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quarta-feira, outubro 29, 2008

Congresso: disputa azeda relação entre PT e PMDB

BRASÍLIA - Em um jogo de ameaças cruzadas, PT e PMDB anteciparam a disputa pelo comando do Senado e da Câmara. Sob pressão dos petistas, que ameaçam abandonar o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), na eleição para comandar a Câmara em 2009, caso os senadores peemedebistas não abram mão da presidência do Senado para um petista, deputados do PMDB dão o troco.
Agora é a bancada federal que ameaça romper a parceria e desembarcar da aliança em 2010. "É bom que o PT se lembre de que Temer continuará presidindo o PMDB, se não for eleito para a Câmara", aconselha o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Isto vai dificultar uma aliança futura com o PT", conclui.
Ex-ministro de Lula e ex-líder do PMDB, o deputado Eunício Oliveira (CE) adverte que a Câmara tem papel importante nesta crise financeira internacional e diz que um rompimento com o maior partido da base aliada - o PMDB - pode complicar a vida do governo. "Como lulista, vou contribuir para que cheguemos a uma solução, mas conheço a bancada e estou apenas verbalizando o que ouço: Se abandonam o Michel, dão ao PMDB o direito de abandonar a coalizão, o que será muito ruim para o País.
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o líder petista na Câmara, Maurício Rands (PE), reuniram-se ontem com Temer e o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Os dois petistas manifestaram-se dispostos a cumprir o acordo assinado pelo próprio Berzoini dois anos atrás, prometendo apoio a Temer em troca da eleição do atual presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ao mesmo tempo, porém, insistiram que o PT não aceita ficar sem a presidência de uma das Casas.
O que preocupa a cúpula peemedebista da Câmara é que Berzoini e Rands falaram em "esticar a corda" na tentativa de forçar os senadores a cederem espaço ao PT. O problema é que a disposição do PMDB do Senado é a mesma: "esticar a corda" em defesa da tese de que as regras regimentais garantem ao maior partido, que tem 21 dos 81 senadores, o direito de indicar o presidente do Congresso.
A mesma expressão também fora citada em outra conversa realizada na véspera, para discutir sucessão. Temer e o deputado Eduardo Cunha jantaram na segunda-feira com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O presidente do PMDB queria saber até onde os senadores do partido, tendo à frente Renan Calheiros (PMDB-AL), estão dispostos a insistir em comandar a Casa, com o argumento de que são donos da maior bancada, embora tenham candidato. A conclusão foi que o PMDB do Senado vai insistir na candidatura própria, tencionando ainda mais a relação com o PT, que exige a partilha do comando do Congresso.
Este cenário aponta para um confronto iminente entre petistas e peemedebistas nas duas Casas. Nos bastidores, deputados do PMDB já protestam contra o PT e a bancada do Senado, que querem "esticar a corda no pescoço de Temer". A cúpula da Câmara irritou-se particularmente com uma declaração da líder petista no Senado, Ideli Salvatti (SC). "O PMDB que brinque para ver", desafiou Ideli, ao cobrar reciprocidade do aliado na indicação do petista Tião Viana (AC) para presidir o Senado.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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