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quarta-feira, dezembro 26, 2007

Número de mortes nas estradas baianas aumenta 470%

Levantamento parcial nas rodovias federais aponta 17 vítimas de acidentes nos primeiros quatro dias do feriadão


Ciro Brigham
Os primeiros quatro dias do feriadão de Natal nas estradas federais que cortam a Bahia foram marcados por um aumento de 470% no número de mortes em relação ao mesmo feriado do ano passado, quase dez vezes o aumento verificado na média nacional, que foi de 49% (134 mortes este ano contra 90 em 2006). Até a meia-noite de anteontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou no estado 128 acidentes com 97 feridos e 17 mortos, contra os 80 acidentes, 78 feridos e três mortos anotados na operação em 2006. Nas estradas estaduais, foram três mortos e 14 feridos em 27 acidentes do começo do feriado ao fim da tarde de ontem.
A maioria dos acidentes fatais aconteceu no fim de semana. Ontem, até o final da tarde, não houve nenhuma ocorrência com mortes. O movimento de retorno à capital foi tranqüilo, com poucos picos de tráfego no início da noite em alguns trechos da BR-324, BA-091 (Estrada do Coco) e BA-001 (entre Nazaré e o terminal de Bom Despacho). Pela manhã, um atropelamento na BR-324 (o corpo, sem identificação, foi encontrado no km-615 e encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Salvador) e um acidente com o ônibus da banda Karrascos do Forró, no entroncamento entre as BRs 242 e 116, engrossaram os números que serão divulgados hoje pela PRF.
O ônibus que levava os integrantes da banda Karrascos do Forró tinha 26 passageiros a bordo e tombou por volta das 9h, deixando 16 feridos. Sete foram levados para o hospital municipal de Rafael Jambeiro e nove para a unidade de Santo Estêvão. Segundo a PRF, todas as vítimas tiveram ferimentos leves. A banda voltava de um show em Rafael Jambeiro e, segundo a PRF, o acidente foi causado por falta de atenção do motorista.
Rodoviária - Boa parte das 120 mil pessoas que deixaram a capital entre sexta-feira e sábado ainda não retornou. Dos 720 horários extras (além dos 540 normais) solicitados pelas empresas à Agerba – agência que regula o transporte intermunicipal de passageiros –, 620 já haviam sido disponibilizados até as 18h de ontem, a maior parte em atendimento à demanda do início de feriadão. Ainda segundo a coordenação da Agerba, foram expedidas apenas oito notificações por atraso nos horários de saída dos ônibus, todas entre sexta-feira e sábado.
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Aeroporto registra tranqüilidade
Quem esperava mais um capítulo de tortura coletiva na longa e cansativa história do caos aéreo brasileiro, teve uma surpresa agradável no último dia do feriadão de Natal: poucos vôos atrasaram ou foram cancelados, e os passageiros e funcionários das companhias aéreas tiveram a sensação de que o pesadelo pode estar perto do fim. Entre 0h e 21h de ontem, apenas 4% das 1.718 partidas programadas nos aeroportos do Brasil registraram atrasos e 298 (17,3%) foram cancelados. Em Salvador, dos 87 vôos programados para esse mesmo período, cinco (5,7%) tiveram atraso superior a uma hora e quatro (4,6%) sofreram cancelamento.
Nos monitores do Aeroporto Internacional Luis Eduardo Magalhães, foram poucas as surpresas desagradáveis durante todo o dia de ontem. As informações prestadas pelas companhias aéreas à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e aos passageiros coincidiam com a impressão causada pela falta de gente em frente aos balcões de check in, bem diferente do costumeiro pandemônio das datas de retorno em fim de feriado. O administrador Alexandre Colpas chegou a Salvador num vôo vindo do Rio de Janeiro. Céu de brigadeiro e pontualidade britânica. “Foi bastante tranqüilo, mas o grande termômetro mesmo eu acredito que vai ser o Reveillon, época em que todo o mundo viaja, sem falar nas férias escolares”, avalia.
