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sábado, março 27, 2010

Lula desiste de unir PMDB e PT baiano. Dilma terá problemas

Fernanda chagas

O presidente Lula admitiu ontem, pela primeira vez, em Itabuna, durante a cerimônia de inauguração do fornecimento de gás natural via Gasoduto da Integração Sudeste-Nordeste (Gasene), que não nutre mais esperança de reconciliar o PT e o PMDB na Bahia, cujos representantes disputarão o governo do Estado. Na presença do governador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), Lula disse ainda que a pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, terá dificuldade de fazer campanha no estado. Isso, devido às divergências entre seus aliados.

“Eu sei que essas divergências vão me causar problemas, mas a política tem dessas coisas, têm imprevistos. Vai ser difícil. Mas, muito mais dificuldades terá minha candidata (Dilma), que vai estar nos palanques”, destacou o líder petista. O presidente, no entanto, pediu que a disputa aconteça de forma civilizada.
“Se dependesse do meu desejo, assim como nos demais estados, na Bahia também haveria palanque único. Mas a esta altura sei que aqui será muito difícil conseguir. O que eu tenho a dizer aos concorrentes da nossa base de apoio é: disputem de maneira civilizada, respeitosa, façam uma competição no campo das ideias, das propostas para a Bahia, e mantenham a união no plano federal em torno da candidatura de Dilma, comprometida com o nosso projeto político, que está transformando o Brasil”.

Quando o assunto foi a aliança que o PT está costurando com o ex-carlista, leia-se o ex-governador e atual senador Cesar Borges, hoje no PR, o presidente minimizou a questão e utilizou da máxima de que em política tudo é possível. “A política é interessante porque não existe nada que você considere impossível. Algum dia alguém iria imaginar que o PT fizesse aliança com o PP?”, pontuou o presidente, referindo-se ao partido do deputado Paulo Maluf.

Vaias a Geddel marcaram ato

Os presentes, entretanto, demonstraram não comungar da mesma opinião de Lula. O senador César Borges (PR) e o prefeito da cidade, Nilton Azevedo (DEM), foram vaiados. Geddel também não foi poupado. Lula, deixando claro seu posicionamento, repreendeu aos “opositores”: “Precisamos aprender a separar um ato institucional de um ato político porque senão, no dia seguinte, a manchete do jornal é ‘fulano foi vaiado, fulano foi criticado’.

Não sai uma nota sobre o que a gente veio fazer aqui. Então não é correto isso. A gente não é obrigado a gostar de todo mundo, mas temos que lembrar que a eleição é apenas um ato político na vida da gente. Depois da eleição não tem briga, temos que governar”, disse, complementando que “o Geddel tem sido um companheiro que tem contribuído com o governo”.

Demonstrando que a democracia fala mais alto, o governador Jaques Wagner também partiu em defesa do mais novo rival. “Isso aqui não é um palanque eleitoral. Todos que estão aqui são convidados da figura maior que é o presidente Lula. A gente bate palma para quem a gente gosta e, se a gente não gosta, a gente fica quieto, porque senão o anfitrião não fica à vontade”, acrescentou o petista.

Ao continuar seu discurso, Wagner fez questão de enfatizar que o Gasene abre novo ciclo de desenvolvimento para sul da Bahia, já que foi responsável por 60% da arrecadação do estado e que hoje enfrenta dificuldades. O governador disse ainda que, além do Gasene, a construção do Porto Sul e da Ferrovia Oeste-Leste também vão contribuir para alavancar a economia da região.

Ainda durante a inauguração do Gasene, o presidente Lula foi duro ao comparar a Petrobras de hoje com a de alguns anos atrás. “A Petrobras tinha mania de empresa tacanha. Ela mudou não foi apenas pela entrada do Gabrielli (José Sérgio Gabrielli – presidente da estatal) e dessa diretoria, mas porque investimos cinco vezes mais em pesquisa do que era investido”, declarou.

O chefe do Executivo nacional aproveitou a oportunidade para brincar: “Não pense que achamos o petróleo a mais de 7 km de profundidade porque Deus é brasileiro. Se bem que eu acho que ele é brasileiro mesmo. E, se duvidar, nasceu aqui no Nordeste”, brincou Lula, que arrancou gargalhadas dos presentes.
O evento contou com a presença dos deputados Maurício Trindade (PR), Mário Negromonte (PP), Alice Portugal (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB), além dos secretários de governo Eva Chiavon ( Casa Civil), Walter Pinheiro ( Planejamento) e João Leão (Infraestrutura).

Ao mencionar o desenvolvimento do Nordeste, Lula afirmou que “só estamos dando ao Nordeste as mesmas possibilidades de se desenvolver que Sul e o Sudeste já tiveram”. A ministra Dilma Rousseff começou o seu discurso a reclamar por conta do empurra-empurra em que se transformou a plateia com sua entrada.

Logo após, ela ressaltou os números da obra e citou a capacidade que os brasileiros têm de vencer desafios, e citou o Gasene como exemplo, pois a obra interliga, através de gasodutos, o Sudeste e o Nordeste. Ao final da oratória, na inauguração do gasoduto, a pré-candidata disse que o PAC não é ficção e o Gasene hoje prova isso.

Fonte: Tribuna da Bahia

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