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quinta-feira, janeiro 31, 2008

DEM e PSDB vão se enfrentar em várias capitais

BRASÍLIA - Se não bastassem os conflitos na própria base, o PSDB terá de enfrentar o DEM, seu principal parceiro nacional, nas eleições para prefeitos de capitais importantes. Em uma estratégia de sobrevivência partidária, o DEM vai usar seus melhores quadros na disputa de outubro e o PSDB pode ser uma vítima dessa decisão.
Por enquanto, o comando do PSDB não acredita em acordo entre os dois partidos em São Paulo, mesmo porque a cúpula nacional do DEM não quer abrir mão da candidatura do prefeito Gilberto Kassab à reeleição.
"É uma situação desconfortável", avaliou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que conversa freqüentemente com o governador José Serra e também com o ex-governador Geraldo Alckmin, que deseja participar da corrida eleitoral. Serra, que ainda tem poder na prefeitura, quer manter a aliança com o DEM e o cargo com Kassab, reservando Alckmin para sua sucessão em 2010.
Se o acordo não vingar, a união dos dois partidos só aconteceria em um eventual segundo turno contra o PT. Enquanto em São Paulo o quadro é de desconforto, o Rio de Janeiro pode ser definido como um território crítico para o PSDB.
O partido é fraco na segunda capital mais importante do País e, certamente, será rival do DEM do prefeito Cesar Maia. Para piorar: o PSDB do Rio não se entende. Certo de que a situação precisa de atenção redobrada, Sérgio Guerra desembarcará na cidade depois do Carnaval para dar início às conversas.
São três pré-candidatos tucanos à sucessão de Cesar Maia: o deputado federal Otávio Leite, Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Andréa Gouvêa Vieira. Já o prefeito pretende lançar a deputada Solange Amaral, de sua confiança e novata na bancada federal do DEM.
Além de São Paulo, Guerra já esteve discutindo as eleições municipais em Porto Alegre, Florianópolis, Natal e Salvador. Outra situação delicada para o PSDB é Belo Horizonte. Ali as articulações estão a cargo do governador Aécio Neves, que está tentando um acordo com o PT ligado ao prefeito Fernando Pimentel.
Se der certo, os dois partidos que estão em campos opostosno plano nacional podem lançar o nome do empresário Marcio Lacerda. Ele é do PSB e está à frente da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico. Mas as negociações entre PSDB e o PT mineiro esbarram na resistência da ala petista ligada ao ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, que se nega a entregar a prefeitura da capital mineira ao PSB.
Isso ajudaria a fortalecer o partido do deputado Ciro Gomes, um dos nomes para a sucessão presidencial de 2010. Se o acordo com o PT não vingar, Aécio Neves terá de arrumar um candidato e no PSDB não há nenhum nome empolgante e com brilho suficiente para desbancar o PT na capital mineira.
Uma opção é o senador Eduardo Azeredo, que já foi governador. Ele teve recentemente sua imagem arranhada por conta da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, que o acusou de participar de esquema de caixa dois em sua campanha à reeleição, semelhante ao que ficou conhecido como mensalão.
O DEM está decidindo se terá ou não candidato em Belo Horizonte, mas também não tem nome competitivo. Em Porto Alegre, onde o quadro é imprevisível, os tucanos querem concorrer com o deputado estadual Nelson Marchezan Junior. "É uma aposta", disse Guerra.
Dificuldades
O DEM, que já está criando dificuldades para a governadora tucana Yeda Crusius, vai para a disputa com o líder do partido na Câmara, Ônix Lorenzoni. Depois que perdeu para o PMDB o prefeito Dario Elias Berger, o PSDB vai pode disputar a prefeitura de Florianópolis com o deputado estadual Marcos Vieira ou com Dr. Juca.
Já o DEM está jogando todas as fichas no deputado estadual César Filho, de 29 anos, que desponta em segundo lugar nas pesquisas eleitorais. Em Salvador, o PSDB espera fechar um acordo interno para lançar o ex-prefeito Antonio Imbassahy, que é forte na capital.
E o DEM tenta ganhar espaço com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, um quadro de destaque na Câmara Federal. Seria uma tentativa de fortalecer o partido depois da derrota para o petista Jaques Wagner na eleição estadual. Em outras capitais nordestinas como Recife e Fortaleza, terra de Guerra e de seu antecessor Tasso Jereissati no comando do PSDB, o partido está sem nomes.
Caso não lance candidato próprio em Fortaleza, o PSDB poderá apoiar a senadora Patrícia Saboya, do PDT, ou o candidato do DEM, Moroni Torgan. Em Recife, os tucanos não têm candidato e vão se unir ao PMDB do governador Jarbas Vasconcelos, que deve lançar o deputado federal Raul Henry.
Pela primeira vez, o DEM entra na corrida eleitoral como rival do PMDB e PSDB. O nome do Democratas é o do ex-governador Mendonça Filho. O maior adversário da oposição na capital pernambucana é o PT, que completa oito anos à frente da prefeitura. O prefeito João Paulo quer lançar seu secretário de Planejamento, João da Costa.
Em Natal, o PSDB está entre o radialista Luiz Almir e o ex-senador Geraldo Melo, que tem mais chance de sair candidato. Já em São Luis, há a aposta em João Castelo como uma possibilidade de vir a aumentar o número de prefeitos de capitais. Atualmente, tem três e todos vão disputar a reeleição: Silvio Mendes, em Teresina; Beto Richa, em Curitiba; e Wilson Santos, em Cuiabá.
Se o DEM mantiver a posição de não lançar candidato em Curitiba, será uma das poucas capitais que a aliança nacional será reproduzida, sem contar Fortaleza. A situação de Goiânia ainda está indefinida. O PSDB deve lançar a deputada federal Raquel Teixeira, ligada ao senador Marconi Perillo.
O DEM está discutindo a possibilidade de entrar no páreo com o ex-deputado Vilmar Rocha ou fazer uma aliança com o prefeito Íris Rezende, do PMDB, que vai disputar a reeleição. Em Maceió e Manaus, o PSDB não tem candidato. Na capital amazonense, o DEM vai concorrer com o ex-deputado Pauderney Avelino.
Em Belém, o PSDB examina a idéia de entrar na corrida eleitoral com o ex-governador Simão Jatene. Ou então preservá-lo para o governo estadual em 2010. Outra hipótese é fechar com o atual prefeito Duciomar Costa, do PTB, aliado do partido.
Em Vitória e Aracaju, a situação também está indefinida no núcleo tucano. Na capital capixaba o nome mais forte seria do deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas, mas ele não quer disputar
Fonte: Tribuna da Imprensa

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