à jornalista Mônica Veloso, estão envoltos numa aura de suspeições.
Há notas de idoneidade duvidosa. Há compradores que negam ter transacionado com Renan, que se encontram em situação fiscal irregular ou que simplesmente negam ter transacionado com Renan. Até mesmo o gerente das fazendas de Renan –três próprias e três arrendadas—diz que o senador não possui 1.700 cabeças de gado, como alega, mas 1.100.
Na manhã desta sexta-feira (15), o Conselho de Ética do Senado reúne-se para votar o relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Ele declarou que não vai mudar o seu parecer. Pede o arquivamento do processo contra o presidente do Congresso por “absoluta falta de provas”. Renan dispunha de maioria acachapante, próxima da unanimidade. Mantém-se a tendência favorável ao engavetamento. Mas o favoritismo não é mais gritante. Dos 15 integrantes do conselho, sete já se mostram sensíveis à tese de que é preciso aprofundar as investigações.
Três senadores apresentarão ao conselho votos alternativos ao de Cafeteira. São eles: Demóstenes Torres (DEM-GO), Marconi Perilo (PSDB-GO) e Jefferson Peres (PDT-AM). Em essência, a trinca propõe a mesma coisa: o sobrestamento da votação do texto de Cafeteira, a realização de perícias técnicas nos documentos exibidos por Renan e a audição de testemunhas.
Em condições normais, o relatório de Cafeteira seria votado em primeiro lugar. Porém, a oposição vai requerer que seja votada antes a tese pró-investigação. Para que ocorra a inversão, o conselho precisa aprovar. Até a noite passada, sondagens feitas pelos próprios senadores indicavam que o requerimento seria rejeitado por oito votos contra sete. Se comprovado, esse primeiro placar já indicará a perspectiva de aprovação do texto de Cafeteira.
Numa frenética troca de telefonemas, líderes de diferentes partidos puseram-se de acordo em relação a um ponto: o arquivamento da representação do PSOL contra Renan, feita assim, a toque de caixa, submeterá o Conselho de Ética e o próprio Senado a um risco de desmoralização. Para tentar se dissociar do desgaste, a oposição cogita abster-se de votar caso os pareceres de Demóstenes, Perilo e Peres sejam ignorados.
Sentindo o cheiro de queimado, aliados de Renan discaram para membros do conselho para pedir-lhes que não retrocedam no apoio ao senador. O próprio presidente do Congresso, em telefonema a alguns de seus colegas, prometeu divulgar, na manhã desta sexta, documentos adicionais. Atestariam, segundo disse, a regularidade das operações de venda de gado que diz ter realizado. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), aconselhou Renan a comparecer à reunião do conselho, para prestar, de corpo presente, novos esclarecimentos.
Escrito por Josias de Souza
Fonte: Folha Online

Lamarca abre a porta de um passado que não passou

A irritação dos militares com os benefícios injetados na biografia de Carlos Lamarca e na conta bancária dos familiares do ex-guerrilheiro, já noticiada aqui no blog, transbordou dos gabinetes fechados. Abriu-se uma porta que dá acesso a um passado que insiste em não passar. Vai abaixo reportagem de Raphael Gomide, veiculada na Folha (assinantes):

“Numa das mais fortes demonstrações de descontentamento desde o fim do regime militar, em 1985, generais do Exército atacaram ontem, no Rio, a concessão da patente de coronel ao guerrilheiro Carlos Lamarca e de benefícios a sua família, pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
O general-de-exército Luiz Cesário da Silveira Filho, comandante militar do Leste (responsável pelas tropas no Rio, em Minas e no Espírito Santo) foi o mais enfático."Tudo o que é falta grave que pode ser cometida esse assassino cometeu. E está sendo premiado aí! É lamentável, lamentável! Espero que não vá até o final esse processo. Pode dizer: os generais de Exército, os generais da ativa do Alto Comando do Exército [15 generais quatro estrelas da Força mais dois do Ministério da Defesa] estão indignados. Causou profunda indignação na Força", afirmou Cesário, em tom de voz elevado durante reunião da Cúpula do Exército ontem.
Uma palestra do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, na sede do Clube Militar, no centro do Rio, reuniu membros do Alto Comando, cinco ex-ministros ou comandantes do Exército e muitos generais e oficiais da ativa e da reserva contrariados com o benefício obtido por Lamarca.
O comandante Peri deixou clara a visão da corporação sobre Lamarca: "Para o Exército, ele é desertor; para o Exército, o que ele é? Para o Exército, ele cometeu uma série de crimes". Momentos antes, em resposta a pergunta de audiência de oficiais da ativa e da reserva, Peri afirmou: "O fato é que o pensamento que nós temos em relação ao caso e em relação à pessoa envolvida é o mesmo do Exército de sempre", disse.
[...]
Peri confirmou ter ligado para o ministro da Defesa, Waldir Pires para protestar. À Folha ele sorriu quando questionado sobre a ligação para Pires. "É evidente que conversamos." Em seguida, ao microfone, afirmou: "O que tinha de fazer, eu fiz. Manifestei a quem devia o nosso pensamento. A resposta e as providências são semelhantes a outros casos, em situações semelhantes. O nome da pessoa beneficiada, Lamarca, é que é uma figura singular, mas a solução é semelhante a outros casos e está dentro da competência da comissão".
Outro general da ativa que não quis ser identificado disse que os militares estão revoltados porque Lamarca desertou do Exército como capitão, abrindo mão da carreira, foi promovido a coronel e ainda recebeu benefício de proventos como se tivesse o posto acima. A família de Lamarca terá pensão de R$ 12.152,61 mensais, o equivalente a vencimento de general-de-brigada, além de indenização de R$ 300 mil, a ser dividida por três familiares.O comandante do Exército disse que a análise jurídica preliminar sobre o caso era de que não cabia recurso ao Superior Tribunal Militar, mas ressalvou que ainda não havia estudado o assunto a fundo. O ex-ministro do Exército (1985-1990) Leônidas Pires Gonçalves afirmou: "Não me sinto bem tendo como conviva, mesmo morto, um desertor, traidor, ladrão e assassino frio do tenente Mendes, que se ofereceu para defender seus soldados. Quero que diga assim!". Ele se referia a Alberto Mendes Júnior, tenente que participou do cerco a Lamarca e foi morto a coronhadas em 1970 [...].”
Escrito por Josias de Souza
Fonte: Folha Online

Após novas denúncias, Conselho de Ética vota relatório que absolve Renan

da Folha Online
O Conselho de Ética do Senado se reúne nesta sexta-feira para votar o relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) que sugere o arquivamento da denúncia contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente ter usado o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha.
Ontem à tarde, senadores já davam como certo o arquivamento do processo. A oposição, porém, insistia na tese de ouvir a jornalista e o lobista para que o processo não fosse arquivado sumariamente.
O posicionamento da oposição foi reforçado à noite, depois de novas denúncias contra Renan divulgadas pelo "Jornal Nacional", da TV Globo. Os senadores oposicionistas esperam que a reportagem influencie os colegas a darem continuidade ao processo, sem o arquivamento do caso hoje.
A reportagem informa que foram encontradas supostas irregularidades nos documentos apresentados pelo presidente do Senado na defesa feita ao Conselho de Ética. Os documentos apresentados por Renan justificariam ao conselho que seus rendimentos seriam compatíveis com a pensão que pagou --em dinheiro vivo, segundo ele-- para Mônica Veloso.
Depoimentos colhidos pela reportagem do "Jornal Nacional" supostamente contradizem a defesa do senador. Renan afirmou ser dono de três fazendas e teria arrendado outras três. Ele diz ter 1.700 cabeças de gado que teriam lucrado R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos. Everaldo de Lima Silva, administrador das fazendas ouvido pela reportagem, disse que Renan teria cerca de 1.100 cabeças de gado.
Defesa
Em sua defesa, Renan afirmou, por meio de sua assessoria, que já tinha dado sua versão para o "Jornal Nacional". De acordo com o programa, o senador afirmou que tem como provar a legalidade da venda do gado com notas fiscais, guias de transporte animal e cópias de cheque.
O senador disse à reportagem que o dinheiro arrecadado com a venda do gado foi depositado em sua conta pessoal e que a negociação foi feita pelo veterinário Gualter Peixoto, que presta serviço para o senador em Alagoas.
Relatório
Cafeteira disse ontem à noite que não vai alterar seu relatório depois das novas denúncias. Segundo ele, seu relatório foi elaborado anteriormente às denúncias do jornal.
"Não tenho que mudar meu relatório sobre uma coisa anterior. Meu relatório é sobre uma coisa antiga. De qualquer maneira, [a denúncia] deixa um grau de dúvida", disse. Apesar de manter seu texto, Cafeteira defendeu a apuração dos fatos. "Acho que pelo menos a denúncia deve ser examinada", afirmou.

Reportagem coloca em dúvida lucro de Renan com venda de gado

da Folha Online
Reportagem veiculada nesta quinta-feira pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, informa que foram encontradas supostas irregularidades nos documentos apresentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na defesa feita ao Conselho de Ética da Casa. Renan é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente ter usado o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel da jornalista Monica Veloso, com quem Renan tem uma filha.
Os documentos apresentados por Renan justificariam ao Conselho de Ética que seus rendimentos seriam compatíveis com a pensão que pagou --em dinheiro vivo, segundo ele-- para a jornalista Mônica Veloso.
Depoimentos colhidos pela reportagem do "Jornal Nacional" supostamente contradizem a defesa do senador. Renan afirmou ser dono de três fazendas e teria arrendado outras três. Ele diz ter 1.700 cabeças de gado que teriam lucrado R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos. Everaldo de Lima Silva, administrador das fazendas ouvido pela reportagem, disse que Renan teria cerca de 1.100 cabeças de gado.
Reportagem desta quarta-feira da Folha já havia lançado suspeita sobre o gado de Renan. De acordo com a reportagem, bois criados por Renan foram vendidos, em média, por R$ 59,40 a arroba de 2003 a 2006. Nesses mesmos quatro anos, gado produzido em São Paulo foi comercializado por R$ 57,20 a arroba.
A curiosidade é que o Estado de Alagoas era tido como "zona de risco desconhecido" para febre aftosa até 2005 --período em que Renan obteve os melhores preços para os seus bois: R$ 69,3 por arroba. Em São Paulo, onde a doença é controlada com vacinação, a média de venda da arroba do boi gordo nesse ano foi de R$ 61,1.
Essa alta lucratividade teria resultado num faturamento de R$ 1,920 milhão para Renan Calheiros em suas fazendas alagoanas em quatro anos.
Outro lado
Renan afirmou, por meio de sua assessoria, que já tinha dado sua versão para o "Jornal Nacional". De acordo com o programa, o senador afirmou que tem como provar a legalidade da venda do gado com notas fiscais, guias de transporte animal e cópias de cheque.
O senador disse ao "Jornal Nacional" que o dinheiro arrecadado com a venda do gado foi depositado em sua conta pessoal e que a negociação foi feita pelo veterinário Gualter Peixoto, que presta serviço para o senador em Alagoas.
O senador disse ainda que não é problema dele se algum empresário enganou o fisco e que pediu à Secretaria da Fazenda de Alagoas documentos sobre os negócios realizados.
Sobre o administrador das fazendas, o senador disse que Everaldo de Lima Silva, "não tem noção" do tamanho do rebanho.
Conselho de Ética
O Conselho de Ética do Senado se reúne nesta sexta-feira para analisar o relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que sugeriu arquivar a denúncia alegando falta de provas consistentes.
O PSDB e o DEM decidiram que vão apresentar dois votos em separado. Os dois partidos querem suspender a votação do relatório de Cafeteira, ouvir depoimentos e realizar perícias nos documentos apresentados por Renan.
Pela proposta do DEM, deve ser suspensa a votação do relatório e ouvidos os depoimentos de Mônica Veloso e Cláudio Gontijo.
No entanto, os senadores já dão como certo o arquivamento do processo. "Não sei se [a aprovação do relatório] vai ser de goleada. Mas vai aprovar o relatório do Cafeteira", afirmou o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), um dos principais defensores de Renan no conselho.
"Vamos ver se eles [os que defendem ouvir depoimentos e suspender a votação de amanhã] acham alguma prova. É preferível absolver um culpado do que condenar um inocente", disse Cafeteira.

