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Faltando
pouco mais de quatro meses para o fim do mandato dos atuais prefeitos e
alguns dias para as eleições municipais, algumas cidades da região
ressurgem da noite para dia com obras sendo iniciadas por todos os
lados. Estas ações, conhecidas como obras eleitoreiras têm como
finalidade bem clara: apostar na falta de memória do povo, criar
empregos de última hora, proporcionar uma falsa sensação de
desenvolvimento na geração de emprego e renda etc.
Para
quem prometeu muito, o que está sendo feito em algumas cidades não
passa de uma bela esmola. Em muitos casos são obras que estavam paradas.
Observa-se nestes dias que antecedem as eleições, ruas com trechos
interditados, praças fechadas, construção de creches, complexo
esportivo, enfim. Alguns municípios viram verdadeiros “canteiros de
obras” nesta época. Fazer obras na véspera da eleição, além de tapeação,
gera prejuízos ao município, pois muitos dos atuais prefeitos foram
eleitos para governar apenas quatro anos e não poucos dias da eleição.
Em
recente entrevista concedida a imprensa nacional, o professor do
Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco
Antonio Teixeira, avaliou que a prática de concentrar inaugurações de
obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão
pública. Uma pesquisa divulgada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada) com base em dados de 1995 a 2011, revela que o
investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal,
sempre aumenta em ano de eleição.
Em
contrapartida, quando não há disputa por cargos, há contenção de
despesas. Este tipo de ação segundo o IPEA é comum entre os governantes
que Deixa seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente
para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de
fazer o seu próprio sucessor. Para tanto digo que, a ferramenta mais
importante para evitar amargos dias de arrependimentos ainda é o título
de eleitor.
Votar conscientemente é
muito importante, sem nunca aceitar presentinhos interesseiros para
digitar o número do candidato na urna eletrônica e depois apertar o
“confirma”. Voto não tem preço. Tem consequência. E a principal
consequência é sempre a mesma: quatro anos de atraso, de falta de
perspectivas sócio-econômicas, e podem significar ainda, duros dias para
a saúde pública, educação, meio ambiente, cultura e o social.
Por Marco Aurélio (http://sitebarra.com.br/2012/09/obras-eleitoreiras-sao-comuns-na-vespera-da-eleicao.html)