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terça-feira, abril 29, 2008

Embolou o meio-campo

Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Em São Paulo e em Minas, embolou o meio-campo. Geraldo Alckmin vem sendo traído e decidiu engrossar. Esta semana, começará a distribuir canelada e tentará antecipar a convenção do PSDB paulistano para ver com quem pode contar. Se vencer, deixará José Serra de saia justa. Fernando Henrique Cardoso também.
Se perder, quinze minutos depois será candidato declarado ao governo do estado, ignorando a prerrogativa de que Serra dispõe como "plano B", caso desista ou fique ultrapassado por Aécio Neves na disputa interna no ninho tucano. A desistência só acontecerá se vingar a proposta do terceiro mandato para Lula.
Nem seria preciso acrescentar que Alckmin, por força das circunstâncias, já virou cabo eleitoral do governador de Minas. Aécio tem consciência de que só por milagre se tornará candidato de consenso, apoiado pelo presidente da República. O PT deu mostras de que não vai deixar, ao explodir a armação para a prefeitura de Belo Horizonte. Essa realidade enfraquece, mas não afasta a hipótese de Aécio bandear-se para o PMDB. Caso não se concretize o terceiro mandato, fica óbvio que 2010 é uma dúvida, mas 2014, uma certeza, com a volta de Lula.
Não há como imaginar separadas as eleições municipais de outubro e as eleições presidenciais de dois anos depois. Estão entrelaçadas, como demonstram os acontecimentos recentes. Até porque, se Marta Suplicy ganhar a Prefeitura de São Paulo, aumentarão as chances de o País vir a ser governado por uma mulher, ainda que diminuindo a cotação das ações de Dilma Rousseff. Em suma, um meio-campo mais do que embolado, e com a desvantagem da ida de Joel Santana para a África do Sul...
De goleada, ganhou de São Pedro...
Para quem se dedica a estatísticas, pela quadragésima segunda vez o presidente Lula desmentiu a hipótese do terceiro mandato. São Pedro perde de goleada, só negou Jesus Cristo três vezes. Mesmo assim, tornou-se chefe da Igreja. Em entrevista aos Diários Associados, divulgada no fim de semana, o presidente chegou a taxar de obscenidade antidemocrática a possibilidade de disputar as eleições de 2010.
Não há porque duvidar da sinceridade dele, mas será sempre bom não esquecer as lições já referidas aqui de um dos maiores mestres da política nacional, o saudoso deputado e ex-presidente da Câmara, Zezinho Bonifácio. Para ele, todas as afirmações e compromissos existem para ser cumpridos, exceto diante do fato novo e do fato consumado. Tem sido assim através dos tempos.
Diante da certeza de um tucano instalar-se no Palácio do Planalto, admitirão o PT e seus aliados abrir mão do poder? As massas pensarão na volta ao tempo das agruras e do desemprego? E os banqueiros, frente à iminência de considerável redução em seus lucros? Ficariam de fora as centrais sindicais? O Supremo Tribunal Federal? Oito de seus onze ministros, no mínimo, terão sido nomeados pelo presidente Lula. No Congresso, solidifica-se a maioria governista. Os militares? Os militares, como um dia disse Getúlio Vargas, "os militares baterão continência...".
Ações em alta
Na Câmara e no PMDB, tem gente começando a comprar as ações do deputado Ibsen Pinheiro. Injustiçado como poucos, anos atrás, por conta de uma irresponsabilidade jornalística, imaginava-se encerrada sua trajetória política. Erro. Voltou pelas mãos do eleitorado e pelo reconhecimento de seus colegas. Não pleiteia nada, mas poderá ser convocado na hipótese de algum curto-circuito na fiação em uso.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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