quinta-feira, junho 14, 2007

Escândalos escondidos

Por Cristovam Buarque

O Congresso tem razões para estar envergonhado por causa dos baixos indicadores de sua credibilidade na opinião pública. Depois de décadas de prestígio no final dos anos 80 e começo dos 90, com a redemocratização, a resistência à ditadura, a luta pelas Diretas, a elaboração da Constituição, a aprovação do impeachment, o Congresso entrou em crise de credibilidade, desde o escândalo do Orçamento. Desde então, não houve, ainda, recuperação. Sucessivas crises morais têm afetado não apenas os diretamente envolvidos, mas o conjunto da instituição parlamentar, e, em conseqüência, a própria democracia. O mais grave, porém, é que a crise decorrente dos escândalos esconde causas mais profundas da crise de credibilidade. Os escândalos éticos não são a verdadeira causa da perda de credibilidade do Parlamento; eles refletem uma podridão na superfície, escondendo as ferrugens que existem no funcionamento de nossas instituições. Pelo menos três razões abalam a credibilidade de maneira ainda mais grave, embora imperceptíveis. São escândalos escondidos. A primeira é a falta de causas pelas quais lutar. Nos períodos de maior crédito do Parlamento, havia causas que empolgavam, e os discursos eram ouvidos com respeito. O público jogou flores nos senadores depois que votaram a Lei Áurea. Durante o regime militar, os parlamentares eram apontados nas ruas como guerreiros da democracia. No começo dos anos 60, houve muita discussão entre esquerda e direita sobre os rumos da sociedade brasileira, que atraiu a atenção do público, não só porque os oradores eram melhores, com melhor retórica, mas porque tinham causas que serviam de base à oratória. Hoje, aplausos são dados raramente e somente por grupos organizados, quando seus interesses corporativos são atendidos pelas votações. Por isso, os discursos ficaram irrelevantes. Raramente provocam contestação, e, em geral, sequer são ouvidos no Plenário. (Um artigo como este pode incomodar mais sendo publicado do que se for lido em Plenário e transmitido pela TV Senado.) A segunda e grave razão é o enfraquecimento do Parlamento no que deveria ser o equilíbrio dos três poderes. Nos últimos anos, o Congresso tem sido um poder imprensado entre medidas provisórias vindas do Executivo e liminares que chegam do Judiciário. No lugar de legislar, o legislador se surpreende, submisso, legislado por liminares ou medidas provisórias. Baixando a cabeça como o menino surpreendido em uma falta, ou ante a força dos adultos. A terceira é a falta de sintonia entre a agenda do Congresso e a pauta do povo. Os graves problemas da sociedade brasileira - desemprego, violência, saúde, desigualdade, pobreza, escolaridade - vão ficando escondidos, soterrados inclusive pelos escândalos éticos que chamam a atenção de todos, especialmente da mídia. Basta observar quantas vezes nós, parlamentares, falamos a palavra povo e quantas vezes seus problemas aparecem nos discursos e quantas vezes encaminhamos soluções. Basta ver o número de vezes que esses assuntos aparecem nos discursos na tribuna, e quantas vezes falamos deles nos palanques das campanhas. Se o Congresso quiser recuperar sua credibilidade, deve encarar com rigor o comportamento de seus membros, mas, sobretudo, rever a ação política de seus membros, casando a agenda parlamentar com a pauta do povo, acendendo a chama de grandes causas nacionais e recuperando seu papel de legislador que luta pela igualdade de poder com o Executivo e o Judiciário. Precisa enfrentar com transparência os seus escândalos visíveis, e acordar para os escândalos escondidos. Essa é a parte mais difícil, porque, no mundo de hoje, não vamos encontrar causas prontas, e os partidos que julgavam ter o monopólio das causas, na esquerda, se acomodaram diante do mundo, não percebem os escândalos escondidos e, ainda pior, fecham os olhos até mesmo para os visíveis.

Fonte: Email:: cristovambuarque@senado.gov.br URL:: http://www.cristovam.com.br/

Golpes por celular são aplicados em 16 estados

Ricardo Mourada Redação
Levantamento feito por O POVO revela a ocorrência de golpes telefônicos com origem nos presídios cearenses em 16 estados brasileiros, em todas as regiões do Brasil
Sonora, uma cidade de pouco mais de 12 mil habitantes localizada no norte do Mato Grosso do Sul, foi alvo, nessa semana, de um ataque de presidiários cearenses. O comerciante L.A.P. disse que, na última terça-feira, dia 12, seis pessoas procuraram sua loja para comprar cartões de operadoras de telefonia celular. O motivo: ganhar um "prêmio" ofertado em uma ligação telefônica. Levantamento feito por O POVO revela que, além do Mato Grosso do Sul, mais 15 estados já foram vítimas de golpes aplicados de dentro dos presídios do Ceará. "Eles (os presos) ligaram para vários municípios da região, pedindo o saldo do cartão para poder ganhar o prêmio. Um deles ligou para mim e ficou lendo o nome das pessoas que tinha aplicado o golpe só no dia de hoje", acrescenta o comerciante. A Delegacia Regional de Coxim (MS)- que atende os municípios de Sonora, Pedro Gomes, Rio Verde, Coxim, Camapuá, São Gabriel do Oeste e Alcinópólis - recebe várias queixas sobre o golpe. Bruno Henrique Urban, delegado regional adjunto, diz que há muitas ligações do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. "O número de seqüestros virtuais e ameaças por telefone é grande. É direto aqui. No fim de semana, recebemos entre cinco e seis reclamações. A gente procura orientar as pessoas para não cair", relata. Os ataques constantes fizeram com que a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul publicasse um manual contra golpes pelo telefone em seu site. O delegado titular da Delegacia de Defraudação e Falsificação de Vitória (ES), Lauro Coimbra, afirma que, no auge dos golpes no Estado, de cada dez ligações recebidas, quatro vinham do Ceará. Segundo ele, nos últimos quatro meses, o número de vítimas diminuiu bastante por causa de uma campanha maciça realizada pelos meios de comunicação. "As pessoas estão mais conscientes e não caem tanto no golpe. No começo, era uma novidade. Todo mundo caía e pagava os cartões. Há muitos registros de tentativa de golpe, mas raramente recebemos registros de que alguém caiu nele", comenta. Tocantins também sofre com a grande quantidade de ligações feitas por presidiários cearenses. De acordo com o delegado Renato Guedes, do Serviço de Inteligência da Polícia Civil, o poder local encontra-se "com as mãos e os pés amarrados" no que se refere ao combate ao golpe telefônico. "As ligações vêm de fora para dentro do Estado. A forma que nós temos (de agir) é rastrear as contas bancárias, mas chegamos somente aos laranjas. É praticamente impossível deter essas ligações. A maioria delas é de Fortaleza". Pouco antes de conceder a entrevista, Guedes havia acabado de receber uma ligação informando de mais um caso que teria origem no Ceará. "Não sei como as autoridades (cearenses) não fazem nada no sentido de acabar com essas ligações. Elas não tomam nenhuma providência. Já avisei as autoridades, mas o mesmo golpe continua sendo aplicado. Em Goiás é a mesma coisa", desabafa. Golpes em todo Brasil Pará Tocantins Paraná São Paulo Rio de Janeiro Minas Gerais Espírito Santo Distrito Federal Mato Grosso Mato Grosso do Sul Goiás Alagoas Piauí Pernambuco Rio Grande do Norte Sergipe Fonte: Banco de dados e polícias Civis. E-MAIS A edição do O POVO do dia 10 de outubro de 2006 revelou que os presos cearenses haviam começado a agir em outros Estados, além do Ceará. Na ocasião, haviam sido registrados golpes em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Piauí. Passados pouco mais de oito meses, esse número quadruplicou. Levantamento feito pela Delegacia de Repressão a Seqüestro do Distrito Federal revelou que, em um ano, foram registradas 490 ocorrências do golpe do seqüestro pelo celular. Desse total, 15% das ligações vieram do Ceará, que ficou em segundo lugar em uma lista de oito estados. O Rio de Janeiro ficou em primeiro, com 74% dos telefonemas. A assessoria de imprensa do Pará informou que está fazendo um levantamento semelhante ao do Distrito Federal. A intenção é mapear a origem das ligações. O estado também foi alvo da ação de criminosos cearenses. Ainda segundo a assessoria, a polícia paraense já entrou em contato com o núcleo de Inteligência da Polícia Civil do Ceará para troca de informações. Saiba como se defender de golpes virtuais no site da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul: http://www.pc.ms.gov.br
Fonte: O POVO

Ueba! Irmão do Lula é burrista!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E a gravação do irmão do Lula, o Vavácilão: "Ó, manda dois paus pra eu!". O irmão do Lula é analfabeto, mas aprendeu logo a lição de casa! E tão dizendo que o irmão do Lula não é lobista, é burrista! E sabe qual o castigo que o Lula vai dar pro Vavá? Nada de bingo e churrasco até o fim do ano! Rarará! E começou o o Fashion Bicha. A Parada Gay da Moda! E o tema desse evento é ÁGUA! Água? Então as bichas vão morrer afogadas. Rarará. Mas é água com gás ou sem gás? Tá certo, o planeta tem que economizar água. Vou botar uma placa no chuveiro daqui de casa: "Economize água! Só lave o que for usar hoje". Rarará. E as modelos vão poder tomar banho antes de entrar na passarela? As esquálidas vão lavar o sovaco? Aí elas levantam os braços e a primeira fila desmaia! E já imaginou aqueles meninos incríveis e com um chulé do cão? E como me disse aquela perua alienada: "Água pra mim, só San Pellegrino". Ou então a gente dá uma de Maria Antonieta: se acabar a água no planeta, eu bebo Coca-Cola. Rarará. Vai ser aquela água! I LOVE LUCIANTA! Mais uma da minha morenanta predileta Lucianta Gimenez. É que a Perla estava no programa quando falou: "Diga aí uma palavra terminada em 'ado'". E a Lucianta: "Melado". Perla: "Tarado". Lucianta: "QUADRO!". Então fica de quatro! Palavras terminadas em "ado": Meladro, Taradro, Quadro e Viadro! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Mas como disse aquele outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Portugal tem uma loja de materiais de construção chamada Casa Cubaixo! A privada fica no chão! Rarará. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção. Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Bissexual': companheira que tem duas periquitas. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno. simao@uol.com.br

