CAMPANHA

LBI IMPULSIONA ATIVIDADES PELA LIBERDADE DE CESARE BATTISTI

A LBI participou das atividades da campanha pela liberdade de Cesare Battisti ocorridas em São Paulo e Fortaleza nestes dias 26 e 27 de janeiro. Na capital paulista integrou a mesa do ato-debate ocorrido na Faculdade de Direito da USP, iniciativa que contou com a participação de mais de 100 companheiros. Em Fortaleza organizou com outras forças um ato-show que se realizou na Praça do Ferreira, no centro da capital cearense, neste dia 27. Em ambas as atividades os militantes da LBI defenderam que diante da decisão do então presidente Lula de formalmente ter negado a extradição de Battisti, mas não ter ordenado sua soltura do Presídio da Papuda, era necessário que o movimento de massas denunciasse o governo da frente popular por ter cedido às pressões do imperialismo italiano assim como exigisse da atual presidente Dilma Rousseff, através de sua ação direta, a imediata liberdade do ex-militante do PAC antes da decisão do pleno do STF, marcada para começo de fevereiro, pois o "Supremo" já votou anteriormente pela extradição e a dupla Peluzo-Gilmar Mendes estão claramente à serviço do fascista Berlusconi.

Em São Paulo, o ato-debate em prol da liberdade imediata a Cesare foi bastante expressivo. Além da LBI, a mesa do debate contou com a participação de Carlos Lungarzo da Anistia Internacional, Celso Lungaretti, jornalista pertencente ao comitê nacional Cesare Livre e de outros dez debatedores entre eles os professores José Arbex Jr., Paulo Arantes, o senador Eduardo Suplicy (PT), os dirigentes de movimentos populares Marcelo Buzeto (MST) e Gegê, da (CMP), além de Alípio Freire do Jornal Brasil de Fato e Rogério Perito representando o Tribunal Popular. Registre-se a completa e vergonhosa ausência do PCO, PSTU, TPOR e LER-QI nesta importante atividade em defesa de Cesare amplamente divulgada entre a esquerda.

O companheiro Wiliam Ferreira, representando a LBI, foi o primeiro a fazer uso da palavra. Destacou que a liberdade de Cesare Battisti depende que identifiquemos contra quem estamos lutando. Baseado nas palavras do próprio advogado de Battisti abriu a polêmica sobre a prerrogativa pela concessão de asilo político e emissão do alvará de soltura serem do Poder Executivo, portanto, do presidente Lula à época, e agora, Dilma Rousseff. O primeiro, ao negar a extradição à Itália, limitou-se a conceder apenas status de "imigrante" ao escritor italiano, novamente devolveu ao STF o destino final de Battisti, colocando a cabeça do hoje escritor a prêmio para a direita brasileira e mundial. Por fim, chamou os ativistas e trabalhadores presentes a não depositarem nenhuma ilusão na decisão do pleno arqui-reacionário do STF, nem no governo Dilma, chamando-os a reforçarem o ato em frente ao consulado italiano que ocorrerá neste dia 28 na Avenida Paulista.

Em Fortaleza, o ato-show contou com presença de representantes da LBI, grupo "Crítica Radical", PSOL, PCdoB e diversos sindicatos e movimentos. O companheiro Antônio Neto, da LBI, destacou a audiência ocorrida no dia 25 de janeiro com o Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso. Nesta, o ministro declarou ser legítimo que o presidente do STF, Cezar Peluzo, submeta a decisão de Lula ao plenário da corte de bandidos "togados". Desta forma, o próprio governo Dilma oficialmente desabona a tese do "golpe do judiciário" patrocinada cinicamente por amplos setores da "esquerda" para encobrir a covardia política da frente popular à pressão italiana em sua decisão de "falso refúgio" e reafirma que está nas mãos do covil do STF a decisão final sobre o destino de Battisti.

A luta pela liberdade de Battisti depende mais do que nunca da mobilização do movimento de massas e da intelectualidade democrática para se contrapor à ofensiva da direita fascista no Brasil e na Itália, já que a frente popular e o governo do PT são incapazes de fazê-lo pelo seu próprio caráter de classe burguês e de uma gestão fincada na conciliação de classes. A LBI, desde suas modestas forças militantes, vem levando a frente esta campanha internacionalista e neste momento em especial é preciso intensificar a batalha pela liberdade do ativista italiano e encará-la como um ataque às liberdades democráticas e de organização dos trabalhadores, assim como ao movimento operário de conjunto, lutando pela soltura de Battisti, pois se depender do Tribunal e do governo da frente popular a sanha fascista de Berlusconi desgraçadamente tende a alcançar seu objetivo sinistro.

LIGA BOLCHEVIQUE INTERNACIONALISTA