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domingo, agosto 11, 2013

Supremo decide quarta-feira se 11 réus do Mensalão terão novo julgamento





A grande farsa


Carlos Chagas


Lewandowski agiu ilegalmente para aprovar contas do PT e de Dilma


Roosewelt Pinheiro

Agência Brasil

Estatuto da Juventude é mais uma lei do tipo faz-de-conta


Carlos Newton


Uso do gás de xisto pode revolucionar a economia mundial


Gelio Fregapani


Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)





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CORRUPTOS VIVEM EM PROFUNDAS TOCAS
SÃO MUITOS E DIFÍCEIS DE CAPTURAR
Vou ao dicionário e encontro a palavra corrupção como derivada do latim corruptus, que significa “quebrado em pedaços”, “apodrecido”, “pútrido”, “devasso”, “depravado”, “subornado”. Corrupção é sedução por dinheiro, propostas, poder, presentes, ofertas, levando alguém a afastar-se da retidão. O verbo corromper significa “alterar, adulterar, subornar, deteriorar-se, perverter-se, depravar-se”.
O escritor Machado de Assis afirma que “a vaidade é o princípio da corrupção”. Enquanto em teoria política, Lord Acton afirmou que “o poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente.” Com essa afirmação sobre o poder político, o autor diz que a autoridade política nas sociedades humanas, em função apenas e tão somente de sua existência (autoridade política), tende a danificar as relações entre seres inicialmente dotados de igualdade. “O poder político tende a corromper”, porque o poder político faz de seu detentor uma pessoa diferente das demais, cercando-a de símbolo, distinções, privilégios e imunidades que sinalizam hierarquia superior, ocorrendo com o passar do tempo uma transformação do indivíduo privado em uma autoridade pública que usa o poder em benefício privado. Nesta metamorfose acontece a corrupção do poder político.
Vivemos, atualmente, em nosso país, momento de comportamentos imoderados de pessoas nos variados segmentos da sociedade, especialmente na área política, que estão subornando e sendo subornadas. Passam às futuras gerações e aos delinquentes de menor porte, a ideia de que é preciso “ser esperto; vivo”, para vencerem na vida, adquirindo patrimônios vultosos, via poder ou representações que passam a ter.
De um modo geral, generalizamos o termo corrupção, associando-o aos governantes, funcionários públicos ou empresários envolvidos com as questões político-administrativas. É certo que os grandes escândalos, e estes vem, quase que diariamente denunciados pela imprensa, estão relacionados a estes grupos e nós vamos perdendo a sensibilidade de escandalizarmos mais, até porque são muitos e um atrás do outro, passando a serem triviais, comuns e corriqueiros.
O relatório anual da ONG Transparência Internacional, divulgado em 26 de outubro de 2010, deu uma pontuação de 3,7 para o Brasil, numa escala de zero a dez, entre 178 nações, ficando nosso país em 69° lugar, juntamente com Cuba, Montenegro e Romênia. Dinamarca, Nova Zelândia e Cingapura, dividiram a primeira colocação com 9,3 pontos. Dos 178 países avaliados, 75% não obteve nota superior a 5,0.
O país sul-americano mais bem colocado no ranking como exemplo positivo foi o Chile, que subiu de 6,7 pontos em 2009, para 7,2 em 2010. Segundo Alejandro Salas, diretor regional para as Américas da Transparência Internacional, é que “no Chile há a percepção de autonomia da justiça e de uma polícia livre de corrupção”, citando também, uma recente lei chilena que permite o acesso de cidadãos a informações de contas e contratações públicas.
Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional, diz em comunicado, que “os resultados mostram que são necessários esforços significativamente maiores para fortalecer a governança no mundo”, enquanto Salas, opina que melhoras no panorama global dependem de mudanças individuais. “Em muitos países os indivíduos tendem a se ver como vítimas do sistema. Mas o indivíduo pode ser proativo e sair do círculo da corrupção.”
A lista da corrupção é impossível de ser relatada por completa. São centenas de milhares, desde os menores aos maiores municípios. Em todos os níveis, municipal, estadual e federal. Em todos os poderes, entidades e setores variados públicos, privados e de representatividades empresariais, sindicais, profissionais, de saúde, religiosas e outras tantas.
Registro caso Lutfala, escândalo da mandioca, caso Capemi, escândalo da Previdência Social, escândalo do Inamps, jogo do bicho, escândalo do Sivam, pasta rosa, caso PC Farias, escândalo da desvalorização do real, escândalo dos medicamentos, caso Celso Daniel, escândalo dos gafanhotos, caso Waldomiro Diniz, escândalo Paulo Maluf, caso Jorgina de Freitas, escândalo dos vampiros, escândalo dos dólares na cueca, caso Daniel Dantas e alguns mais recentes, como máfia do lixo, caso Renan Calheiros, escândalo Luiz Estevão, caso juiz Nicolau, mensalão, cartão corporativo, merenda escolar, casos Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, Ministério dos Transportes, DNIT, Ferrovia Norte Sul e caso Palocci.
São tantos que um vai fazendo esquecer o anterior, porém, estamos vivendo em um regime democrático em que a sociedade tem encontrado na imprensa e no Ministério Público, um suporte para que estes acontecimentos negativos sejam conhecidos pela população, estando hoje a Polícia Federal com a confiança do povo e atuando firme, realizando investigações que nos permitem acreditar que o campo e o espaço dos desonestos estão diminuindo.
Creio que temos reservas morais na política e na sociedade brasileira capazes de não deixarem que tudo vire pó, pois ultimamente, tudo está acabando em pizza.
Por isso, concluo este artigo de forma leve, falando sobre o corrupto, crustáceo decápode cavador que pertence à família callianassidae, que possui garras em forma de pinças. É um gênero que possui cerca de 90 espécies.  Com as espécimes de maior tamanho, deve-se tomar muito cuidado, já que sua garra causa ferimentos. São muitos, não aparecem e difíceis de capturar, embora vivam em praias rasas de areia fina, próximos à linha d’água, mas em profundas tocas verticais escavadas na areia.
Quanto maior o buraco, maior o animal que nele habita. Está presente ao longo das praias oceânicas do litoral brasileiro, desde a costa nordeste até a costa sul, sendo sua estrutura extremamente delicada. É excelente isca inteiro ou em pedaços, formando uma “bolota”, é profundamente atrativo para “peixes de boca grande.”
Será que consegui, embora figuradamente transmitir a ideia do quanto um corrupto é forte  a da dificuldade para captura-lo?
 


(Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, delegado de polícia aposentado, professor e Grão-Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás – barbosanunes@terra.com.br)

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