Xeque-Mate: deputado acusa polícia de editar diálogos

Agencia Estado
A Polícia Federal de Mato Grosso do Sul foi acusada ontem de editar conversas dos grampos telefônicos, tirando-as de contexto para produzir provas contra os investigados pela Operação Xeque-Mate. A acusação é do deputado estadual Coronel Ivan (PSB), homem de confiança do ex-governador Zeca do PT e ex-comandante-geral da Polícia Militar durante seu governo. "Não é justo e tampouco legal que uma frase editada por interceptações telefônicas, sem a necessária compreensão de seu contexto, seja utilizada como forma de condenação antecipada contra quem sequer teve o direito de ser ouvido."Coronel Ivan é apontado no inquérito da Polícia Federal como sócio de um dos grupos que atuavam na máfia dos caça-níqueis, explorando ilicitamente o jogo de azar.Apesar de não constar como investigado, por ter foro privilegiado, Coronel Ivan seria, segundo a PF, sócio efetivo, com participação nos lucros, de empresários de caça-níqueis. Sua atuação seria também, de acordo com a PF, a de facilitador das ações criminosas, por meio de sua influência dentro da polícia.Nas conversas grampeadas e selecionadas pela PF, Coronel Ivan reclama que está sendo passado para trás e que quer receber mais. Numa delas, ele aparece cobrando participação de 33% nos lucros de Ari Silas Portugal, preso pela PF e apontado como um dos líderes da máfia dos caça-níqueis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tarifa de água tem mais um aumento na Bahia

Ronaldo Jacobina
Quando receber a conta de água deste mês, o consumidor terá uma surpresa. A tarifa, que foi reajustada no último mês de março em 4,50%, sofreu um novo acréscimo em junho, de 5,27%. O aumento acumulado neste primeiro semestre do ano é de 10%. Isso significa que o consumidor terá que arcar com mais um aumento no orçamento. Somadas as duas parcelas, o acréscimo na conta da água é bem maior do que a inflação.

De junho do ano passado a maio deste ano, a taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 3,57%. Ou seja, o aumento na tarifa de água foi quase três vezes a inflação anual. Se comparado ao aumento dado pelo governo ao salário mínimo em abril, que foi de 8,57%, o reajuste da água também foi maior. Pela estratégia montada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o reajuste tarifário deveria passar despercebido pelo consumidor, já que o anúncio já havia sido feito na primeira parcela, no início do ano. Naquele período, o impacto não foi tão grande porque ficou diluído.

Segundo o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira, a idéia de parcelar o aumento em duas vezes foi para não impactar tanto os consumidores. Mas a estratégia parece que não deu muito certo. A professora Cida Schmidt disse que tomou um grande susto quando recebeu sua conta este mês. “Meu consumo médio é de 21 metros cúbicos, e eu estava pagando cerca de R$ 34; este mês, quando o meu consumo foi de exatos 21 metros cúbicos, terei que pagar R$ 39,62”, reclama.
Fonte: A TARDE

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
Candidatura
Secretário-geral do PT, Ivan Alex manda um recado aos que avaliam que o partido não deve lançar candidato próprio à Prefeitura de Salvador em 2008. “Este é um sentimento legítimo da ampla maioria do PT”, afirma o dirigente do partido, fazendo questão de destacar que o partido se baseia em paradigmas diferenciados, por exemplo, do PMDB.
Comparação
Raio Laser pergunta onde está a diferença de seu partido em relação ao PMDB e o secretário-geral do PT responde: “A decisão do PT de discutir sua permanência no governo com João Henrique (PDT) é correta e não se baseia no interesse de apresentar conta ou exigir cargos ao prefeito”. Recado dado.
Brizola
Salvador será a quarta cidade brasileira a conhecer a mostra itinerante “Um Brasileiro Chamado Brizola”, que será aberta hoje, às 18h30, no foyer do Teatro Gregório de Mattos, com patrocínio dos Correios, Eletrobrás e Caixa Econômica Federal. Sob a curadoria do paulista Sérgio Gonzalez, a mostra é integrada por 59 painéis, que contam através de textos e fotos a trajetória do político gaúcho de relevância nacional. A exposição acontece em Salvador em meio à passagem do terceiro ano de morte de Leonel Brizola, permanecendo em cartaz até o dia 2 de julho. A mostra já passou pelas c idades de Porto Alegre, Campinas e Rio de Janeiro.
Conversa
Dois dias depois de ver o PT desistir de desembarcar de seu governo e de ter sido considerado o principal vitorioso na pendenga, o prefeito João Henrique (PDT) ligou ontem para o presidente estadual do partido, Marcelino Gallo, pedindo uma audiência. O encontro ficou acertado para a próxima terça-feira, no Palácio Thomé de Souza.
Sem quórum
Com ontem, subiu para três o número de dias que o governo não consegue reunir deputados suficientes na Assembléia Legislativa para votar o aumento do governador e dos secretários estaduais. O pior é que o assunto é considerado prioritário pelos governistas - caso contrário não teria sido feito pedido de urgência para sua votação.
Queimando a língua
Se efetivamente afirmou que a decisão do PT de lançar candidato próprio à Prefeitura de Salvador em 2008 é mesquinha, o deputado federal Walter Pinheiro terá que se explicar junto à militância petista, principal defensora da candidatura petista e em alguns casos do nome do próprio Pinheiro para o desafio.
Sigilo I
A Auditoria Geral do Estado teria quebrado o sigilo fiscal de empresas que fornecem para as empreiteiras que prestavam serviços à Organização do Auxílio Fraterno (OAF), empresa que funcionava como uma “laranja” da Ebal. A denúncia é do deputado Elmar Nascimento (PR), que considera a iniciativa da AGE um crime, portanto, suscetível de anulação até de procedimentos da própria CPI da Assembléia que investiga irregularidades denunciadas na Empresa Baiana de Alimentos.
Sigilo II
Segundo Nascimento, ao quebrar o sigilo dos comerciantes, a Auditoria do Estado extrapolou suas funções, infringindo a lei, o que torna as provas eventualmente obtidas sem valor, já que levantadas de forma ilegal. Ele explica que apenas a CPI da Ebal ou o Judiciário poderiam ter solicitado a quebra do sigilo fiscal das empresas, podendo ou não divulgar as informações encontradas.
Contratos
Como resposta a uma solicitação que fez no dia 23 de maio último, o procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto recebeu ontem a cópia de contratos públicos assinados pelo governo estadual nos últimos cinco anos. A entrega dos quatro volumes foi feita em seu gabinete pela secretária da Casa Civil, Eva Maria Chiavon, e na farta documentação constam cópias de contratos em vigência, relacionados a vigilância, segurança patrimonial e contratação de mão-de-obra, incluindo os aditivos, contratos emergenciais e os encerrados.
CURTAS
* Propostas - O evento contará com a participação de especialistas do Brasil e do exterior em gestão aeronáutica, segurança e controle de tráfego aéreo. Políticos de todos os partidos e representantes dos governos federal, estadual e municipal estão convidados. “Vamos propor um novo modelo de gestão do sistema aéreo que associe a atividade econômica de voar, transportando passageiros e cargas, com as exigências de segurança e a defesa do meio ambiente”, afirma Jorge Bornhausen, presidente da Fundação Liberdade e Cidadania. * Parlamento - Será na segunda quinzena deste mês a audiência dos presidentes de Câmaras dos 10 municípios que compõem a Região Metropolitana de Salvador com o governador do Estado, Jaques Wagner, quando apresentarão a proposta de criação do Parlamento da Região Metropolitana. . * Na mira - Não é só o diretor de formação político-sindical da Associação de Docentes da Universidade da Bahia (Aduneb), Aldrin Castelluci, que acusa de “prepotentes e arrogantes” os secretários estaduais da Administração, Manoel Vitório, e das Relações Institucionais, Rui Costa. O vocabulário usado pelos deputados, inclusive da base do governo, para se referir principalmente a Rui Costa, não conhece outras palavras. * Sem assento - No governo Jaques Wagner, houve verdadeiro apagão aéreo para os políticos. Deputados se queixam de que não conseguem carona no avião do governador para ir a nenhum dos municípios do interior, mesmo aqueles mais próximos. No governo Paulo Souto, comparam, até suplentes viajavam no jatinho oficial. * Palco - Na avaliação de deputados oposicionistas, o governo concorre efetivamente para transformar em lideranças verdadeiramente expressivas dirigentes do movimento grevista dos professores estaduais, a exemplo do presidente da APLB Sindicato, de Rui Oliveira, cujo nível de exposição na mídia tem aumentado na proporção do prolongamento do impasse. * Desgaste - Deputados governistas que viajaram no final de semana ao interior voltaram impressionados com o nível do desgaste que a greve dos professores estaduais tem imposto ao governador Jaques Wagner. Preocupados, acham que uma semana a mais de briga pode ser fatal. “No interior, todo mundo tem um parente professor”, afirma um deles. * Ranking - O levantamento é da bancada oposicionista. Enquanto no governo passado a Assembléia Legislativa aprovava uma média de 10 projetos oriundos do Executivo por mês, no primeiro semestre deste ano a Casa só votou três propostas da atual administração, duas das quais por acordo. A terceira foi o aumento do salário dos servidores.

