Rio de Janeiro segue como o segundo município mais populoso do País, com 6,1 milhões de habitantes
No dia 1º de julho, o Brasil tinha 189.612.814 habitantes distribuídos em 5.565 municípios. São Paulo permaneceu como o município mais populoso, com 10.990.249 pessoas. O levantamento foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e serve como parâmetro para a distribuição de cotas do Fundo de Participação de Estados e Municípios. Nele, está incluído o mais novo município brasileiro: Nazária, no Piauí.
O Rio de Janeiro segue como o segundo município mais populoso do País, com 6,1 milhões de pessoas, seguido pelos 2,9 milhões de habitantes de Salvador. Belo Horizonte (2,4 milhões) estava em quarto no ranking de 2000, mas foi ultrapassado pelo Distrito Federal (2,5 milhões) e por Fortaleza (2,4 milhões) por uma diferença de quase 40 mil pessoas.
"Em municípios maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, o crescimento demográfico já é muito pequeno. Já tem um limite de saturação física, as taxas de fecundidade são baixas e a população é mais idosa. Então, a tendência delas é incorporar cada vez menos população", disse Oliveira. Segundo ele, nos próximos 10 a 20 anos, a população dos dois municípios mais populosos do Brasil pode até diminuir.
O município paulista de Borá continua sendo o de menor população do País, estimada em 834 habitantes, ou 39 pessoas a mais que em 2000. Naquela época, existiam apenas cinco municípios com população abaixo de 1 mil pessoas, sendo que somente Borá e Serra da Saudade (cidade com 889 pessoas no interior de Minas Gerais) permaneceram nessa condição em 2008.
O IBGE estima ainda que dois municípios paulistas, Guarulhos (1,28 milhão) e Campinas (1,06 milhão), estão no topo da lista dos 10 municípios mais populosos do País que não são capitais de estado. No terceiro e quarto lugar da lista estão os municípios fluminenses de São Gonçalo (982,8 mil) e Duque de Caxias (864 mil). São Bernardo do Campo (801,5 mil) ocupa a quinta colocação.
Embora a taxa de expansão populacional esteja em torno de 1,3% ao ano, a população do País vai deixar de crescer daqui a 30 anos, quando o índice populacional estará em torno de 220 milhões de habitantes. "Vamos bater próximo a 220 milhões, com um número médio de filhos talvez inferior a 1,5 por mulher. A experiência internacional mostra que é muito difícil haver um crescimento após isso. Acomodam os valores culturais, econômicos e a população pára efetivamente de crescer", afirmou o coordenador de População e Indicadores Sociais do IBGE, Luiz Antônio Pinto de Oliveira.
Segundo ele, a taxa atual de fecundidade no País é de dois filhos por mulher. Ele lembra que a tendência do Brasil é a de seguir o atual padrão dos países europeus, que têm, em média, uma taxa entre 1,1 e 1,2 filho por mulher. "É um fator cultural, tem a ver com a emancipação feminina, os valores da sociedade moderna, métodos anticoncepcionais e as novas formas de organização da família, como as que querem ter apenas um filho. É o padrão do capitalismo moderno", disse Oliveira.
A divulgação das estimativas populacionais do IBGE é feita anualmente e obedece à Lei complementar nº 59, de 22 de dezembro de 1988, assim como ao artigo 102 da Lei nº 8443, de 16 de julho de 1992. O levantamento divulgado ontem foi elaborado a partir do cruzamento de dados dos censos e contagens realizadas em 1980, 1991, 1996, 2000 e 2007.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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