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quarta-feira, agosto 26, 2009

O Senado acabou com a ética e agora com Conselho

Numa admirável lição de coerência que certamente será seguida pela Câmara e em cascata pelas assembléias legislativas estaduais e câmaras municipais, o venerável Senado da crise da roubalheira, começou por desmoralizar a ética, atirada como um trapo na lata de lixo e agora, pela iniciativa luminosa do senador petista Tião Viana, (AC) deverá examinar, debater e decidir a proposta pela extinção do Conselho de Ética.É de uma lógica irretocável. Se o Senado, ao longo de uma crise que se prolonga por vários meses, com troca de acusações, denúncias, revelação de escândalos de bordel não conseguiu a indispensável participação do Conselho de Ética para apurar as muitas estripulias debatidas em meio a insultos, que por pouco não chegaram ao engalfinhamento de veneráveis senhores de cabelos grisalhos ou ausentes, só mesmo arrancando o mal pela raiz.Pois, doravante, para reunir o Conselho de Ética no seu espaço conveniente, convém alugar um circo por temporada ou para espetáculos com dia e hora marcados.O Senado perdeu a noção do ridículo a tal ponto que o senador sem votos, Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA) entrou no debate pela contramão com esta declaração com solenidade do carnaval baiano: “Sou contra a extinção do Senado, mas estou propenso a sugerir uma audiência pública para fazer alguns ajustes no seu funcionamento.”Senador, não continue por este atalho. O senador deve conhecer a anedota que o falecido deputado Flores da Cunha, o gaúcho que se elegeu pela UDN e acabou a reboque do PTB, da avó que acompanhou o neto, menor de idade, acusado de ter abusado de uma moça. Para reforço na sustentação do argumento, a avó sacou da, digamos, arma do neto e insistiu como delegado: Veja delegado se isto pode fazer mal a uma moça?E sacudia a arma, quando o neto advertiu: Vó, não bole aí que nós perde…”Foi das maiores gargalhadas que ouviu em quase duas décadas de freqüência na Câmara.
A baderna do vale-tudo chegou ao Palácio do Planalto, com o presidente Lula dedicado a facilitar a campanha da ministra Dilma Rousseff em meio a comédia do disse-não-disse da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, da agenda perdida e da candidata de Lula, que cutucou o leão da Receita Federal provocando o pedido de demissão coletiva de uma dúzia de dirigentes de alto nível.E se agenda de ex-secretária Lina tomou um chá de sumiço no vôo entre Brasília e Natal, a mesma mágica endoidou o serviço de segurança do Palácio do Planalto, apagando o registro das entradas e saídas dos visitantes da garagem, da portaria e dos corredores e salas que a ex-secretária Lina afirma ter percorrido atendendo ao convite ou a ordem da poderosa ministra-candidata.Como duas verdades não cabem no mesmo saco, alguém está mentindo ou, além da gripe suína uma espécie nova de praga do esquecimento varre Brasília, com focos mais graves no Congresso e no Palácio do Planato.
Fonte: Villas Bôas-Corrêa

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