Acidente com moto engarrafa parte da cidade

Por Karina Baracho
Um acidente de trânsito deixou o trânsito lento nas principais vias da capital baiana na tarde de ontem. O consultor em telefonia Glauco Jesus Nunes Martinez, 22 anos, morreu depois de cair da moto em que pilotava na Avenida Bonocô. De acordo com informações da Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), o motoqueiro foi fechado por um carro preto, de dados não anotados e “depois caiu quase embaixo de uma das rodas do caminhão. Isso foi confirmado por duas testemunhas”, disse um dos agentes. Muito abalado, o motorista do caminhão, modelo Scania, de placa LYF 9079 licenciado por Araranguá, Santa Catarina, Waldemar Rodrigues, 61, também do sul do País, informou que não viu o momento em que Glauco caiu. “Estava vindo de um descarreto. Foi tudo muito rápido”, disse. O rapaz teve a cabeça quase esmagada pela roda. A moto, de marca Honda, modelo Twister, preta, de placa JPV 0390 havia sido comprada anteontem. Familiares da vítima disseram que há cerca de quatro anos, um irmão de Glauco também morreu depois de um acidente que envolvia motocicleta. Mas o rapaz já pilotava há muito tempo e já teve outras motos. O caso está sendo investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Brotas), sob os cuidados da delegada plantonista, Florisbela Rocha. O acidente aconteceu por volta das 13 horas, no sentido Iguatemi, o que ocasionou engarrafamento em vários pontos da cidade, como Brotas, Djalma Dutra, Dique do Tororó, Sete Portas e região do Iguatemi. De acordo com a SET, isso ocorreu em decorrência da espera pelos peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT). “Ligamos para a delegacia às 13h40, mas nos informaram que a delegada estava almoçando. A agente disse que não podia chamar a remoção, só com a delegada. O que aconteceu somente às 14h50”, explicou um dos agentes da Superintendência. A delegada contestou a explicação e informou estar no local do acidente pouco depois das 14h. “O que demorou foi realmente a chegada da perícia. Por isso a lentidão do trânsito”, disse ela. Destacou que o fato ocasionou também transtor no para a população da capital baiana. A SET alertou que entrou em contato com a Departamento de Polícia Metropolitana de Salvador (Depom), para que a unidade contatasse a delegada, pouco depois. “Precisávamos saber onde ela estava”. Há pouco tempo a promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial para controle Externo de atividade Policial (Gacep), Isabel Andrade Moura, do Ministério Público Estadual (MPE) determinou que nenhum veículo ou vítima poderá ser retirado do local do acidente antes da perícia. Conforme ela, a SET estava agindo de maneira irregular em diversas situações. De acordo com ela, a determinação é baseada no artigo 169 do Código de Processo Penal, que estabelece a não retirada de nenhum item envolvido, para exame de local. Como fotos, desenhos e esquemas, para que o laudo seja feito detalhadamente. O descumprimento funcional é considerado ato de improbidade administrativa e o funcionário está sujeito a várias punições.
Corpo de Madaleine pode estar no sul de Lisboa
; A polícia portuguesa vai revistar o local onde, segundo uma carta anônima recebida por um jornal holandês, poderia estar o corpo da menina britânica Maddie McCann, desaparecida em Portugal no início de maio, afirmou seu porta-voz em Portimão, Olegario de Souza. A informação “foi transmitida aos investigadores” e será analisada “como todas as outras pistas”, afirmou o inspetor Souza à agência Lusa, destacando que a imprensa não seria informada dos detalhes da investigação. O jornal holandês “Telegraaf” afirmou na última quarta-feira ter recebido uma carta anônima, da qual publicou trechos, informando que o corpo da menina inglesa estaria a 15 km do lugar onde ela foi vista pela última vez, no balneário de Praia da Luz, a 300 km ao sul de Lisboa.
Fonte: Tribuna da Bahia

Governo manobra e derruba investigação do Caso Neylton

Base aliada acata determinação de João Henrique e põe em prática acordo selado pelo prefeito e o PT


A Câmara de Vereadores de Salvador sepultou ontem, definitivamente, a possibilidade de instalar, esse ano, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar ilegalidades e irregularidades denunciadas ao Ministério Público do Estado (MPE) referentes à gestão financeira da Secretaria Municipal de Saúde, administrada pelo petista Luiz Eugênio Portela e que teriam resultado na morte do servidor Neylton Souto da Silveira, em 6 de janeiro deste ano, nas dependências do órgão, no Comércio. A manobra, orquestrada por João Henrique Carneiro (PDT), e colocada em prática pelo presidente da Câmara, vereador Valdenor Cardoso (PTC), fazia parte do acordo do prefeito com o PT para que o partido permanecesse na base aliada. Com o voto contrário da bancada governista, o projeto só poderá ser reapresentado em 2008.
A apreciação da CEI foi marcada pelo tumulto. O presidente da Câmara, vereador Valdenor Cardoso (PTC), colocou em votação o mesmo requerimento duas vezes. O líder da oposição, vereador Téo Senna (PTC), chegou a pedir que a votação fosse nominal, pleito negado por Valdenor. Quem fosse favorável à CEI deveria ficar sentado e quem fosse contra, em pé. Diante da primeira derrota da prefeitura, por 21 votos a favor e 19 contra, o presidente disse que o resultado não havia ficado claro, convocando uma nova votação, o que alterou o placar para 19 a favor e 21 votos contra a instalação da comissão. Segundo o líder da oposição, Téo Senna, mudaram os votos os vereadores Laudelino Conceição e Isnard Araújo. A duplicidade da votação abriu um precedente jamais visto na Casa, ao repetir-se processo de apreciação de matéria vencida.
O líder da bancada de maioria, vereador Gilberto José (PDT), já anunciava antes da votação da CEI que a orientação do prefeito João Henrique era votar contra o projeto. A justificativa, segundo ele, era de que as investigações nos contratos da gestão plena da Saúde já estavam sendo feitas pelos Ministérios Públicos Federal e do Estado e que a Câmara não era o local ideal para realizar as investigações.
A bancada de oposição disse que vai entrar na Justiça com um mandado de segurança pedindo a nulidade da sessão. Segundo o vereador Antonio Lima (DEM), o Regimento Interno da Casa é claro ao assegurar que uma sessão extraordinária só pode ser realizada após publicação do edital de convocação com dez dias de antecedência, o que não aconteceu. “Vamos dar entrada em um pedido de liminar para que todas as votações de ontem sejam anuladas”, assegurou Lima.
A pressão do Palácio Thomé de Souza foi tanta que nos últimos dois dias assessores diretos do prefeito João Henrique dispararam inúmeros telefonemas para os vereadores, oferecendo obras e intervenções na cidade. A denúncia foi feita pela vereadora Eron Vasconcelos (DEM). De acordo com ela, três assessores ligaram na última terça-feira oferecendo “benesses”. “Isso é um absurdo. Até o último minuto, João Henrique tentou utilizar artifícios escusos. É uma vergonha para a cidade, para a prefeitura mas, principalmente, para a Câmara de Vereadores, que permitiu que o projeto que criava a CEI fosse derrubado”, lamentou.
Para o líder dos Democratas, vereador Paulo Magalhães Júnior, o Legislativo se comportou como um órgão auxiliar do Executivo, deixando de exercer a função constitucional de legislar, fazendo apenas a vontade do Thomé de Souza. Além da derrubada da CEI, foi votado o projeto que redefine a guarda municipal, o que concede isenção de IPTU para os templos religiosos de todos os cultos em Salvador e o Programa de Refinanciamento de Dívidas (Refis II). Por ser uma matéria tributária, o novo Refis necessitou ser votado em dois turnos.
Fonte: Correio da Bahia

Ministra manda passageiro relaxar

BRASÍLIA - Em meio à crise que se arrasta há oito meses nos aeroportos, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, aconselhou ontem os passageiros a “relaxarem e gozarem” diante dos atrasos dos vôos. Logo depois do lançamento do Plano Nacional de Turismo, num hotel de luxo da capital federal, uma repórter perguntou o que a ministra poderia dizer para quem evita viajar em tempos de caos aéreo – que se instalou no país em outubro do ano passado com a queda de um avião da Gol, em que morreram 154 pessoas.
“Relaxa e goza”, respondeu rapidamente a ministra. “Porque depois você esquece todos os transtornos”. Os repórteres e cinegrafistas, com gravadores e câmeras, demonstraram espanto com a resposta. Quando os holofotes foram apagados, Marta ainda comentou: “Ah, gente, é igual dor do parto. Depois você nem se lembra”. Horas mais tarde, depois que a declaração foi divulgada pelas agências de notícias, a ministra mandou a assessoria enviar nota à imprensa para tentar consertar o estrago.
“Quero pedir desculpas aos turistas e a todos os brasileiros pela frase infeliz que proferi hoje (ontem), ao término de uma entrevista coletiva. Não tive por intenção desdenhar, muito menos minimizar os transtornos que estão sendo enfrentados pelos usuários do transporte aéreo”, diz a nota. A declaração foi lamentada pelos assessores que trabalham para tirar a ministra do ostracismo em que se encontrava desde que entrou no governo, há dois meses.
Nesse período, Marta só foi notícia quando teve de esperar quase duas horas na única vez em que foi recebida sozinha por Lula, no Planalto. Em conversa reservada, um dos assessores reclamou do “show” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento do plano, que teria roubado o espaço da ministra no noticiário. Outro assessor avaliou que ninguém daria importância à declaração de Marta sobre os atrasos nos vôos.Quando a nota foi divulgada, a ministra já recebia a solidariedade do colega de governo Waldir Pires, ministro da Defesa, também alvo de grande desgaste justamente por conta do caos aéreo.
Fonte: Correio da Bahia

