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sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Nordeste perde influência na sucessão de Lula

Tribuna da Bahia
Notícias
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Como o segundo maior colégio eleitoral do país, a Região Nordeste sempre foi cortejada pelos partidos para indicar um candidato a vice na formação das chapas para as eleições presidenciais. Foi assim com Marco Maciel (PFL-PE), eleito como vice na chapa de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994 e 1998, ou Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), sondado para ser o vice de José Serra em 2002. Da Bahia, o ex-deputado federal Luis Eduardo Magalhães também foi cotado para vice de Fernando Henrique e era o grande sonho do ex-senador ACM de chegar ao poder máximo da República.
Mas esta influência política da região nordestina parece perder força na futura eleição presidencial. Cotado como presidenciável pelo PT, o governador Jaques Wagner logo saiu de cena por conta de articulações restritas ao Sudeste. Cotado como opção do presidente Lula para 2010, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) não conta com a simpatia do PT pela sua rebeldia. Com o surgimento do nome da ministra Dilma Rousseff, Ciro passou a ser especulado como o seu parceiro de chapa ideal, mas hoje, abandonado pelo Palácio do Planalto, luta para viabilizar o seu nome dentro do PSB.
Diante da importância do PMDB, que passou a ser a noiva mais desejada para qualquer composição em 2010, o nome do ministro Geddel Vieira Lima passou a ser especulado como o vice ideal para a ministra Dilma Rousseff, provável candidata do PT à Presidência da República. Contudo, nos últimos dias o nome do deputado federal Michel Temer, presidente da Câmara, passou a ser a opção ideal dos petistas pela importância do colégio eleitoral de São Paulo, já que eles avaliam que a popularidade do presidente Lula será suficiente para conseguir os votos dos nordestinos.
“Não creio que o presidente Lula pense assim. O eleitorado brasileiro é homogêneo. O que está por trás é a idéia de que no Nordeste o clientelismo é maior. Mas não creio que vão escolher (o vice) por este critério”, avalia Paulo Fábio, cientista político da Ufba. “Se o (Ricardo) Berzoini disse que o vice deve ser de São Paulo é muito mais pelo interesse do PT que a banda do PMDB de São Paulo tome outro rumo”, avaliou. “Creio que o que define a formação de uma chapa é muito mais a arrumação das forças político-partidárias”, completou Paulo Fábio. (Por Evandro Matos)


PSDB vai focalizar o Nordeste



Mas qual a razão da perda de influência da região nordestina na composição da chapa presidencial de 2010 se a região continua como o segundo maior colégio eleitoral do país e possui políticos aptos para assumir a função como os governadores Jaques Wagner (PT-BA), Eduardo Campos (PT-PE), além do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE)? Pelo raciocínio da sua cúpula, o ideal para o PT é ter um vice de São Paulo para poder dividir os votos com o governador José Serra, provável candidato do PSDB, onde ele é muito forte. Por isso o nome de Temer passou a ganhar corpo.
Sobre o assunto o deputado federal Jutahy Júnior, que defende a candidatura de José Serra, diz que o presidenciável do PSDB sempre foi preocupado com a questão da Bahia e do Nordeste. “A prova disso foram as suas ações nos ministérios do Planejamento e da Saúde”, avalia. Sobre a opção do PT escolher um vice de São Paulo por entender que a popularidade de Lula já resolve os votos dos nordestinos, o tucano reprovou. “Vejo como algo meio arrogante. Dá a idéia de que os votos dos nordestinos têm dono”, criticou Jutahy. “Todos nós reconhecemos a força de Lula no Nordeste, mas há uma distância muito grande entre a história dele e uma candidatura totalmente desvinculada com a nossa região”, completou o tucano.
Talvez por esse raciocínio de Jutahy o senador Jarbas Vasconcelos voltou a ter o seu nome apontado como o vice ideal na chapa do governador José Serra. Forte no Sul e Sudeste, Serra sonha com um vice do PMDB, e o nome do senador pernambucano, que ganhou força ainda mais depois das denúncias que ele fez na entrevista à revista Veja na semana passada, atenderia também ao requisito regional na formação da chapa. De qualquer forma, isso prova que os dois principais partidos que pretendem lançar candidatos à presidência da República em 2010 sonham com um vice do mesmo partido, mas têm focos em regiões diferentes. (Por Evandro Matos)


Oposição intensificará ação no “ano de trabalho” de Wagner



O deputado Heraldo Rocha (DEM) só vai assumir na prática a liderança da oposição na Assembleia Legislativa na próxima semana, com a retomada dos trabalhos de plenário, mas ontem, quando a sessão não chegou a ser aberta por falta de quórum, ele deu o tom de como vai se conduzir: “O governador Jaques Wagner disse que vai trabalhar em 2009, não foi? Então vai precisar de mais fiscalização”.
Manifestando a expectativa de que “o governador desça do palanque e resolva os problemas de saúde, educação e segurança”, Rocha disse que o desempenho da administração está “abaixo da crítica”. Ele descrê dos 72% de aprovação que uma pesquisa do Instituto Campus deu a Wagner e cita crise econômica como exemplo da falta de ação:
“A Azaléia deu férias coletivas a seus empregados, agora é a Britânia que fecha sua fábrica e demite mais de 300. O comércio e o setor imobiliário sentem os efeitos da crise, que já levou a própria Federação das Indústrias a denunciar a questão. O governo da Bahia está omisso. Será que está acreditando mesmo que tudo não passa de uma marola?”, questionou.
Apesar da carga retórica, Rocha assegura que não será feita “oposição radical”, que para ele foi uma característica, no passado, dos atuais governistas. “Seguiremos nesse aspecto a linha implementada pelo deputado Gildásio, com uma ação ética e serena, visando os interesses da Bahia. Tenho certeza de que, num futuro próximo, quando voltarmos ao governo, o PT e seus aliados não mais farão a oposição cega que faziam”.
O parlamentar destacou a conquista, pelos oposicionistas, de três cadeiras na Mesa Diretora da Assembleia, “que é um órgão colegiado e teve agora uma grande oxigenação, para que a gestão da Casa seja não somente mais bem fiscalizada, mas também enriquecida com nossa participação e sugestões”. Um dos objetivos, segundo revelou, “é desenterrar essa caveira de burro” representada pela não-aprovação de projetos de autoria de deputados.
O novo líder antevê dois projetos polêmicos para o período que se inicia, ambos encaminhados à Casa pelo Executivo. O primeiro concede aos agentes tributários da Secretaria da Fazenda a prerrogativa de constituir créditos, isto é, lavrar autos de infração, o que os equipararia aos auditores fiscais, cuja carreira é de nível universitário e exige a prestação de concurso público para seu provimento.
A manobra do governo foi denunciada como um “trem da alegria” em benefício de cerca de mil servidores, e caso concretizada deverá onerar a folha da pagamento da Fazenda em cerca de R$ 80 milhões anuais, segundo cálculos do Instituto dos Auditores Fiscais. Heraldo Rocha não quer adiantar a posição da bancada, alegando que irá consultar os deputados antes de tomar uma decisão. Entretanto, quanto ao segundo projeto, uma proposta de emenda constitucional que trata do fim da estabilidade econômica do funcionalismo estadual, ele não tem dúvida: “É matéria vencida.” (Por Luís Augusto Gomes)
Fonte: Tribuna da Bahia

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