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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Música de graça nem pensar

Deborah Dumar
O "rei" nem quer ouvir falar em mudanças na atual lei do direito autoral. Autorizar sua obra para utilização gratuita de terceiros, então, está totalmente fora de cogitação. "O artista tem que ser remunerado por seu trabalho. Pôxa, as pessoas já baixam as músicas da internet. O Creative Commons é um grande lance, mas teria de haver uma regulamentação prevendo como o autor seria remunerado, o que não há. Eu não fecho com o Gil!", afirmou o artista, de forma taxativa, na abertura da entrevista coletiva do cruzeiro "Emoções em alto-mar", no navio "Costa Mágica", assistida por centenas de passageiros sorteados no início da noite de segunda-feira.
Sem novo disco no mercado, que ele promete para breve e só com canções inéditas - há rumores de que este álbum sairá em abril - explicou que acabou se enrolando com o CD e o DVD gravados ao vivo em Miami e a feitura de um disco do ano. Afinal, neste último mês de dezembro, os milhares de fãs ficaram a ver navios à espera de mais um CD.
Com uma aparência novinha em folha, bronzeado e passando uma pequena temporada onde sempre curtiu estar - no mar, como é sabido - Roberto demonstrava muita disposição e bom humor. Nada que lembrasse a irritação com o lançamento de sua biografia pelo historiador Paulo César Araújo, "Roberto Carlos em detalhes" - que ele, através da Justiça, tirou de circulação. Assunto que, evidentemente, voltou a ser levantado, mas que o artista tirou de letra.
Como fez também quando perguntado se gostou sobre o que Nelson Motta escreveu de sua relação com Tim Maia na recém-lançada biografia sobre o "síndico", "Vale tudo", que ele disse não ter lido mas ouvido que é muito boa. E quanto ao livro que o Tremendão está escrevendo, comentou, com o mesmo bom humor, que Erasmo lhe telefona de vez em quando para checar como foi mesmo que uma ou outra coisa se passou, desde a Jovem Guarda.
Só demonstrou alguma apreensão ao falar sobre o movimento de boicote ao pagamento em dia do IPTU - ele que, apesar de ser capixaba, mora há décadas na Urca, onde tem sua cobertura e construiu seu estúdio. Não entrou em detalhes, mas delicadamente deixou claro ser um cidadão que paga os impostos em dia.
Rolou de rir quando foi indagado sobre o que pretende fazer para comemorar os 50 anos de carreira, em 2009, anunciado pela produção, além do projeto do cruzeiro. "Eu não sei. Fui pego de surpresa com esta história", divertia-se o cantor de 66 anos. Falou sobre romantismo, que traduz seu jeito de ser nas músicas que grava, contou a história da pulseira de prata que usa há anos, presente de um diretor da gravadora CBS (atual Sony/BMG), entre outros assuntos, fazendo a alegria dos passageiros sentados na parte superior do salão, onde, mais tarde, apresentou seu impecável show para a platéia que, pouco antes, participava do jantar de gala com o comandante do transatlântico italiano.
No navio lotado - com mais de três mil passageiros a bordo - além da família de Maria Rita, circulavam Miriam Rios e os filhos, Mièle, uma das atrações da programação, o padre Antonio Maria e os integrantes da escola de samba do coração do artista e campeã do Grupo Especial deste ano, a Beija-Flor (o presidente de honra Anysio Abrahão David circulava, de bermudas, pelas áreas de convivência). A escola azul-e-branca de Nilópolis foi convidada a fazer o encerramento do cruzeiro na noite de hoje no baile de Carnaval.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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