O governo que arranca 40% do cidadão

Por: Helio Fernandes

Distribui uma parte enorme para exportadores
Além da corrupção EXPLÍCITA, aberta, ostensiva, que o Brasil todo condena, existe a corrupção IMPLÍCITA, escondida, fechada, que o Brasil todo desconhece. Falo dessa SUBVENÇÃO que o governo está dando aos exportadores, por causa de uma justificativa que não justifica nada nem coisa alguma
Falo da AJUDA que o governo dará aos exportadores, que segundo eles mesmos convenceram, ESTÃO PERDENDO MUITO DINHEIRO, com a queda sistemática do dólar e o que chamam de VALORIZAÇÃO DO REAL.
Isso não é novidade, ainda se ouvem os ecos de uma sigla que o governo deu aos bancos, com dinheiro do cidadão-contribuinte-eleitor. Até hoje não esquecemos o PROER, sabemos a fábula que os bancos lucraram. Não foi neste governo, qual é diferença? Se todos são iguais nas vantagens, o povão é o único desigual nas desvantagens.
Fiquemos, por hoje, apenas na questão da exportação e da importação, que está nas rádios, jornais e televisões. O governo com o coração sangrando vê todas essas matérias, e chora por ser altamente generoso. O governo não explica, porque esses órgãos de comunicação (não seria melhor chamá-los de corporativismo?) também não explicaram coisa alguma. Então, façamo-lo, como diria o nada saudoso Jânio Quadros.
1 - Os exportadores PERDEM MUITO. Lógico, comparado com o dólar a 4, a 3, até a 2,50, nenhuma dúvida.
2 - Mas quando o dólar estava lá em cima, ganhavam fortunas, não devolviam nada ao governo, ou seja, ao contribuinte.
3 - Como a exportação e a importação obedecem ao mesmo dólar e à mesma cotação, os importadores ganham fábulas e não escondem a satisfação que ostentam orgulhosamente.
4 - Com raras ou raríssimas exceções, exportadores e importadores são os mesmos, portanto a queda da receita de exportação é COMPENSADA com o preço baixíssimo da importação.
5 - E ainda há mais e muito mais grave: os produtos brasileiros, para serem exportados, precisam da complementação da importação.
6 - Então, nesse caso, deveriam compensar o contribuinte, com o que ganham com os preços muito mais agradáveis da importação.
7 - Quando o real foi implantado em 1995, valia 84 centavos de dólar. Quer dizer: o exportador, por cada dólar vendido, recebia apenas esses 84 centavos, ninguém gritou, qual a explicação?
8 - Quando a moeda foi pelos ares com 20 dias do segundo mandato, o real já era trocado por 1 dólar e 21. Tradução: o exportador recebia mais 42 por cento do que recebia 3 anos antes.
9 - Agora, esses exportadores que já têm enormes vantagens, a começar pelo prazo para entrega do dinheiro ao governo (210 dias, fora "imprevistos") receberão montanhas de vantagens.
10 - 1 bilhão na mão, à vista, sem que ninguém saiba de onde vem o dinheiro. E 3 bilhões do BNDES, a juros que, de tão baixos, o governo tem constrangimento de explicar, por isso estou explicando.
PS - E o ministro Mantega, com medo do próprio futuro, diz audaciosamente na televisão: 3 bilhões? Que importância tem isso? Antigamente, o regime não era melhor, mas ele seria demitido, teria que ir trabalhar num banco.
Jackson Lago
Nunca falei com o governador, se passar por mim não sei quem é. Mas a palavra da grande figura que é Neiva Moreira, vale para mim.
Inacreditável mas rigorosamente verdadeiro: a Câmara está disposta, a qualquer custo, a fazer o que chamam de reforma política, mas é apenas reforma eleitoral. E é uma vergonha das grandes, pois existe muita oposição, gente que não aceita o VOTO DE LISTA, uma das maiores imoralidades que se conhece no Brasil. Então, como esses deputados compõem grupo assustador oferecem vantagens.
Qual a vantagem que oferecem? "Apenas" isto: se aprovarem o VOTO DE LISTA, esses 513 deputados que foram eleitos em 2006, participarão OBRIGATORIAMENTE da lista.
Quer dizer: não haverá eleição, pois com esse INCRÍVEL retrocesso, os 513 participarão exclusivamente da lista, e lógico, estarão eleitos, pois não terão adversários.
Só um exemplo: no Estado do Rio são 47 deputados federais, dos mais diversos partidos. Terão que entrar na lista de todas as legendas. Assim, os 47 de hoje, serão os 47 de amanhã.
Então, um País que há mais de 100 anos precisa de renovação, (que há mais de 40 anos chamo de RENOVOLUÇÃO) eternizará os deputados de agora, que serão os de amanhã ou depois de amanhã. Que vergonha, que vexame, que República.
Uma das pessoas que mais admiro, e por quem tenho o maior apreço, se chama Neiva Moreira. Conheço-o desde que chegou à Câmara (ainda no Rio, ninguém pensava em Brasília), entrou logo na Frente Parlamentar Nacionalista.
Nunca me pediu nada nem eu a ele, tínhamos e temos apenas a amizade. Ontem Neiva me disse no telefone: "Não se deixe enganar pelos que difamam o governador Jackson Lago. Somos amigos a vida toda, o que dizem dele, é infâmia, intriga, mentira da grande".
O senador Dornelles, anteontem, já tarde, fez discurso duríssimo contra o amaldiçoado VOTO DE LISTA. Além de todos os atos de traição ao cidadão, ainda querem ser escolhidos por eles.
Decreto de Sérgio Cabral autoriza o secretário de Educação a contratar 1.250 professores para o ensino fundamental.
Condições: 20 horas semanais, salário de 437 reais mensais. Contratação temporária por 12 meses. O ensino público pode funcionar nessas condições miseráveis e calamitosas?
Não é possível. O ministro Mantega não sai da televisão. Monótono, cansativo, chatíssimo como dizia o grande Mario Reis. E nunca diz nada. O Brasil já teve ministros da Fazenda inócuos, mas não como esse.
No dia 12 de junho (anteontem) o BC alterou o regulamento, mandando registrar, em moeda nacional, o capital estrangeiro, que conste dos registros contábeis da empresa brasileira, que recebeu os dólares.
Agora o BC determinou o que deve ser o outro lado: brasileiros que tenham bens e depósitos no exterior, têm que declará-los. Os dois prazos terminam dia 30. Mantega não sabe de nada.
Rigorosamente verdadeiro: em o Globo de ontem, o secretário de Segurança (?) Beltrame, afirmou: "As Forças Armadas não estão preparadas para a guerra contra os traficantes".
Acontece que foi seu chefe, o governador, que pediu a Lula, publicamente, a vinda dessas Forças. Não é a primeirta vez que Beltrame se choca com Sérgio. Não pode ser demitido? Ha! Ha! Ha!
Logo que surgiu a idéia de uma CPI para as empreiteiras, disse aqui, com total segurança: não há uma possibilidade em um 1 milhão dessa CPI ser constituída. Não saiu nem sairá.
E ainda acrescentei: CPI sobre empreiteiras tem que começar pelo menos nos anos 50. É impossível haver obra no Brasil, sem pagar comissão, e até adiantada.
Na Comissão de Ética, ontem, falou o advogado de Renan Calheiros, Eduardo Ferrão. Apesar de ser colega de escritório de Nelson Jobim, dominou geral.
Ontem o dólar ficou inalterado o dia inteiro. Abriu em 1,94, fechou em 1,942, sem alta nem baixa. Muito raro.
Já a Bovespa, por causa do Day Tarde, caiu muito, subiu muito. Chegou a uma queda de 0,60% fechou em mais de 2 por cento.
No Brasil o surrealismo se exibe sem constrangimento. O ex-presidente FHC, que teve um filho fora de casa, pediu o afastamento de Renan Calheiros, exatamente por causa disso.
O atual presidente do Senado está sendo investigado, não pela paternidade, e, sim, pelo fato de supostamente ter usado ligações para solucionar a questão.
Já a paternidade do ex-presidente foi altamente tipificada, pela intimidação contra a mãe do seu filho.Se ela não aceitasse ir para o exterior (escolheu a Espanha) logicamente seria demitida. Quer dizer: FHC foi o lobista dele mesmo, não com dinheiro mas com o Poder de presidente.
Embora a revista "Caros Amigos" e o jornalista Sebastião Nery tivessem feito várias matérias, não se soube que FHC tenha pago pensão. Surgiram apenas rumores de que teria usado um amigo para a intermediação. FHC, indefensável.
XXX
Wilson Andrade, filho de Haroldo de Andrade, anunciou: na próxima segunda-feira, seu pai estará novamente comandando o programa de debates mais visto do Rio. Depois de 40 anos na Rádio Globo, fundou sua rádio, que é a terceira do Rio. Ficou meses, teve alta, volta satisfeito.
XXX
No Complexo do Alemão, hoje existe alguém que tem a maior popularidade: é o governador Sérgio Cabral. Só se fala no nome dele.
XXX
O ex-presidente da Infraero, Eduardo Petengill, está coberto de razão: "Lei não impede corrupção". Uma coisa tão simples, que só agora foi descoberta. É preciso que surja uma forma ou fórmula de como fazer obras sem empreiteiras. Será possível? Se for, desaparecerão as CPIs.
XXX
Debates duros ontem na Comissão de Ética do Senado, a respeito das acusações da Sujíssima Veja contra Renan Calheiros. Nada decidido.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Para PF, Vavá levava dinheiro

CAMPO GRANDE - Os depoimentos de Andrey Galileu Cunha, ex-homem de confiança de Nilton Servo - acusado de chefiar a máfia dos caça-níqueis -, ajudaram a Polícia Federal (PF) a concluir que Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cobrava dinheiro da máfia dos caça-níqueis para fazer lobby dentro do governo. Cunha disse que Vavá recebia dinheiro e favores de Servo e que o último pagamento que tem notícia foi feito em janeiro deste ano e foi de R$ 3 mil.
No depoimento, Cunha afirmou que "Vavá é amigo de Nilton e pedia favores a ele" e que "tem conhecimento de que Nilton chegou a dar R$ 3 mil para Vavá em janeiro de 2007". Na seqüência ele diz saber que "Vavá solicitou dinheiro a Nilton outras vezes".
Numa conversa entre Servo e uma pessoa identificada como Serra, no dia 14 de março, às 15h57, o suposto chefe do grupo relata que "de picado em picado arrumou para o Vavá uns 14, 15 paus". O interlocutor aconselha Servo a não arrumar mais dinheiro para o irmão de Lula, porque este "tem que mexer com o doce".
Na mesma conversa, que dura dez minutos, Servo comenta sobre um industrial de Manaus (AM) que está tentando um empréstimo de R$ 100 milhões no BNDES e "não está conseguindo resolver" e diz que vão tentar fazer lobby através de Vavá para conseguir a liberação.
Uma pessoa diretamente ligada à família de Cunha, que terá o nome preservado contou que Servo dava dinheiro periodicamente a Vavá, como forma de buscar contatos no governo e também para se aproximar do presidente Lula. Durante o depoimento da pessoa ligada a Cunha, foram mostradas fotos em que Servo aparece ao lado do presidente em um churrasco.
O encontro teria ocorrido em 2002, logo após Lula vencer as eleições. As fotos fazem parte de um álbum da família Servo. A imagem foi usada por Servo durante a campanha à Prefeitura de Bonito (MS), em 2004.
A reportagem apurou que os R$ 3 mil que Servo teria dado a Vavá em janeiro foram entregues num café, em São Bernardo do Campo. O encontro foi presenciado por um motorista que recebeu a incumbência de entregar para Vavá um envelope - com o dinheiro - levado por Servo. No local, havia câmeras de segurança.
O advogado de Vavá, Nelson Alfonso, afirmou ontem que ele não recebeu dinheiro de Servo. Para Alfonso, não há provas contra seu cliente. "Muita coisa foi dita, mas não há como provar. Vavá está sofrendo acusação, está sendo condenado como se fosse ilícito ser irmão do presidente da República."
Ele confirmou que Vavá é amigo do empresário Nilton Servo. "Vavá já reconheceu isso, que o Nilton é um amigo um pouco distante. Amizade não é pecado, até onde se sabe. Mas eles não têm negócios. Vavá não recebeu nada do Nilton. Nunca existiu lobby, ele vai a Brasília, já foi, mas não tem trânsito, não visita ministérios.
Não tem prova nenhuma de que ele recebeu dinheiro e nem de que oferecia facilidades em órgãos públicos. A Polícia Federal também não encontrou nenhum processo no Superior Tribunal de Justiça envolvendo Vavá em suposta exploração de prestígio." Sobre o grampo da PF que flagrou Vavá pedindo R$ 2 mil para Servo, o advogado foi taxativo.
"As gravações não provam nada, são meros indícios. Não houve crime nenhum. São 8 meses de gravação, tem gravação de todo mundo. Nesses 8 meses vou ter material para a defesa. A PF pegou trechos das gravações e requereu à Justiça prisão cautelar e mandado de busca. A PF editou as interceptações, os trechos que eles entregaram à Justiça."
Fonte: Tribuna da Imprensa

