Eliane Cantanhêde
Ao longo de 2008, as 20 comissões permanentes da Câmara dos Deputados, as especiais e as CPIs ouviram 2.505 depoimentos sobre os mais variados assuntos, teoricamente, de interesse nacional. Pesquisadores, médicos, professores, economistas, empresários, policiais e líderes sindicais, de diferentes igrejas e de movimentos de mulheres, gays, negros.
É de comissões, debates e personagens assim que surgem novas leis como as do transplante, do airbag, da CNTBio (a comissão técnica de biossegurança), de arte, de cultura, de educação, de esportes. Muito pouca gente, porém, vê, ouve, comenta ou participa desses debates, soterrados pelos escândalos.
Dizia-se que o Congresso funcionava como uma cidade, com seus 513 deputados e 81 senadores, milhares de funcionários, centenas de jornalistas, dezenas de visitantes por dia e uma profusão de lobbies e pressões, às vezes legítimas, em outras nem tanto. A "caixa de ressonância da sociedade". Mas, na prática, o Congresso não se respeita mais nem é mais respeitado. Em vez de leis inclusivas, oferece castelos tão mais concretos quão menos declarados no IR. Bons funcionários são tragados, os "peixes" nadam de costas, e renovação política não há. São sempre os mesmos nos mesmos postos, com as mesmas promessas vazias e os mesmos interesses, que se estendem pelo Executivo. O exemplo do momento, entre tantos, é o milionário fundo de pensões de Furnas, disputado a tapa.
Os líderes da resistência e os guerreiros das comissões têm de sair da toca e gritar, como o deputado Fernando Gabeira, agora meu colega de página às sextas-feiras. Você pode não acreditar, mas eles existem, como existem bons temas, bons debates e boas leis em gestação. O problema é que eles (e os temas, os debates e as boas leis) cada vez são menos e têm menos visibilidade. Estão perdendo a guerra. Junto com eles, perde o país, perdemos todos nós.
Fonte: Folha de S.Paulo (SP)
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