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quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Waldir Pires: PT precisa ter candidato ao Senado






claudio leal

O PT baiano vive tremores políticos com a provável adesão de ex-afilhados de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), o inimigo histórico dos petistas no Estado, à chapa eleitoral do governador Jaques Wagner, candidato à reeleição. Wagner defende a aliança com os ex-governadores carlistas Otto Alencar (PP) e César Borges (PR), o que tiraria uma vaga do PT no Senado para acomodar a revoada dos ex-adversários. Um dos principais nomes lembrados pela esquerda baiana e por petistas, para concorrer ao Senado, é o do ex-governador da Bahia e ex-ministro da Defesa do governo Lula, Waldir Pires (PT).

Até o momento, porém, fortaleceu-se a tese pragmática, propugnada por Jaques Wagner: o acordo com o PP e o PR, refúgios de ex-carlistas, garantiria a governabilidade. Os militantes do PT estrilam e questionam a mistura.Apesar das pressões para que se declare candidato, Waldir Pires tem preservado a discrição e a fidelidade às orientações do partido. Pela primeira vez, em entrevista a Terra Magazine, ele analisa a possibilidade de o PT perder uma vaga no Senado para “forças conservadoras”. Waldir mantém relacionamento afável com Jaques Wagner e pondera:

“Tenho apreço pessoal pelo governador. Ele ganha a eleição na Bahia. O Lula é o grande eleitor e Jaques Wagner está com um governo aprovado pelos baianos. Portanto, o PT deve estar no Senado federal, na próxima legislatura, para defender as conquistas sociais do governo Lula. A direita baiana conseguiu, a rigor, ficar no Senado. Dois candidatos eventualmente saídos das forças conservadoras são, evidentemente, algo inacreditável - avalia o petista.

Em 1994, o ex-governador foi candidato ao Senado e perdeu a vaga para o carlista Waldeck Ornelas,
numa eleição suspeita de fraudes grotescas. Em algumas urnas, Waldeck chegava a superar os votos do padrinho ACM. Waldir voltou a concorrer para o Senado em 2002, mas não venceu. Em 2010, ele não tomará a iniciativa de lançar-se candidato, mas aceita a “batalha”, caso o partido o convoque: “Estou à disposição do PT”.

“Essa é a aspiração da democracia. Eu me ponho na seguinte posição: é inimaginável que o PT não tenha uma voz no Senado. Digo isso porque Wagner ganha a eleição. Não é possível uma volta à experiência anterior. Um governo como o do Lula tem que ser preservado até o final”.

Nas articulações de bastidores, a deputada federal e ex-prefeita de Salvador, Lídice da Matta (PSB), é cogitada como vice de Jaques Wagner. Em 2008, ela aceitou ser vice na chapa de Walter Pinheiro (PT), candidato considerado fraco para conquistar a prefeitura da capital baiana. Pinheiro terminou derrotado por João Henrique (PMDB), apadrinhado do ministro Geddel Vieira Lima. Agora, seria a vez de retribuir o gesto de Lídice.

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