Polícia Militar e Força Nacional ampliam ação no Alemão

Depois de 43 dias de operações na Vila Cruzeiro, favela adjacente ao Complexo do Alemão, a Secretaria de Segurança decidiu ampliar o cerco a todas as saídas do conjunto de favelas da Zona Norte. A região foi ocupada no início da manhã de ontem por 450 policiais, 150 deles da Força Nacional de Segurança. Os outros 300 são PMs de 17 batalhões do Rio. A operação foi batizada de Cerco Amplo.
De acordo com o subsecretário de Integração Operacional, Roberto Sá, a nova estratégia da polícia é parte da segunda etapa do planejamento de ocupação da Vila Cruzeiro, o principal reduto do Comando Vermelho. A favela é contígua ao Complexo do Alemão, de onde partem os reforços que têm mantido a violenta resistência do tráfico à polícia nos últimos dias. Os confrontos já deixaram 17 mortos e 65 feridos.
A decisão foi tomada na noite de segunda-feira, numa reunião do secretário José Mariano Beltrame e da cúpula da segurança com o governador Sérgio Cabral. Naquele dia, o comandante da PM, coronel Ubiratan Ângelo, teve de encerrar às pressas um encontro com diretores de escolas no Complexo do Alemão e deixar o local sob forte tiroteio.
O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que ontem assinou convênio com a Ong Ibiss liberando R$ 850 mil para atividades esportivas na Vila Cruzeiro, afirmou que a operação policial é o caminho para o segundo passo de seu plano para a região. "Nossa orientação é continuar a combater a criminalidade para acabar com esse mando dos criminosos em comunidades. Isso é intolerável", afirmou. "Este é um trabalho sem trégua".
A Força Nacional chegou ao complexo de favelas às 8h50, ocupou os acessos à Favela da Grota. Os soldados foram recebidos com explosões de bombas artesanais e responderam com disparos de fuzil. Ao mesmo tempo, a polícia entrou na Vila Cruzeiro, onde também houve confronto. O comércio foi parcialmente fechado e as aulas foram suspensas nas escolas próximas. Homens, mulheres e até crianças foram revistadas pelos homens da Força Nacional.
"Estou com medo de andar por aqui. Entrei pela Grota para visitar a minha avó, isso aqui não era assim antes. Parece que nunca vai ter fim", disse o estudante R.P, de 13 anos, que havia sido revistado por agentes da FNS. A polícia ocupou "mais de 20 acessos", nas palavras de Roberto Sá.
Pela primeira vez, o Batalhão Florestal atuou simultaneamente, vasculhando as trilhas nas matas da Serra da Misericórdia, apontadas como rotas de fuga dos criminosos. Os policiais tinham mandados de prisão a cumprir e ordem judicial para desocupar três construções usadas como casamatas pelo tráfico. Os policiais militares não localizaram as casas.
Na Vila Cruzeiro, os tiroteios eram ouvidos do asfalto e os confrontos pareciam ocorrer a poucos metros. Sebastião Ribeiro de Souza, de 51 anos, trabalhava numa praça, na Avenida Nossa Senhora da Penha, quando foi atingido por um tiro no braço direito, à tarde. Ele foi levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas e não corre risco de morte.
O HGV recebeu uma mulher, vítima de espancamento, segundo o registro do hospital. S.M.L.N, de 49 anos, contou que estava em casa, na Vila Cruzeiro, com dois netos de 12 e 7 anos, e dois sobrinhos de 6 e 3. "Dois PMs forçaram o portão para entrar e queriam arrombar a porta. Eu fiquei nervosa porque estava sozinha com as crianças", contou. Ela trancou as crianças num cômodo e foi agredida. "Levei três ou quatro tapas no rosto. Sou irmã de policial militar. Estava com as crianças porque elas não têm aulas desde que essa guerra começou. Nunca me senti tão humilhada", disse ela, que ficou com hematomas. A Corregedoria da PM está investigando o caso.
Malucos
Apesar das trocas de tiros esparsas, o clima era tenso. Pelos rádios comunicadores, traficantes diziam que a vida de um policial valia R$ 5 mil. Outro dizia que agentes da Força Nacional não tinham coragem de entrar na favela. "Eles não são malucos de colocar a cara aqui dentro", provocavam.
Um morador irritou-se com a movimentação policial: "Lá dentro (no Complexo) ninguém entra. Ficam aqui apreendendo passarinhos", disse um morador, revoltado com a prisão por tráfico de animais de Jorge Oliveira Costa, de 70 anos, presos por agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, que aproveitaram a movimentação da FNS e da PM para apreender 16 pássaros silvestres negociados por Costa.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quarta-feira, junho 13, 2007

A CERTEZA DA IMPUNIDADE

Por SOARES

A corrupção desvia recursos que deveriam estar aplicados em serviços e obras públicas e afeta principalmente o cidadão pobre.Como resultado direto, portanto, a corrupção produz o aumento da pobreza e das desigualdades sociais

É curioso este país.O Congresso, nestes últimos tempos, mais tem se assemelhado a uma sala de delegacia de polícia em dia de muitas ocorrências do que a uma casa legislativa. Decorrente deste fato, a crônica política não tem sido muito diferente de uma crônica policial. Infelizmente. Seria melhor se ao invés de estarmos falando de corrupção, propinas, desvio de verbas e outras mazelas estivéssemos discutindo projetos, planos de ação, e tratando das tão necessárias e urgentes reformas , capazes de tirar o país da estagnação econômica e da degradação social: a reforma do Estado, nela incluída a reforma tributária, a reforma educacional, a reforma trabalhista e a reforma política. Mas assim não tem sido. Tal como a violência nos grandes centros urbanos tem se espalhado de forma assustadora, a corrupção tem se reproduzido como um vírus e parece estar cada vez mais fora de controle. Omitir este fato nas crônicas políticas, como se estivéssemos num mundo de puros e idealistas, é de alguma forma estar conivente com o que ele tem de danoso. Por isto, somos praticamente forçados, mesmo contra a vontade, a voltar freqüentemente ao tema. Por sinal, assunto é o que não falta. Semana após semana, dia após dia, os fatos se sucedem numa velocidade espantosa, fazendo com que o que até ontem era manchete de primeira página na imprensa, hoje tenha caído quase no esquecimento. As denúncias de que um irmão do presidente foi flagrado em pleno envolvimento com uma quadrilha que atua no ramo dos caça-níqueis quase fez cair no esquecimento uma denúncia muito mais grave - a que envolve parlamentares e empreiteiras, conforme revelado na denominada Operação Navalha da PF. Os fatos levantados pela PF, apesar de mostrarem apenas a ponta do iceberg, são mais contundentes, pois afetam o próprio Congresso como instituição, além de envolver uma soma ainda não avaliada, mas certamente fabulosa, de dinheiro público desviado.O caso está a merecer uma investigação muito mais consistente e profunda do que tem sido até agora. O senador Renan Calheiros é o símbolo mais evidente neste processo promíscuo e imoral. . Até agora suas explicações , frontalmente contestadas por sua ex-amante Mônica Veloso, são um acinte a qualquer mortal que tenha um mínimo de inteligência. Mas parece terem convencido à maioria de seus colegas no Senado. É o que se deduz da pressa com que eles tratam de inocentar o político alagoano, e o medo que demonstram quanto a qualquer tentativa de aprofundamento do caso, em especial a instalação de uma CPI.Na Comissão de Ética, num arremedo de investigação, o relator do caso, Epitácio Cafeteira, julga?desnecessário? ouvir os depoimentos do senador acusado e de Mônica. Deve ter o dom da onisciência. É fato reconhecido de que são promíscuas as relações entre empresas que prestam serviços ao governo e parlamentares. O que acontece nos bastidores todos comentam, mas ninguém assume.O fato é que obras públicas, que passam pelo crivo de parlamentares principalmente na elaboração do orçamento, são, em regra, superfaturadas e o fruto deste superfaturamento repartido generosamente entre as partes envolvidas, ou seja, os donos das empreiteiras e os políticos. O senador Pedro Simon, ao final da ?CPI dos Anões do Orçamento,? em 1993, já havia alertado para a atuação destes ?empresários? e sugerido a instalação de outra CPI que, ao seu ver, complementaria e consolidaria o trabalho da anterior- a ?CPI dos Corruptores?, segundo suas palavras. A CPI foi abortada no governo de Fernando Henrique pela maioria do Congresso.O senador gaúcho nos últimos anos ainda voltou a insistir, com uma certa dose de ingenuidade, na necessidade desta CPI. Em vão. Por motivos que vão se tornando cada vez mais óbvios,a poucos congressistas interessa mexer neste vespeiro . Mas o perigo nesta sucessão de escândalos que assola o noticiário, está no fato de se tornarem tão repetitivos a ponto de fazer com que os cidadãos se tornem insensíveis e percam a capacidade de se indignar E é o que já parece estar acontecendo. O fato é que a corrupção é o pior câncer que pode ocorrer no tecido político e social de um país. Ela desvia recursos que deveriam estar aplicados em serviços e obras públicas e afeta principalmente o cidadão pobre, carente de hospitais e postos de saúde, escolas, saneamento, segurança e transporte.Como resultado direto, portanto, a corrupção produz o aumento da pobreza e das desigualdades sociais. Mas se o cidadão comum aos poucos vai perdendo a capacidade de se indignar diante deste quadro de roubalheira generalizada, o que dizer então de políticos e empresários envolvidos diretamente nesses escândalos? Eles que, de alguma forma, têm acesso aos recursos públicos, continuam a dançar conforme a música. Sabem que apesar de todo o alvoroço provocado pelas ações do MP, da PF, e pelo noticiário da mídia, estão protegidos por uma legislação feita sob medida para punir com severidade os pobres e tratar com benevolência aqueles que possuem uma robusta conta bancária.Um bom time de advogados, treinados a usar em favor de seus clientes as brechas, artifícios e recursos que a lei possibilita, se encarrega de levar a decisão final para as calendas gregas. A certeza da impunidade faz com que todos eles, apesar do estardalhaço provocado por cada denúncia , continuem, lépidos e fagueiros, a trilhar o caminho da corrupção.Infelizmente, no Brasil o crime ainda compensa. 130607 http://blogdofasoares.blogspot.com/
Email:: fasoares15@bol.com.br URL:: http://blogdofasoares.blogspot.com/
Fonte: CMI Brasil
A juíza da 7ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Belo Horizonte, Mariângela Meyer Pires Faleiro, deferiu uma liminar requerida por um candidato a um cargo público e determinou que ele realize as demais etapas do concurso e apresente o diploma de conclusão do curso de direito na data da posse, caso seja nomeado. Da decisão, que tem caráter provisório, cabe recurso.De acordo com a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), na ação, o candidato declarou que fez concurso para o cargo de delegado e foi aprovado nas primeiras etapas. Na fase seguinte, foi exigida a apresentação de títulos comprobatórios de seus conhecimentos, juntamente com o diploma de graduação do curso de direito. No entanto, o candidato ainda está cursando o 9º período do curso de direito. Foi informado pela comissão do concurso que, se não apresentasse os documentos exigidos, seria reprovado sem participar das etapas seguintes. O candidato então recorreu à Justiça, pedindo uma liminar que garantisse seu prosseguimento em todas as fases do concurso, independentemente da apresentação do diploma de conclusão do seu curso superior. Segundo a juíza Mariângela Meyer, a questão já é “sumulada” pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e prevista na Constituição Federal. “O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público”, ressaltou. Na decisão, a magistrada ressaltou que a liminar tem o caráter provisório e está vinculada à condição de que o candidato deve apresentar toda a documentação exigida no edital, até a data da posse. Não o fazendo, a medida será revogada ou perderá o seu efeito. “Tais documentos devem ser apresentados, obrigatoriamente, até o dia da posse, sob pena de não ter ele preenchido os requisitos para tanto”, observou.
Fonte: Última Instância

