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terça-feira, setembro 30, 2008

Ibope mostra que aprovação do governo Lula sobe para 80%

BRASÍLIA - A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 72% em junho de 2008 para 80% em setembro, apontou a pesquisa CNI/Ibope ontem. Já a desaprovação caiu de 24% para 17% no mesmo período. O índice de aprovação é o mais alto já obtido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A avaliação do governo Lula em ótimo ou bom subiu de 58% para 69%, o melhor resultado para o atual governo e o segundo melhor desempenho de um governo desde o início da série histórica CNI/Ibope. Em setembro de 1986, na vigência do Plano Cruzado, o governo do presidente José Sarney obteve 72% de avaliação positiva.
Já a avaliação ruim ou péssima do governo recuou de 12% em junho para 8% em setembro e a avaliação regular caiu de 29% para 23%, aponta a pesquisa. A confiança no presidente subiu de 68% em junho para 73% em setembro. A melhora na avaliação ocorreu depois de dois levantamentos em que o índice se manteve estável.
De acordo com a CNI/Ibope, a avaliação de setembro é a terceira melhor da série histórica, inferior apenas aos 80% registrados em março de 2003 e os 76% de junho do mesmo ano. O percentual daqueles que não confiam no presidente Lula caiu de 29% em junho para 23% em setembro deste ano. A pesquisa revelou também que aumentou o número de entrevistados que consideram o segundo mandato melhor do que o primeiro. Passou de 40% em junho para 48% em setembro.
O total daqueles que avaliam o segundo mandato como pior do que o primeiro passou de 20% para 11%. E a variação dos que consideram igual o desempenho nos dois mandatos passou de 38% para 39%. A CNI/Ibope também revelou que o governo Lula alcançou a nota média mais alta desde que teve início, atingindo 7,4 numa escala de 0 a dez.
Desempenho pessoal
Na semana passada, pesquisa divulgada pelo CNT/Sensus mostrou também a alta aprovação do presidente, que disparou quase dez pontos. Lula passou de 69,3% para 77,7%, e voltou ao patamar do primeiro ano de governo, em 2003. Mesmo batendo recordes de popularidade, Lula não consegue transferir votos para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sua possível candidata, nem para outros candidatos do PT, que aparecem em último lugar em simulações na disputa de 2010, revela o levantamento.
Boas notícias
O diretor de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marco Antônio Guarita, acredita que três fatores foram importantes para a avaliação positiva e recorde, em alguns casos, do governo e do presidente Lula verificada pela pesquisa. Ele afirmou que a principal variável é o bom desempenho da economia, que está crescendo a taxas superiores às expectativas do início do ano, o que reflete no mercado de trabalho e reduz o desemprego.
Outro fator, na avaliação de Guarita, é a desaceleração das taxas de inflação nos últimos dias, o que deixou a população mais otimista com a inflação futura. E por último, disse o diretor, o otimismo da população em relação ao potencial de exploração do petróleo na camada do pré-sal. "Numa economia crescendo e com a inflação revertendo sua trajetória de alta, a perspectiva de um impacto estrutural na economia brasileira é a terceira variável que explica essa melhora expressiva em todos os itens da pesquisa", disse o diretor da CNI.
Segundo Guarita, a crise financeira internacional ainda não afetou a avaliação da população no cenário econômico. Ele lembra que, embora a crise tenha ganhado novas dimensões nos últimos dias, ela já era de conhecimento da população no momento em que foi realizada a pesquisa CNI/Ibope de setembro.
Apesar de não influenciar no resultado da pesquisa, a crise internacional foi lembrada por alguns entrevistados quando questionados sobre as notícias mais lembradas sobre o governo Lula. As notícias mais citadas, no entanto, foram a extração do petróleo na camada do pré-sal; a descoberta de uma nova bacia de petróleo em Santos e o anúncio da bacia de Tupi; as viagens do presidente Lula; o aumento no valor do Bolsa-Família; a redução da inflação e a acusação de que órgãos do governo (Abin e Polícia Federal) teriam participado de operações para instalação de grampos em telefones de autoridades.
A pesquisa revelou ainda que aumentou de 24% em junho para 36% em setembro a percepção dos entrevistados de que o noticiário está mais favorável para o governo e caiu de 24% para 13% aqueles que consideram o noticiário mais desfavorável ao governo. O percentual daqueles que acham o noticiário neutro em relação ao governo caiu de 37% para 34%.
Juros
A pesquisa detectou que a aprovação dos brasileiros ao aumento da taxa básica de juros aumentou entre junho e setembro, de 31% para 36%. Apesar disso, a taxa ainda é inferior à de desaprovação, que ficou em 55% em setembro, ante 61% em junho.
Por outro lado, a maioria dos entrevistados aprova o governo no combate à inflação: a variação subiu de 41% em junho para 52% em setembro, enquanto que a desaprovação do governo no combate à inflação caiu de 53% para 41% no período. A pesquisa CNI/Ibope foi realizada de 19 a 22 de setembro e ouviu 2.002 entrevistados, em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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