Já o gaúcho Vanderlei Cardoso, que mora em Salvador, consultou o site da Infraero antes de sair de casa e levar a esposa e os dois filhos para embarcar rumo a Porto Alegre. “Chegamos com uma hora e meia de antecedência, fizemos o check in rapidíssimo”, comemorou. “Depois do trauma de ficar três dias em Porto Alegre sem poder embarcar por conta do acidente em Congonhas (São Paulo), é um alívio imaginar que as coisas podem começar a melhorar”, completou a esposa Rosane Cardoso, referindo-se ao fatídico vôo 3054 da TAM, que em 17 de julho derrapou na pista, atravessou a Avenida Washington Luiz e explodiu dentro do prédio da TAM Express, com 176 pessoas a bordo.
A calma no aeroporto de Salvador contagiou também os funcionários das companhias. Uma agente da TAM, de prenome Rosenilda, bocejava e ensaiava alguns passos para lá e para cá diante de uma fila inexistente no check in. “O que você trouxe para a gente lanchar?”, perguntou a um colega, há algum tempo sem malas para conferir o peso.
Atraso -”Não me deram informação nenhuma, não sabem nem dizer se o avião já saiu de Recife ou não”. Foi o que disse André Gondim ao filho Hélio, administrador que se preparava para embarcar rumo ao Rio de Janeiro num vôo da Ocean Air, empresa campeã em atrasos e vôos cancelados no dia de ontem, segundo registros do site da Infraero. Até parecia piada que no meio de tanta calmaria houvesse alguém irritado com um vôo atrasado.
Inicialmente programado para sair de Salvador às 17h15, o vôo 6329 aparecia nos monitores com previsão para as 18h10, registrando atraso de 55 minutos. No balcão da companhia, diferentemente do que ouviu a família Gondim, o Correio da Bahia recebeu informação de que a aeronave já estava a caminho, com pouso previsto para as 17h45. Nada de muito grave, especialmente num cenário tão difícil de se ver em retorno de feriado, em tempos de crise nos aeroportos. (CB)
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Calmaria no ferry-boat
Cilene Brito
Quem passou o feriado de Natal na Ilha de Itaparica não encontrou dificuldade de retorno para Salvador pelo sistema ferry-boat, na tarde de ontem. O movimento foi tranqüilo no Terminal de Bom Despacho e os passageiros não enfrentaram longas horas de espera e confusão, como costuma ocorrer em outros feriados. Devido ao fraco movimento, até às 15h, o sistema só operou com três das seis embarcações. Somente no final da tarde, mais dois ferries e um catamarã foram incluídos na travessia. De acordo com a assessoria da TWB, operadora do sistema ferry-boat, mesmo com o aumento da demanda no final da tarde, nenhuma das embarcações saiu com lotação total. Todas elas estavam saindo a cada 30 minutos.
Com o feriado prolongado, a maioria dos passageiros esticou a estada na ilha. Somente aqueles que tinham compromisso marcado retornaram. Foi o caso da estudante Ana Paula Duque, 22 anos. Ela afirma que o tempo de espera na fila não ultrapassou 20 minutos. “Este feriado está muito mais tranqüilo que os outros. Só voltei porque tenho compromisso, senão ficaria lá até o Reveillon”, comentou.
A mesma facilidade encontrou o comerciante Paulo Santiago, 38. “Eu cheguei na hora que estava saindo um ferry e nem peguei fila. Foi um alívio porque já estava imaginando o tumulto que costuma acontecer por lá”, disse. A estimativa da TWB é que cerca de 170 mil passageiros e 55 mil veículos devem realizar a travessia no período de 21 a 26 de dezembro. O ferry Maria Bethânia está passando por reparos no motor e deve entrar em operação para o Ano-novo. Os passageiros que voltaram de Mar Grande pelo Centro Náutico também não enfrentaram dificuldades. Lá as lanchas estavam chegando a cada 10 minutos e, também, sem lotação total.
Fonte: Correio da Bahia

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