Estado é obrigado a fornecer medicamento para diabético, diz TJ-MS

O Estado do Mato Grosso do Sul foi obrigado a fornecer insulinas e medicamentos que não são disponibilizados pela rede pública de saúde e têm um custo mensal de aproximadamente R$ 600 a um portador de Diabetes Mellitus, tipo 2. A decisão é da 2ª Turma Cível do TJ-MS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul), que negou provimento ao recurso interposto pelo Estado contra decisão de primeiro grau que favoreceu um portador da doença.Segundo informações do TJ-MS, na ação o autor afirma que não possui condições financeiras suficientes para custear a despesa com os remédios e sem o devido antídoto a saúde dele pode ter dados irreversíveis à saúde. O não cumprimento da decisão resultará em multa por dia de atraso no fornecimento.No entendimento da inicial, saúde é direito constitucional e pertence ao Estado o dever de cumprir com a obrigação. No voto se fez constar que por força do artigo 196 da Constituição Federal, o Estado, seja em âmbito federal, estadual ou municipal, é obrigado a fornecer a todo e qualquer cidadão, sem distinção, os medicamentos de que necessita.Além disso, a antecipação de tutela (dar razão a uma das partes antes de analisar o mérito da questão) foi aplicada para oferecer condição de sobrevivência, considerando principalmente que ficou provado nos autos a verdade da necessidade do medicamento ao apelado.
Fonte: Última Instância

Lula diz que seu irmão é "lambari" em meio a "pintados" investigados pela PF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou as suspeitas de tráfico de influência relacionadas ao seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, indiciado pela Polícia Federal dentro das investigações da Operação Xeque-Mate. Lula reafirmou que duvida da participação de seu irmão em irregularidades. Segundo ele, Vavá não é lobbista e está "mais para ingênuo". O presidente ainda afirmou que não cabe a ele ficar respondendo sobre o que entra e sai dos jornais em relação ao tema."A Polícia Federal pede a quebra do sigilo telefônico de uma pessoa e se prepara para encontrar um cardume de pintados. O Vavá nessa história me parece mais um lambari que foi pego. Qual a vantagem? Ele é um lambari especial, é irmão do presidente da República", disse. "Quero saber se há algum atendimento, se há alguma coisa do Vavá em algum órgão do governo. Para mostrar que ele não era lobbista, é que eu duvido que tenha alguma coisa do Vavá, não nesses dois anos, mas nesses quatro anos e meio, que tenha sido atendida."Indagado sobre as ligações de seu outro irmão, Frei Chico, à Vavá para alertar sobre as investigações, Lula respondeu que não tem controle sobre ele. "Primeiro, que eu não tenho controle sobre Frei Chico. Ele é dois anos mais velho que eu. Ele é que deveria ter controle sobre mim. No Nordeste, irmãos mais velhos constumam mandar nos mais novos. Não acredito que o Vavá seja lobbista. E vou dizer porquê. Se vocês conheceram o Vavá ele está mais para ingênuo do que para lobbista", disse. "Frei Chico conversou com o Vavá. Eu quero mais é que conversem, eles são irmãos. Eles tem mais é que conversar: antes, durante e depois."O presidente Lula ainda afirmou que sempre orientou seus irmãos a encararem como "picaretas" empresários que os procurassem direitamente para pedir "favores". E alertou ao irmão Vavá que "só pelo fato de ele ser meu irmão, ele teria que ter mais responsabilidade, ele deveria saber as implicâncias que tem". A Operação Xeque-Mate cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Vavá, mas ele não foi preso. O irmão do presidente aparece em uma gravação cuja íntegra não confirmada pela Polícia Federal.Deflagrada no último dia 4, a Operação Xeque-Mate resultou na prisão de 80 pessoas. Treze já estão em liberdade desde a última sexta-feira, quando foram prorrogadas as prisões temporárias de apenas 67 presos. Todos prestaram depoimentos na Superintendência da PF, em Campo Grande. As informações servirão para o delegado Custódio embasar seu pedido de prisão preventiva. Cinco suspeitos continuam foragidos.Autor: Elaine Patrícia CruzFonte: Agência Brasil
Fonte: Juristas

Google e Ministério Público Federal fazem acordo

Um convênio de cooperação acertado entre o Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF-PE) e a Google Inc. vai facilitar a investigação, a punição e o combate aos crimes digitais. O acordo operacional será assinado nesta quarta-feira (13) e vai agilizar a apuração de delitos cometidos pela internet, como, por exemplo, em comunidades do Orkut - maior site de relacionamento do país - que incitam o rascismo e a pedofilia.Com a medida, que já vem sendo utilizada por Ministério Públicos estaduais do Brasil, o acesso a dados cadastrais dos internautas será sistematizado, ficando mais fácil e ágil. O acordo será formalizado às 9h30 na sede do MPF - PE com a presença do procurador-geral de Justiça Paulo Varejão e do procurador da Google no Brasil, o advogado Durval de Noronha.Da Redação do PERNAMBUCO.COM

Lula estabelece mais um recorde

Por: Augusto Nunes

O jornalista Ruy Castro navegava distraídamente pela internet quando localizou, nas águas da Wikipédia, uma "lista de escândalos de corrupção no Brasil". Ao conferir o achado, topou com uma relação de 222 episódios ocorridos entre 1974, no início do governo Ernesto Geisel, e a primeira quinzena deste junho, já na segunda etapa da era Lula.
Na edição do dia 11, o colunista da Folha de S.Paulodivulgou as marcas alcançadas pelos sete servidores da nação. A competição é liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, com 101 ocorrências. Vai superar o recorde com a entrada da Operação Xeque-Mate na procissão de pecadores, que ainda exibe no último andor a Operação Navalha.
Com bom desempenho, mas longe do campeão, aparecem em seguida Fernando Henrique Cardoso (44 pontos), Itamar Franco (31), Fernando Collor (19), Ernesto Geisel (10), João Figueiredo (11) e José Sarney (seis). No acervo de Sarney, ressalvou Ruy Castro, não figura a farsa da licitação para as obras da Ferrovia Norte-Sul, desmascarada pelo jornalista Janio de Freitas. Outra omissão relevante suprime do legado de Figueiredo a bomba detonada no estacionamento do Riocentro por terroristas fardados.
Nas páginas reservadas aos governos militares, o autor do levantamento ignora a fronteira que separa casos políticos e casos de polícia. As ocorrências do governo Geisel, por exemplo, misturam o Caso Atalla e o Caso Lutfalla - genuínos monumentos à corrupção erguidos por bandos de figurões federais, políticos ladrões, mafiosos no comando de partidos, caciques regionais e empresários bandidos - com assassinatos hediondos (Caso Vladimir Herzog e Caso Manoel Fiel Filho) ou projetos políticos que mudariam o país para melhor, como "a abertura política".
Tais falhas se tornam desprezíveis diante da relevância de constatações reafirmadas, com minúcia e consistência, pela lista da Wikipédia. Na ditadura ou na democracia, seja o presidente militar ou civil, rouba-se muito no Brasil. As quadrilhas federais sempre encontraram meios de saquear os cofres públicos. Pecam sem remorso, violam as leis sem sobressaltos por saberem que a impunidade aqui prevalece desde o desembarque da primeira caravela.
A leitura da lista avisa que as coisas vão mal: a turma toda está por aí, gastando fortunas tungadas do povo. E confirma que, no Brasil, o que está ruim sempre pode piorar. A Polícia Federal passou a investigar e prender com competência e rigor, dirão os devotos de Lula. Mas ninguém é condenado, replicam os fatos. Nem mesmo amigos e parentes do chefe escapam da mira dos investigadores, lembrarão os bons companheiros. Está provado que Lula não tem nada com isso.
Ele nunca sabe de planos criminosos em andamento. Consumados, exige provas. Confrontado com montanhas de evidência, avisa que espera a decisão da Justiça. Mas absolve liminarmente meliantes de estimação.
Foi assim com José Dirceu, Antonio Palocci, Delúbio Soares, Silvio Pereira, José Genoino, João Paulo Cunha, Severino Cavalcanti e tantos outros mensaleiros. Foi assim com o tesoureiro portátil Paulo Okamotto, o churrasqueiro particular Jorge Lorenzetti, o padroeiro Roberto Teixeira. E assim sempre será: Lula é amigo dos amigos.
É também homem de família, e por isso reage com desdém ou indignação a histórias mal contadas envolvendo doações em dinheiro que beneficiaram parentes próximos. Foi assim com a filha Lurian e o filho Lulinha. Assim tem sido com o irmão Vavá, que transformou carteira de identidade em gazua.
O Brasil inteiro sabe disso há dois anos. Menos Lula.
Fonte: JB Online

Parisinhas, uni-vos!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! Brasília Urgente: os vendedores de bilhete da Loteria Federal estão reclamando. Quando eles gritam 'Olha a federal! Olha a federal', sai todo mundo correndo! E vocês viram a foto do Lula acendendo a tocha do Pan? Um leitor me disse que o Lula acendeu a tocha no bafo. Rarará. Porque tá sempre de fogo! E diz que o problema do Lula é não poder xingar a mãe do Vavá. Mas já xingaram muito a mãe do Vavá por causa do Lula! E essa: 'Zôo de Itatiba fará exame de DNA pra descobrir quem é o pai do bebê hipopótamo'. Perda de tempo. O pai do hipopótamo é o Renan Calheiros. Só falta achar o nome pro filhote e estipular o valor da pensão. E o Clodovil, ops, a Clodovéia teve alta. A vida da Clodovéia é cheia de altas e baixas. Altas e baixarias. Aliás, altas baixarias. Rarará! É sempre assim: dá baixaria, fica em baixa, se interna e leva alta! Parisinhas, uni-vos! Em solidariedade a Paris Hilton, todas as parisinhas do mundo deviam fazer uma vigília. No shopping, claro. Botavam um cartão de crédito no chão e acendiam uma vela! 'Visa, Mastercard e American Express! Libertem Paris Hilton.' E a Paris declarou para Barbara Walters que agora encontrou Deus. Claro, ela não tá mais badalando, vai encontrar quem? A Britney Spears? O dono da Universal? E já dei a definição de patricinha: um chiclé de bola com cartão de crédito! Rarará. É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro: é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que tem uma charrete de aluguel em Poços de Caldas com a placa 'MITSU BICHO'! Rarará! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. 'Autista': irmão do companheiro Lula aumentando o valor das propinas. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje, só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno. E Vavaindo que eu não vou!
Fonte: O POVO

