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quinta-feira, abril 30, 2009

Hipertensão resistente

Cresce o número de pacientes obrigados a tomar até três tipos de remédios para controlar a pressão arterial


Cilene Pereira

EFEITO Níveis de pressão acima do recomendado podem levar ao infarto
Uma constatação da Associação Americana de Cardiologia acendeu o sinal amarelo entre os médicos. De acordo com a entidade, está crescendo o número de pacientes portadores de uma condição batizada de hipertensão resistente. O problema é caracterizado quando o paciente continua com os níveis de pressão arterial acima dos recomendados, mesmo após três meses consecutivos tomando três tipos diferentes de anti-hipertensivos. A preocupação se dá porque esses indivíduos estão sob um risco ainda maior de sofrer qualquer um dos prejuízos associados à exposição prolongada à hipertensão. Entre eles, infarto e acidente vascular cerebral, justamente duas das maiores causas de morte no mundo.
O alerta da entidade americana está baseado principalmente em estudos realizados pelo médico David Calhoun, professor da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, considerado um dos mais importantes especialistas no assunto. Em um de seus trabalhos recentes sobre o tema, ele verificou que o número de pacientes obrigados a recorrer a pelo menos três medicações nos Estados Unidos pulou de 14% para 24% no período de 1993 a 2004.
No Brasil, a questão também preocupa. Por aqui, não há estatísticas sobre o total de pacientes que se encaixam na definição de hipertensão resistente. Mas é possível ter uma ideia do tamanho do problema a partir de experiências específicas, como a relatada por João Mansur Filho, chefe do Serviço de Hipertensão do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. "Cerca de 20% dos pacientes atendidos apresentam a condição", diz o médico.


As causas dessas elevadas porcentagens são conhecidas. Uma delas é o fato de a população estar ficando mais velha e mais obesa, o que aumenta a chance de resistência. O médico Celso Amodeo, do Hospital do Coração e do Instituto Dante Pazzanese, de São Paulo, aponta outro fator importante. "Muitos pacientes não tomam os remédios como deveriam. E como consequência não conseguem controlar a pressão", informa. É por causa disso que hoje um dos maiores empenhos dos especialistas é melhorar a adesão ao tratamento, convencendo o paciente a seguir as orientações médicas corretamente.
Fonte: ISTOÉ

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