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sexta-feira, julho 25, 2008

Cartilha da ilegalidade

Mauro Braga e Redação
As declarações do Judiciário sobre a necessidade de se garantir o direito de ir e vir dos candidatos às eleições municipais de outubro, incluindo as comunidades dominadas pelo tráfico e pelas milícias no Rio, parece estar restrito aos discursos dos magistrados. Na prática, a lei dos grupos paramilitares manda e desmanda no interior das regiões. Esta semana, uma candidata a vereadora recorreu à escolta policial para poder subir a Rocinha, na Zona Sul, para fazer sua campanha.
Certamente ganhou mais espaço na mídia do que precisamente votos na comunidade. A verdade é que candidatos que não sejam escolhidos a dedo, não entram. Até os da disputa majoritária só ingressam nas áreas marcadas se forem convidados. Ontem, policiais civis durante uma operação na mesma favela, encontraram uma prova de que o chefe do tráfico da comunidade, Antônio Francisco Lopes, o "Nem", dita quem vai ou não fazer corpo-acorpo por lá.
Segundo a polícia, o candidato a vereador apoiado pelo traficante seria Luiz Cláudio de Oliveira (PSDC), o Claudinho da Academia, presidente da União Pró-Melhoramento dos Moradores da Rocinha (UPMMR). O documento pede que os líderes comunitários não agendem visitas para outros candidatos. Em outro, reclama do principal vendedor de botijões na favela, pelo fato de ele não apoiar ninguém e fala em romper relações.
Por mais que agentes da polícia façam novas escoltas, a situação parece absurda. E se todos os candidatos quisessem proteção, ao mesmo tempo? Iria faltar efetivo, certamente. Além disso, os currais são dominados pela violência e pelas regras dos líderes que ocuparam o vazio deixado pelo Estado. A "mexida" tem que ser radical. Enquanto isso não acontece, vai se tapando o sol com a peneira.
Levantamento
O candidato à prefeitura do Rio. Chico Alencar (PSOL-PSTU), anunciou, ontem, que encaminhará ofício ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) pedindo o levantamento dos nomes de todos os candidatos que na eleição de 2006 tiveram votos concentrados em áreas controladas por milícias ou sabidamente sob controle do tráfico.
Mapa
O objetivo será verificar aqueles que não foram eleitos deputados e agora são candidatos a vereador e os que, eleitos, apóiam outras candidaturas: "Vamos montar o mapa da exclusão eleitoral na cidade, para que a Justiça possa ir em cima desses candidatos e evitar a exclusão social que buscam provocar nessas áreas", afirmou.
Ouvidoria
O também candidato à prefeitura, Alessandro Molon (PT), participou na manhã de ontem, do ato público promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ) contra a impunidade dos chamados crimes de colarinho branco. "Vamos fortalecer a ouvidoria da prefeitura do Rio, que hoje não funciona a contento, para que se garanta um canal aberto para a cidadania", disse o petista.
CPI
O ato, formalmente chamado de "Reunião pública em defesa do Estado Democrático de Direito e contra a corrupção", contou com a presença do ministro da Justiça, Tarso Genro. O presidente do Conselho Federal da Ordem, Cezar Brito, pediu em seu discurso a instalação imediata no Congresso de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Colarinho Branco.
Novo Garotinho
O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), chamou, ontem, em seu blog, o candidato peemedebista à prefeitura, Eduardo Paes, de novo Garotinho. "É o Eduardo Garotinho Paes, do PMDB de sempre. Não engana mais ninguém. Por isso abandonou o PSDB para participar de um jogo, digamos, mais flexível".
Troco
Em resposta, Paes retrucou ironicamente. "É a opinião dele. Espero que o Cesar Maia cumpra com suas obrigações de prefeito", disse. Não há nem espaço para tréplica. Diante dos fatos, o prefeito não tem argumento, né?
Saúde
A prefeitável do PCdoB, Jandira Feghali, criticou esta semana a administração da verba destinada para a saúde na cidade e enfatizou a necessidade do pleno funcionamento das unidades já existentes e novos investimentos.
Entrosamento
" (...) com o dinheiro destinado à saúde no Rio dá para se fazer muito mais do que a prefeitura faz hoje. É hipocrisia dizer que vai resolver o problema da saúde sem implantar uma gestão conjunta e sem um entrosamento com as redes estadual e federal", afirmou.
Frase do dia
"Certamente devem ter avaliado que uma pancada mais forte hoje pode encurtar o tempo de luta contra a inflação". (Do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao comentar a decisão do Copom de aumentar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual)
Fonte: Tribuna da Imprensa

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