Seduzindo o Consumidor

Samanta Petersen de OPOVO.com.br

Os Sex Shop são um mercado que vem vencendo o preconceito e se afirmando como negócio, atraindo público em busca de prazer e auto-conhecimento
Os Sex Shop têm o Dia dos Namorados como o seu melhor período de vendas. Nesta época os namorados aproveitam para incrementar o relacionamento e dar presentes que serão usados pelos dois. E dentre os presentes que elas e eles mais procuram para o dia estão lingeries, cosméticos e joguinhos. "Para o dia dos Namorados temos um incremento de vendas de até 60%" enfatiza Joelson Rodrigues Alves, gerente da Anjo Sado. Já para a proprietária da Via Libido, Elisabeth Andrade, o dia dos namorados é como se fosse época de Natal. Mesmo comemorando às vendas, os proprietários ainda lembram que apesar da diminuição do preconceito e da vergonha em freqüentar uma loja que vende "brinquedos para adultos", ainda é preciso um certo de discrição para trabalhar neste mercado. "Ainda existe um certo preconceito, mas de uns tempo para cá o sexo vem sendo um assunto que é comentado mais abertamente e às pessoas já entendem que o que vendemos é prazer, alegria e diversão", analisa Clecil Lima, proprietário da Putz, o primeiro Sex Shop de Fortaleza. E enquanto alguns clientes não se importam em passear pelo sex shop, outros preferem a discrição de um atendimento individualizado dentro da própria loja e até mesmo em casa. E para atender cada tipo de cliente existem sex shoppings que se diferenciam pelo forma de atendimento. Numa primeira olhada a Anjo Sado parece uma loja de lingerie, mas ao se entrar na loja pode-se começar a perceber que está é apenas fachada para os mais de cinco mil itens disponíveis. E para quem prefere não ser identificado, a loja possui uma sala vip ou então visitas à domicílio. Já a Via Libido procura ser uma loja "normal", onde o cliente entra, olha, escolhe e compra. "O que procuramos fazer é ser o mais discreto possível, guardando logo o que o cliente vai levar", explica a proprietária da loja, Elisabeth Andrade. Se o cliente não se sente bem em entrar e procurar o que deseja, a loja oferece a venda pela internet e também por catálogo. Para quem procura discrição total, a Putz é uma boa escolha. No Sex Shop só entra um cliente por vez enquanto o outro espera em uma ala reservada. "A nossa loja é voltada para um público discreto ou tímido que não quer encontrar ninguém. Que não quer que outro cliente fique olhando o que ele está escolhendo", destaca Clecil. Neste mercado quem mais parece ter perdido o preconceito são as mulheres. "Cerca de 80% do nosso público é feminino. Às mulheres procuram algo pra apimentar mais o relacionamento", garante Joelson Rodrigues Alves. E as mulheres não são apenas as que mais compram, elas também investem no mercado. É o caso de Elisabeth Andrade que há dez anos trabalha no ramo. "O primeiro Sex Shop que eu entrei foi o meu. Hoje estamos sendo testemunha da mudança que vem ocorrendo quando se trata de sexo, especialmente, em relação à mulher que busca cada vez mais o prazer, o conhecimento do próprio corpo e o do outro também".
Fonte: O POVO

Raio Laser

Tribuna da Bahia e equipe
Freio de…
É atribuído em parte ao governador Jaques Wagner (PT) o recuo de seu partido na decisão de se afastar do governo João Henrique (PDT) na longa reunião realizada pelo diretório municipal da agremiação na última segunda-feira. Em encontro com os líderes das principais correntes representadas no colegiado momentos antes da reunião que entrou pela madrugada, Wagner teria dito que respeitaria qual fosse a decisão da legenda, mas fez algumas ponderações.
...arrumação
Uma das reflexões lançadas ao grupo pelo governador é que uma eventual escolha pelo desembarque da administração municipal poderia repercutir na sua base de sustentação na Assembléia Legislativa, já que o PMDB, partido ao qual o prefeito deve se filiar, é um de seus principais aliados. Mas uma segunda ponderação calou mais forte no destacado time que o ouviu: a de que continuaria mantendo uma relação de apoio institucional à Prefeitura, mesmo que a opção fosse pelo rompimento com João Henrique.
Com a barriga
Após o encontro com o governador, foi com um sentimento pelo afastamento da administração João Henrique (PDT) levemente enfraquecido que os setores mais empenhados nesta tese se dirigiram à reunião do diretório municipal na segunda-feira à noite. E o clima que se esperava exaltado, com discursos apaixonados contra e à favor a manutenção da aliança com o chefe do Executivo Municipal, acabou arrefecendo. Pelo menos temporariamente.
Vou não vou
Apesar do tom cauteloso de Jaques Wagner com relação à administração municipal, foi uma postura considerada “vacilante” por parte do deputado federal Nelson Pelegrino durante o encontro de segunda-feira o que segurou a legenda no governo municipal. Provavelmente influenciado também pelas ponderações do governador, Pelegrino fez discurso igualmente refletido chamando a atenção para o risco de o PT sair da administração isolado e desunido internamente, quadro impensável para que assuma, por exemplo, a candidatura da sigla a prefeito.
“Felomenal”
Raimundo Varela deixou de ser a única vedete da televisão no mundo político. O repórter Zé Bim, do programa Se Liga Bocão, para tirar o sono do apresentador Zé Eduardo, também está na alça de mira de muitos partidos baianos. Como alvo de propostas que vão de uma simples candidatura a vereador até à condição de candidato a vice em chapas majoritárias.
Associação Comercial
Cerca de mil empresários, sócios da Associação Comercial da Bahia, vão às urnas amanhã, no período das 9h às 18 horas, para eleger a diretoria, o conselho superior e a comissão de contas da secular entidade para o biênio 2007/2009. A única chapa inscrita é liderada pelo empresário Eduardo Morais de Castro, da firma Morais de Castro & Cia, que opera na importação e exportação de produtos químicos e petroquímicos, com quase 50 anos de atividade. Ele substituirá a empresária do ramo de óticas, Lise Weckerle, a primeira mulher a presidir a instituição nos seus 196 anos de fundação. Dentre outros, compõem a chapa, como vice-presidentes, os sócios Hilton de Moraes Lima, João Lopes de Araújo, Marcos de Meirelles Fonseca, Nelson Teixeira Brandão e Renato Augusto Novis. A solenidade de posse acontecerá no dia 16 de julho, às 18 horas.
Infância
O procurador-geral de Justiça, Lidivaldo Britto, assinou ontem um acordo de cooperação com a delegada Regional do Trabalho substituta, Norma Nascimento, e a procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho, Adélia Marelin, por meio do qual pretende desenvolver a atividade de prevenção e repressão à exploração de crianças e adolescentes, realizando também um trabalho de conscientização e sensibilização da comunidade, para que sejam melhor elaboradas estratégias de enfrentamento ao trabalho infantil e proteção ao trabalho adolescente.
Sutilmente
Com seu principal líder apontado como nome preferencial do PMDB para uma eventual candidatura a vice na chapa de João Henrique, a tendência do deputado federal Walter Pinheiro, maior estrela da Democracia Socialista (DS), adotou postura low profile na reunião da última segunda em que o PT discutiu o desembarque da administração municipal. A ponto de ser vítima de comparações às avessas com o caso Luizianne Lins, a prefeita petista de Fortaleza que se elegeu contra a v ontade dos principais líderes de seu partido.
Por um triz
Por um triz, a Articulação de Esquerda, corrente do presidente do PT, Marcelino Galo, não decidiu pôr em votação a proposta de sair do governo João Henrique na reunião da última segunda-feira. Por um triz, não, apenas por considerar o recuo de Nelson Pelegrino e buscar preservar a unidade interna da legenda, corrigiu ontem privilegiada fonte petista, convicta de que, se o tema fosse votado, fatalmente a tese da debandada teria vencido.
CURTAS
* Unidade - Evitada no encontro de segunda-feira, a votação sobre a proposta de sair do governo João Henrique será levada a efeito no próximo encontro do diretório municipal do partido para decidir o tema, marcado para o dia 26, data em que setores do partido já esperam ter amadurecido o suficiente o debate interno para conseguir uma posição coesa da legenda, qualquer que seja ela. * Auto-ultimato - Na reunião do diretório municipal do PT na segunda-feira passada, o secretário municipal de Saúde, Luís Eugênio, uma das duas indicações da legenda ao governo de João Henrique, avisou em discurso que, doa a quem doer, sua permanência na administração não passa desta sexta-feira. Sob pena de amargar uma verdadeira desmoralização. . * Ironia - Sob orientação ou não do seu chefe maior, o prefeito João Henrique (PDT), o secretário municipal da Fazenda, Oscimar Torres, fez grandes estragos ontem nas figuras do seu colega da Saúde, Luis Eugênio, e de seu antecessor na pasta, Reub Celestino, mas não deve ficar impune. Estaria exatamente na Ebal, órgão estadual da cota do PMDB e atualmente comandado por Celestino, o nome a respeito do qual se fala muito para substituir Torres. * Efeito - Embora com peso relativamente pequeno nas discussões sobre a saída do governo João Henrique, prefeitos petistas também influenciaram na decisão de segunda-feira, ao deixar claro que o rompimento da aliança poderá comprometer composições estratégicas em outros municípios de interesse do PT. * Roupa suja - Considerado o grande vitorioso do primeiro round da briga com o PT, João Henrique precisa botar as barbas de molho apenas com relação ao documento que o partido prepara para discutir a repactuação de sua relação com o governo municipal. Gurpos mais afoitos da legenda defendem que o texto traga a público os motivos das críticas que a legenda faz à atual administração, a exemplo dos recursos destinados pela gestão atual a áreas como Saúde e Educação. * A polêmica ... - A polêmica das placas foi o tema dominante ontem na cidade. A Prefeitura de Salvador, através da Sucom, citou a empresa Linhares de Outdoor, para que providenciasse a imediata retirada de dez placas publicitárias em pontos da cidade, divulgando a “Revista Metrópole”, do apresentador Mário Kertèsz. A razão seria uma foto estampada na capa da revista com uma figura muito parecida com o prefeito João Henrique usando uma caracterização de palhaço. O prefeito não gostou e sua área de comunicação embarcou na tese de mandar tirar o outdoor. * ...das placas - A decisão acabou dando ao radialista uma mídia inesperada. A curiosidade pela revista cresceu e agora todo mundo quer saber o que tem nela. Na esfera municipal, a ordem foi silenciar e fazer de conta que a iniciativa foi da empresa que tem a concessão para exploração das placas. A empresa, que é concessionária pública, não quis falar sobre o assunto. O caso promete render até porque os dois lados se julgam ofendidos.

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